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Conflitos da Vida

DIA 6 DE 7

Como vencer vícios e compulsões


Pesquisas de relacionamentos confirmam que o viciado e o compulsivo, pelos seus desvarios, fecham a porta aos seus amigos e familiares e, assim, cada vez mais se distanciam de si mesmos e de quem os possa ajudar. Seu desespero é constante. O vício é um dos maiores problemas que as pessoas enfrentam hoje em dia. De igual modo, existe a compulsão, que é a tendência à repetição, impulso ou sensação de estar sendo levado, irresistivelmente, a executar alguma ação irracional.


O dicionário da língua portuguesa define o vício como qualquer prática de atos repetitivos, difícil ou impossível de controlar, tanto no aspecto psicológico quanto físico, atos geralmente prejudiciais ou moralmente censuráveis. Vício é um costume condenável; um desregramento habitual; libertinagem, licenciosidade, devassidão. “O homem desprezível cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente”(Pv. 16.27).


A dependência do vício ou do comportamento compulsivo é provocada por diversos fatores e influências, dos quais os mais comuns são: aqueles vistos dentro de casa, na vida dos próprios pais ou irmãos; as pressões de amigos; as influências sociais; o ambiente étnico-cultural; o fator fisiológico (constituição física); o estresse, entre outros. A dependência do vício pode ser provocada pelo simples uso ocasional de certas substâncias por qualquer pessoa (caso da morfina indicada no tratamento médico).


Os vícios e compulsões são manipuladores tenazes que reduzem o homem à mais profunda miséria moral, com prejuízo para o corpo físico. São inimigos terríveis que destroem tudo à sua passagem. Depois de fascinar e escravizar o homem, minam suas forças até limites inimagináveis. “Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que está em vocês e que vocês receberam de Deus, e que vocês não pertencem a vocês mesmos?” (1Co. 6.19).


Vícios e compulsões não são iguais no que se refere ao potencial de provocar danos. No entanto, envolvem alterações de comportamento, deterioração física, estresse familiar, problemas financeiros, destruição da carreira profissional e crescente desintegração psicológica.


Para um melhor aproveitamento deste assunto, recorremos às considerações do Dr. Gary Collins, no capítulo 33 do seu livro.





I. A Bíblia condena expressamente o vício


As Escrituras reprovam qualquer prática que resulte em prejuízo para o corpo físico. Uma vez que os vícios ou qualquer comportamento compulsivo do indivíduo lhe são prejudiciais, são também condenáveis pela Bíblia. “Não se junte com os beberrões nem com os comilões, porque os beberrões e os comilões acabam na pobreza, e a sonolência os levará a vestir trapos.” (Pv. 23.20-21)


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1. Não se deixe escravizar por coisa alguma (1Co. 6.12-20; 7.23)


Qualquer tipo de comportamento que não se consegue controlar (dominar) é condenado pelas Escrituras por escravizar o homem. Todo vício e compulsão têm sua origem na mente da pessoa. Trata-se de um pensamento compulsivo, independente da motivação inicial, deixando o indivíduo vulnerável às tentações, que o levam ao pecado. “Que o ímpio abandone o seu mau caminho, e o homem mau, os seus pensamentos” (Is 55.7).





2. Não contamine o templo do Espírito que é o seu corpo (1Co. 6.18-20; Rm. 6.16; 12.1-2)


O indivíduo salvo da condenação eterna foi comprado pela graça de Cristo e a Ele pertence, pela criação e pela redenção. Portanto, é dever do cristão glorificar a Deus com todo o seu ser, rejeitando todo tipo de vício, como: glutonaria, linguagem obscena, ganância, luxúria, alcoolismo, tabagismo, drogas, o mau uso da televisão ou da internet, imoralidade sexual, trabalho excessivo, exercícios físicos exagerados, jogos de azar, fanatismo religioso, entre outros. Paulo exortou assim os cristãos em Roma: “Também não ofereçam os membros do corpo ao pecado, como instrumentos de injustiça, mas, como pessoas que passaram da morte para a vida, ofereçam a si mesmos a Deus e ofereçam os seus membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vocês, pois vocês não estão debaixo da lei, e sim da graça” (Rm. 6.13-14).








3. Não considere a ideia do beber socialmente (Pv. 20.1; 23.29-35-BLH; 1Co. 5.11; 6.9-10; Gl. 5.21; Ef. 5.18)


A embriaguez é clara e explicitamente condenada na Bíblia, que a classifica como pecado. Portanto, não devemos nos envolver com a bebida, nem nos deixar viciar por ela. Estatisticamente o álcool é considerado a principal porta de entrada para todos os demais vícios e, também, a maior causa de morte por acidente de trânsito, homicídio e violência familiar. “O vinho é zombador, e a bebida forte causa alvoroço; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Pv. 20.1). Tudo começa com o primeiro gole. Portanto, a prevenção ainda é o melhor remédio. “O prudente vê o mal e se esconde; mas os ingênuos seguem em frente e sofrem as consequências” (Pv. 27.12).





4. Vícios não servem de muletas para inocentar o culpado (Rm. 13.1-5)


Não pratique o que é mal perante a lei. A Bíblia nos instrui a sermos cidadãos cumpridores da lei. Um indivíduo que comete um delito não é inocentado pela Bíblia pelo fato de ser um viciado. “Pois a autoridade é ministro de Deus para o seu bem. Mas, se você fizer o mal, então tenha medo, porque não é sem motivo que a autoridade traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar quem pratica o mal” (Rm. 13.4).





5. Vícios não resolvem problemas nem reduzem tensões (Mt. 11.28; 1Pe. 5.7)


Pessoas buscam no vício um escape para o estresse. No entanto, após aparente alívio, o vício fomenta ainda mais o desequilíbrio das suas capacidades orgânicas. Invariavelmente, o vício oferece um prazer que dura pouco, mas pode deixar sequelas, consequências profundas e duradouras e, por vezes, irreversíveis na saúde e no bem-estar do indivíduo. Para o viciado, o prazer é transitório e o sofrimento, duradouro; contudo mesmo consciente desta funesta realidade, na maioria dos casos, o viciado é incapaz de deixar o vício. Poucos vão se apropriar da dádiva que o próprio Jesus oferece: “Venham a mim todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso” (Mt. 11.28 NTLH).





II. Alguns vícios e suas principais causas


Considerando a realidade do contexto do mundo no qual vivemos, onde a inversão de valores tem permeado até os lares cristãos e, não poucas vezes, invadido as igrejas, é essencial tomarmos consciência dos perigos que estão batendo à nossa porta.


Naturalmente, não é possível numa única lição estudarmos tão relevante assunto, considerando à exaustão cada uma das suas maléficas implicações ao homem. Vícios e compulsões não são novidades e não estão restritos a culturas ou épocas específicas. Trataremos a seguir de alguns tipos e suas causas.





1. Vícios mais comuns


Substâncias químicas (álcool e outras drogas ilícitas) – O termo droga é comumente empregado para produtos alucinógenos ou substâncias tóxicas que levam à dependência. As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que, ao serem consumidas, independente da forma (ingeridas, injetadas, inaladas ou absorvidas pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro, alterando seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas ou de alienação. Listamos algumas drogas para fins de informação: tabaco, maconha, ecstasy, cocaína, craque, anfetaminas, ansiolíticos, barbitúrios e cafeína.


Quando uma pessoa percebe que por causa do uso dessas drogas está enfrentando problemas na vida familiar, social, profissional ou espiritual e, mesmo assim, não consegue deixar a droga, essa pessoa está dependente psicologicamente da droga. Se, além disso, a pessoa se sente fisicamente doente quando a droga é retirada, então, existe, também, a dependência física.


Transtornos alimentares – Vícios e compulsões também aparecem como transtornos alimentares, sendo os mais comuns: obesidade, anorexia nervosa (redução ou perda do apetite) e bulimia (ingestão excessiva de alimentos com vômitos auto provocados em seguida). Algumas características comuns dos que sofrem desses transtornos alimentares são: o perfeccionismo; a baixa autoestima; a confusão de identidade sexual; a depressão; o engodo (engano); o relacionamento familiar problemático, etc.


Os transtornos alimentares geralmente são reflexo de problemas num nível profundo e, quase sempre, o nível mais profundo é o espiritual. Vale destacar também a importância da assistência de profissionais especializados. Melhores resultados são alcançados quando há mudança para um estilo de vida mais saudável, incorporando princípios da boa nutrição e um programa de exercícios físicos regulares.


Comportamentos compulsivos – A dependência química e os transtornos alimentares são os vícios que mais merecem a atenção da mídia e de publicações específicas. Mas há milhares de pessoas que lutam com compulsões menos comuns, sendo que muitas delas não têm causas físicas ou emocionais aparentes e, talvez por isso, são mais difíceis de serem tratadas. Têm sua origem nos exageros e descontroles praticados no trabalho, na busca pelo poder, nos exercícios físicos, na prática do sexo, no jogo, nos esportes radicais, na alimentação (chocolate, café, refrigerante...), entre outros, que caracterizam um comportamento compulsivo com potencial de provocar sérios danos ao indivíduo. Inegavelmente, a decisão pessoal de querer mudar, associada a uma estratégia adequada é um caminho eficaz na cura desses desvios comportamentais. “Somente um homem muito tolo, tão tolo que nem consegue encontrar o caminho de casa, se esgota de tanto trabalhar” (Ec. 10.15 NTLH).





2. Causas mais comuns


Pesquisas apontam que os principais motivos que levam um indivíduo às drogas são: mau exemplo dentro de casa; desejo de fuga devido à desestruturação familiar (em especial à ausência da figura do pai em casa); timidez e falta de coragem (para tomar uma atitude que, sem o uso de tais substâncias, não tomaria); dificuldade em enfrentar ou aguentar situações difíceis e estressantes; busca por sensações de prazer; influências sociais; pressões dos amigos; desinformação quanto à gravidade das consequências, entre outros. Há, também que considerar outros aspectos, tais como: a curiosidade do indivíduo; questões fisiológicas; fatores emocionais e psicológicos. “Dizendo que eram sábios, se tornaram tolos e trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens semelhantes ao ser humano... Por isso, Deus os entregou à impureza, pelos desejos do coração deles, para desonrarem o seu corpo entre si.” (Rm. 1.22-24).





III. Como enfrentar o vício e os atos compulsivos (Jo 16.7-15; Gl 5.22-23)


São imensuráveis as perdas provocadas pelo vício em todos os segmentos da sociedade. Estatísticas revelam a diminuição dos padrões da dignidade humana por conta dos vícios e dependências de toda sorte. O indivíduo caminha para a destruição da própria vida e da vida de seus semelhantes, produz em si mesmo lesões físicas, emocionais e espirituais, desalento, tristeza, desânimo, desesperança, etc. Dura realidade! Por essa razão, Deus nos deu do Seu próprio Espírito, para que Nele toda artimanha de Satanás seja destruída. É imperativo crer nessa verdade. Só o Espírito Santo de Deus tem pleno poder para o que veremos a seguir.





1. Convencer do pecado


O convencimento do pecado é atribuição do Espírito Santo (Jo. 16.8). Só o Espírito pode capacitar o homem a se arrepender dos seus vícios e pecados (Jo. 8.34-36) e abrir-lhe os olhos da alma para que veja o seu caminho errado, o seu estado de perdição, e arrependa-se dos seus pecados, abandonando as trevas (1Pe. 2.9).





2. Regenerar o homem 


No ato do convencimento do pecado ocorre, também, a mudança da natureza humana, tornando-o uma pessoa nova em Cristo, liberta de qualquer tipo de vícios: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é” (2Co. 5.17). “Porque Deus é quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar”(Fp. 2.13).





3. Dar ao homem domínio próprio


Jesus declarou: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (Jo. 16.13). O homem guiado pelo Espírito é capacitado para dominar seus próprios desejos: “O desejo dele será contra você, mas é necessário que você o domine” (Gn. 4.7).“Mas o fruto do Espírito é... domínio próprio” (Gl. 5.23).





4. Satisfazer o vazio existencial do homem


“...e (o Espírito) anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer” (Jo. 16.13). A pessoa passa a ser satisfeita em Cristo, não necessitando de recorrer aos vícios. Quando o pecado tirou o homem da presença de Deus, produziu esse vazio e o fez perder a noção dos propósitos divinos para a sua existência.





5. Desenvolver no homem o caráter de Cristo


Entre os anúncios do Espírito (Jo. 16.13), está o aperfeiçoamento do homem até alcançar a maturidade espiritual – uma direção oposta àquela fomentada pelos vícios e compulsões. É através da iluminação do Espírito Santo que o homem é levado a buscar a pureza e a santidade de Cristo. Faz parte dos propósitos eternos de Deus o desenvolvimento do caráter de Cristo nos salvos, até que a imagem de Cristo seja vista Neles: “também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho” (Rm. 8.29).





Conclusão


Infelizmente, uma multidão de pessoas está escravizada pelo vício. Muitas alcançarão a liberdade, outras não. Talvez algumas delas estejam mais perto de nós do que imaginamos. Ajudá-las a vencer esses desvios de comportamento é um dos maiores e mais importantes desafios que temos. Contudo é bom considerar que o tratamento a viciados ou compulsivos não deve prescindir de um acompanhamento médico simultâneo. Sobretudo é preciso reconhecer a necessidade da ação divina para sua efetiva libertação. A pessoa deve ser ajudada a confiar sua vida a Deus, entregando-se ao controle e à direção do Espírito Santo.





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