Enfrentando tempestadesExemplo

Dia 5 - Mantendo vínculos e conhecendo suas necessidades

Lembre-se da última vez em que você esteve em uma situação difícil: falecimento de alguém, término de relacionamento, doença que tenha te abatido, ou simplesmente em um dia em que tudo parecia dar errado e o que você mais precisava era de um tempo para si mesmo. A quem você recorreu? Ou será que você passou por tudo sozinho? 

Estudos em resiliência observaram que uma atitude que geralmente nos ajuda a passar por problemas é pedirmos ajuda a amigos maduros e em quem podemos confiar. Crises nos desestabilizam, situações estressantes desafiam nosso equilíbrio emocional e pessoas que estão de fora do problema conseguem ou nos acalmar, ou nos ajudar de alguma forma prática, ou nos orientar quanto a uma decisão quando não estamos nos sentindo capazes de dar conta de todo o recado do nosso dia a dia ou da nossa vida. 

Algumas pessoas sentem-se culpadas em pedir ajuda, como se tivessem que conseguir fazer tudo sozinhas em quaisquer situações. Outras sentem vergonha, achando que será um peso compartilhar com outra pessoa uma necessidade que esteja tendo em determinado momento, mesmo que esta pessoa seja próxima, um grande amigo ou um familiar. Outras pessoas permitem que o orgulho tome conta e preferem "segurar as ondas" da vida sem pedir ajuda. E outros pedem, o que não significa que sejam dependentes dos outros o tempo todo.

Quando conseguimos perceber necessidades nossas em momentos específicos da vida, e conseguimos verbalizar isso para alguém em quem confiamos, podemos sentir alívio. Alívio da carga que provavelmente esteja pesada e alívio por saber que alguém está com você e você não está sozinho nessa. 

A Bíblia nos conta a história de um homem paralítico que desejava ir até Jesus. Ele tinha ouvido falar sobre os milagres que Jesus fazia e ansiava, também, por cura. Acreditava que Ele poderia curá-lo. Mas, como ir até Jesus? Ele não andava e dependia de outras pessoas para que o levassem de um lado ao outro. Porém, ele tinha amigos e contou para eles sobre seu profundo desejo. Seus quatro amigos não somente o levaram até a casa onde Jesus estava, como também, chegando lá e vendo que não tinham como entrar nela por causa da quantidade de gente que havia chegado primeiro, subiram no telhado, fizeram um buraco no teto em cima do cômodo onde Jesus estava, e desceram o amigo deitado em um manto através de cordas. Jesus o curou e aquele que era conhecido em sua cidade como paralítico, saiu daquela casa andando como qualquer outra pessoa. 

E se ele tivesse ficado com vergonha de pedir ajuda? E se ele se sentisse orgulhoso? E caso se sentisse culpado em fazer seus amigos perderem tempo com ele? Algo que costuma nos ajudar quando sentimos alguns desses sentimentos e necessitamos da ajuda de alguém é pensar no que faríamos por alguém que amássemos. Se fosse um amigo seu pedindo ajuda, você diria não? Se fosse um familiar precisando de você, você reclamaria de ajudá-lo? Ou ajudaria de coração? Por isso, aceite ajuda. Mais que isso, peça quando necessário. Precisamos ser e ter redes de apoio. Nossa vida será mais leve.

Além dos amigos "de carne e osso", considere estreitar o seu relacionamento com Jesus. Ele é capaz de oferecer a você o que, humanamente falando, nossos queridos amigos podem não conseguir em determinados momentos. Ele sabe o que vai dentro de nós mais do que nós mesmos e sabe do que verdadeiramente necessitamos. Aproxime-se dEle, conte sobre você, apresente o que sente, reconheça-O como seu Ajudador, Conselheiro, Salvador e Amigo, e espere. O alívio virá, mesmo que a tempestade demore a passar.