Enfrentando tempestadesExemplo
Dia 4 - Buscando alternativas e soluções
Em momentos difíceis, provavelmente você já deve ter sentido falta de energia e, portanto, vontade de ficar deitado na cama sem muito ânimo para qualquer outra coisa. Ou pode ser que você esteja tão revoltado por alguma injustiça cometida contra você (uma traição, uma demissão injusta) que sua tendência seja a de ficar remoendo o acontecido ou o diálogo que pretende ter com a pessoa que te feriu, e acaba se desconcentrando de outros afazeres do dia.
No processo de nossas recuperações emocionais, precisamos alternar os momentos em que nossas emoções vêm à tona com outros momentos em que deixaremos as emoções de lado e intencionalmente faremos algo produtivo ou prazeroso no dia. Pode ser que, ao decidir dar limites às emoções, você ainda vá para outra atividade com algum sentimento desconfortável ou com pensamentos perturbadores, mas o fato de você ir e tirar o foco da dor por algum momento ajudará você a caminhar com sua vida, por mais que ainda esteja se sentindo machucado. Desfocar da dor pode significar: decidir levantar da cama mesmo sem muita vontade e ir fazer uma caminhada no quarteirão; após chorar por alguns minutos, enxugar as lágrimas, e ir, mesmo com algum pesar, lavar uma louça, ler um livro, ligar para uma pessoa querida, voltar ao trabalho, assistir a um vídeo que possa ajudar você... Ou seja, em algum momento, temos que escolher fazer algumas coisas para não ficarmos centrados nas emoções que se relacionam com o nosso problema.
Além disso, podemos, em algum momento do dia, tirar o foco do que estamos sentindo para pensar um pouquinho a respeito do que podemos fazer por esta dificuldade pela qual estejamos passando, nem que para isto precisemos da ajuda de alguém próximo a nós que, por estar talvez fora da situação, consiga nos ajudar com pensamentos e alternativas mais objetivas quanto a possíveis soluções para o que estamos passando.
Você se lembra da história de Elias? Elias foi escolhido por Deus para dar o recado ao perverso rei Acabe de que não choveria pelos próximos anos, resultado da aberta desobediência do rei a Deus. Acabe ficou tão furioso que o Senhor orientou Elias a sair dali e ir para um lugar distante e esconder-se "perto do riacho de Querite, a leste do Jordão" (1Reis 17:5). Ali Elias se manteve protegido por Deus. "Os corvos lhe traziam pão e carne de manhã e de tarde, e ele bebia água do riacho." (1Reis 17:6). Assim que o riacho secou, Deus mandou que Elias fosse até uma cidade chamada Sarepta, onde uma viúva seria sensibilizada por Deus para dar-lhe comida. O filho da viúva morreu, e através da súplica de Elias, o menino ressuscitou. Após relatar ao rei Acabe que voltaria a chover, foi rotulado como "perturbador de Israel", e teve a firmeza de convocar os quatrocentos e cinquenta adoradores de Baal para que ficasse claro para o povo quem era o verdadeiro Deus e quem estaria, na verdade, causando toda aquela desgraça. Um contra quatrocentos e cinquenta. Mas, o "um" não estava sozinho. Estava com o Criador do Universo, e venceu.
No entanto, depois de tantas maravilhas vividas ao lado do Senhor, ao ser jurado de morte por Jezabel, a esposa de Acabe, Elias "teve medo e fugiu para salvar a vida" (1Reis 19:3). Pediu a Deus para morrer. Deprimiu-se. Sem energia. Sem vontade de viver. Mas, Deus mandou um anjo até Elias e este ordenou que ele levantasse e comesse. Ele comeu, mas deitou-se de novo. O anjo voltou de novo e pediu que ele comesse mais, porque a viagem seria longa. "Então, ele se levantou, comeu e bebeu. Fortalecido com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até chegar a Horebe, o monte de Deus." (1Reis 19:8-9) e de lá saiu para cumprir outro chamado de Deus.
A força que temos que ter para deixarmos algumas emoções de lado e pensarmos em alternativas ou fazermos algo por nós mesmos é uma soma da força que Deus nos dá com o nosso próprio esforço. O anjo não levantou Elias. Elias precisou decidir levantar-se e comer. Deus nos orienta, nos capacita, nos dá condições para continuarmos caminhando, mas algo precisa acontecer também da nossa parte.
O que você precisa fazer hoje por sua vida? Tome sua decisão e Deus o fortalecerá.
Sobre este Plano
Todos nós enfrentamos tempestades na vida. Uns saem mais machucados do que outros. Outros conseguem se recuperar relativamente bem. E há aqueles que experimentam crescimento emocional e espiritual após um vendaval. Independentemente de como tenham sido suas últimas tempestades, todos nós podemos aprender a ser resilientes para que não somente sobrevivamos a elas, mas cresçamos em meio a granizos e ventos fortes. Pegue seu guarda-chuva e aprenda a enfrentar tempestades.
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Gostaríamos de agradecer ao Psicologia em Casa por fornecer este plano. Para mais informações, por favor visite: http://www.psicologiaemcasa.com.br