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Felizes....!

DAY 6 OF 8

FELIZES OS PUROS DE CORAÇÃO!

Dias atrás, ouvindo sem muito interesse um cronista esportivo tecer suas considerações sobre corridas de automóveis, retiniu nos meus ouvidos uma frase que buscava justificar o aparente insucesso de um piloto – o público gosta de heróis malvados, pessoas que estejam dispostas a qualquer coisa (até mesmo sem honestidade) para vencer.

Relutante, concordei com o filósofo de meia pataca, e pensei no homem que, sendo Deus, mas sem pose de herói, mostrou à humanidade como o poder do Evangelho triunfa sobre a ilusória glória das realizações humanas.

Esse anti-herói teve seus feitos amplamente narrados pelos evangelistas. Entretanto, os relatos de Marcos são os mais dinâmicos, com uma linguagem que muitos estudiosos têm chamado de ‘cinematográfica’.

“Assistindo às cenas”, o que se vê? Cegos, aleijados, leprosos, e outros desvalidos, para quem a sociedade, em todos os tempos, rejeita, sendo atendidos pelo Mestre. Um deles, leproso, alguém com nome, mas vivendo como ninguém, ousou recorrer a Jesus, e não é difícil ou impossível imaginar que isso tenha ocorrido em meio à incredulidade de seus pares de aflição.

Sua condição anônima só era justificável para homens cujos escrúpulos não permitem enxergar a igualdade das criaturas, na ótica divina.

Dois mil anos depois, não há muita coisa diferente. A insistência em celebrizar pessoas, induzindo o ridículo gáudio das massas, produz as mais execráveis situações e atitudes.

Diante das repercussões de um programa de televisão, de baixo nível, seu apresentador, em mais baixo nível ainda, disse que precisou se fazer um ‘mané qualquer’ para criticar a tal atração. Ou seja, chamou-nos a todos de ‘manés’. O ‘mané’ leproso, como muitos que havia em Israel, no tempo de Eliseu (Lucas 4:27), e no de Jesus, é uma figura emblemática de tantos outros ‘leprosos’, como eu e você, que carecem da graça de Deus, diferindo apenas no ‘tipo de lepra’ que nos aflige.

A incredulidade, materialismo, falta de perdão, e mais uma lista infindável de desventuras, são lepras que tem causado tanta exclusão quanto a milenar doença, separando pessoas da graça e misericórdia do alto.

Aproximar-se de Jesus era não somente um esforço físico, um risco social, mas uma atitude de profunda significação espiritual. O peso do estigma de excluído (como tanta gente, gemendo sob outros estigmas), não conseguiu impedir os movimentos de fé na direção do Salvador.

Nesses movimentos, outra ‘oração modelo’, feita de coração, em rogos, implorando por misericórdia. A reverência do pedido, em plena humildade, revelou a convicção de que o poder de Deus estava acima de tudo.

Os pregadores midiáticos talvez não tenham grande apreço pela história do leproso, que não exige, não ordena, não reivindica, mas simplesmente entende que a soberana vontade de Deus pode curar.

Mas o que mais chama a atenção no pedido de cura, não é o propósito almejado de alívio físico, mas de purificação. No contexto religioso judaico, os leprosos eram declarados impuros, e após a cura, apenas o sacerdote poderia atestar a pureza, ordenando os ritos devidos.

A fé maravilhosa do homem o fez ir além da lei e buscando em Cristo uma condição ainda mais ampla do que o bem estar físico, a purificação diante de Deus. O pedido comoveu Jesus, que lhe estendeu a mão, tocando-lhe, e demonstrando que os toques do Mestre afastam doenças, aflições, crises, mas, principalmente, o preconceito. Realizado o milagre, Jesus adverte severamente o restaurado sobre não divulgar o ocorrido, com a mais simples das intenções, evitar o ajuntamento de ‘barganhadores de favores’ e, no mais estrito cumprimento da lei, o envia ao sacerdote, para que lhe seja por testemunho.

Nessa condição, das mais maravilhosas, o homem que se tornou palco da glória de Deus, se junta a tantos outros que foram alvo da graça divina. O milagre havia sido completo, glorificando a Cristo e testemunhando a Sua glória. O ‘filme’ chega ao fim, e não há créditos e nomes para exibir, apenas reflexões, de caráter bem pessoal para leprosos do nosso tempo.

Qual é a nossa lepra? Ou, qual o problema, o estigma, o pecado, a crise, que nos faz excluídos dentre homens, e até mesmo de Deus? Essa lepra figurada nos imobiliza na incredulidade ou nos move em direção a Jesus? Nosso coração apela a Cristo com integridade, sinceridade e humildade? Temos experimentado a cura completa nEle? Somos todos leprosos, penso eu, mas em Cristo, podemos ser purificados. E que assim seja, para honra e glória dEle.

Wilson Avilla

Scripture

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Felizes....!

Nestes tempos em que cada um quer ‘fazer Deus’ a seu próprio modo, em que as selfie-religions validam o individualismo, as bem-aventuranças são afirmações maiores da lei do Reino de Deus. Compreender a justiça desse novo domínio implica em obedecer de coração à Sua vontade em relacionamentos governados pelo amor a Deus. No mais famoso discurso de todos os tempos, Jesus ensina pessoas a serem simplesmente felizes.

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