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A VIDA POR UMA MEDALHAExemplo

A VIDA POR UMA MEDALHA

DIA 2 DE 7

O MAIOR DE TODOS OS PRÊMIOS

No primeiro século da era cristã havia práticas esportivas, tanto quanto lazer e diversão. Os jogos olímpicos aconteciam desde o século 8 a.C. e Roma tinha seus eventos esportivos muito bem estruturados, com modalidades como boxe, por exemplo. A história dos judeus fala de um sumo sacerdote que construiu um estádio para a prática de esportes e que foi acusado de impor um estilo de vida grego, para horror dos mais conservadores. Mas na época em que Jesus nasceu não havia muita atenção para o esporte da parte dos judeus, que o consideravam como prática pagã e associada ao mundo greco-romano (dos inimigos, portanto).

Mesmo assim, há passagens bíblicas no Novo Testamento, que usam esportes como figuras de linguagem para explicar certos aspectos da vida cristã. O apóstolo Paulo fez isso, e de certa forma imitou outros oradores e filósofos do seu tempo.

O povo da cidade de Corinto estava habituado às competições. Os Jogos Ístmicos aconteciam na região, sendo os segundos em importância no mundo grego.

Quando Paulo diz, em sua carta aos cristãos daquela cidade, ‘corram de tal modo que alcancem o prêmio’ ele está dando ênfase a um objetivo maior para os que seguem a Jesus – receber uma recompensa do Supremo Juiz. Em seu argumento há uma diferença grande entre as práticas esportivas e a vida cristã – os cristãos não competem com os outros, mas cada um compete consigo próprio. Por isso a necessidade da disciplina. No raciocínio do apóstolo, cada corredor se esforça para ser o único vencedor, mas na vida cristã todos os que obedecem aos ensinamentos de Cristo, perseverando em confiar nas promessas eternas, receberão um prêmio de valor imperecível. (Mt 6.19-21; 2 Tm 2.5)

Grandes esportistas são aclamados por suas conquistas, mas todos os sacrifícios pessoais envolvidos nisso não são lembrados. Na língua bíblica original do texto, competir é uma palavra cujo significado tem proximidade com a ideia de agonia, ou agonizar. Isso sempre foi assim, grandes objetivos exigem grandes esforços. Pensar em grandes prêmios implica em deixar de lado grandes prazeres para obter um prazer maior, o de ser verdadeiramente vitorioso.

Há outra diferença na vida cristã, em relação aos esportes. Em todas as modalidades há premiações para os vencedores, mas pela ótica do Evangelho, o maior de todos os prêmios – a salvação, não é dado por mérito individual dos discípulos de Cristo, mas sim do próprio Cristo. Nos Jogos Ístmicos os vencedores recebiam uma “coroa” de salsa, aipo selvagem ou pinho. Nos Jogos Olímpicos o prêmio era uma “coroa” de oliveira selvagem. Em ambas as competições os prêmios eram perecíveis, em contraste com a recompensa do cristão vencedor que é imperecível. Por isso alguns textos do Novo Testamento usam a palavra ‘coroa’ (prêmio dado nesses jogos) para se referir à recompensa imperecível que os cristãos receberão.

Com tudo isso em mente, Paulo escreveu que seu grande objetivo era conquistar o maior de todos os prêmios e para isso ele recorreu à figura de um boxeador que esmurra a si próprio para anular aquilo que pode atrapalhar a maior vitória. Ele sabia que os desejos de seu corpo eram incompatíveis com isso e, portanto, precisavam ser neutralizados. Vale lembrar que Paulo não fazia a menção com receio de perder a salvação em Cristo, mas receoso de perder sua recompensa.

Estamos todos correndo, é verdade, cristãos ou não, mas pelo quê? Por um prêmio de valor passageiro ou de valor eterno? Responder a essas perguntas é essencial por causa de quem está oferecendo o maior de todos os prêmios.

Em um mundo de incertezas, de relacionamentos instáveis e relações cada vez mais flexíveis, acostumados com a virtualidade e ‘desconexões’, tudo e todos são tratados como bens de consumo. O próprio Cristo tem sido recriado à semelhança do mercado, como ser consumível, para ter maior valor, mas sendo desvalorizado na prática. Um teólogo observou que o progresso tecnológico, a riqueza e os empreendimentos estão tão vinculados à mensagem de Jesus, que o modelo popular de cristianismo parece nada mais do que um misto de egoísmo e ganância no centro com camadas de pensamento cristão na periferia, seguindo a mesma ótica do esporte, de premiações astronômicas para o que não tem valor duradouro.

O valor de Jesus está muito além do que pode ser medido no mundo dos esportes. Sua missão mais que vitoriosa de libertar e promover justiça foi autorizada por Deus, e garantida na cruz, oferecendo um prêmio de alegria eterna para uma multidão de pessoas que o aceitam pela fé. Vale a pena correr por essa medalha, o maior de todos os prêmios.

ORE — por um desejo crescente de receber o maior de todos os prêmios e por sabedoria para fazer opções pelo que tem valor eterno.

Wilson Avilla

As Escrituras

Dia 1Dia 3

Sobre este Plano

A VIDA POR UMA MEDALHA

O esporte é uma nova religião global, refletindo valores sociais, culturais, moldando identidades e comportamentos. A linguagem que se refere às competições e aos grandes esportistas está cheia de significados religiosos. Mas será que encarar a vida como um jogo é a melhor forma de vencer e encontrar sentido? Viver por ‘medalhas’ é perder o principal. A maior de todas as vitórias é espiritual: a salvação pela fé em Cristo.

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Gostaríamos de agradecer ao Wilson Avilla por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://prwilsonavilla.blogspot.com/