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Felizes....!

DAY 5 OF 8

FELIZES OS MISERICORDIOSOS!

Tolstói[1]afirmou que se o Sermão do Monte fosse cumprido integralmente cessariam os males da humanidade. Concordo plenamente, mas é pena que o idealismo do grande escritor e pacifista esteja bem distante da realidade. A palavra grega traduzida como“bem-aventurado”não significa simplesmente um estado feliz de mente, mas uma situação invejável de pessoas que por conhecerem e refletirem o caráter de Deus estão conscientes da sua infinita misericórdia, como revela Sua Palavra:“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;”.[2]Nossa dificuldade para exercer misericórdia é a mesma que impede a compreensão desse perfil delineado por Jesus. Mas a própria Bíblia ajuda a reconhece-lo.

Os misericordiosos são aqueles que tem o ego crucificado com Cristo (cf. Gálatas 2:20). O egoísta deleita-se em si mesmo, mas o misericordioso sofre com os outros. Os misericordiosos fazem diferença no mundo, e fazem o mundo diferente, mas os egoístas lutam por um mundo igual. Os misericordiosos reagem diante do mundo com emoções variegadas, mas os misericordiosos interagem com o mundo, sabendo que suas emoções os despertam ao contato com as aflições que caem sobre outros.[3]

O apóstolo Pedro, inspiradamente, louvou a misericórdia de Deus, expressa em sua obra salvífica, mediante a qual nos“regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”[4], simplesmente porque Ele é rico em misericórdia (cf. Efésios 2:4), é soberano (cf. Romanos 9:15-16), muito embora nem sempre seja reconhecido por isso (cf. Romanos 2:4).

A misericórdia ensinada por Jesus é uma das faces benevolentes do seu Reino, antecipada em muitos escritos de sabedoria do Velho Testamento. Um dos mais significativos, em Provérbios (11:17), diz que“o homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere.”Outro diz: “Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o perverso de nada disso quer saber” (29:7). Textos como este,s dentre outros, prelecionam sobre o socorro aos pobres, famintos e oprimidos, mas também alertam contra o ‘nazismo’ velado de alguns ‘cristãos’. Segundo a lógica do mercado, dos interesses econômicos, devem sobreviver os que produzem; espécies de loucos, os doentes psíquicos, os doentes terminais, e outros ‘inúteis’ devem ser ceifados e arremessados ao fogo. (Shedd).

A misericórdia do Reino é exercida o perdão, na solidariedade. Marie Curie[5]e Vital Brasil[6]deram exemplos maiúsculos de desprendimento abrindo de patentes por suas descobertas científicas em favor da humanidade. Eugene Peterson, brilhante teólogo do nosso tempo, sintetiza sua aguda percepção da vida sem misericórdia ao dizer:

“Deveríamos simplesmente deixar o oceano do ego e firmar os dois pés na terra seca do Reino de Deus”; “o egoísmo é uma espécie de niilismo do coração. Afinal, o outro é apenas um bem de consumo.”

A misericórdia com a marca das virtudes eternas também se expressa no amor aos inimigos, na gratidão a Deus, mas ela se mostra em respostas dos que aceitam a oferta da graça.

Os misericordiosos são aqueles que estão se capacitando para receber misericórdia, não por seus méritos, mas pelos de Cristo. Os misericordiosos não agem para serem honrados por Deus e receber dEle o prêmio que julgam merecer. Eles serão fartos, saciados, satisfeitos, porque o exercício da misericórdia demonstra o quanto percebem da misericórdia divina, em abençoado prefácio do cumprimento eterno das Escrituras. Esta reflexão não tem outra conclusão senão a do Salmo 67:1 –“Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós.”

Wilson Avilla

Scripture

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Felizes....!

Nestes tempos em que cada um quer ‘fazer Deus’ a seu próprio modo, em que as selfie-religions validam o individualismo, as bem-aventuranças são afirmações maiores da lei do Reino de Deus. Compreender a justiça desse novo domínio implica em obedecer de coração à Sua vontade em relacionamentos governados pelo amor a Deus. No mais famoso discurso de todos os tempos, Jesus ensina pessoas a serem simplesmente felizes.

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