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Conflitos da Vida

DIA 5 DE 7

Inferioridade e baixa autoestima

Somos o que pensamos? Em grande parte sim. A Bíblia afirma que o coração, isto é, a nossa mente, é a parte do nosso ser que deve ser guardada com mais cuidado (Pv. 4.23). Quando pensamos em relacionamentos, não podemos separar as três áreas que devemos cuidar, que influenciam umas às outras, e que são: meu relacionamento com Deus, com o próximo e comigo mesmo.

Como salvos em Cristo, precisamos aprender a nos ver como novas criaturas, valiosas para Deus, capazes e dignas do Seu amor. Não podemos nos esquecer de que somos pecadores, de que temos que deixar o egocentrismo, mas reconhecemos que somos remidos pela graça de Deus e que compomos o corpo de Cristo.

Aceitarmo-nos como Seus filhos nos ajuda a ver-nos com a ótica de Deus. O relato da criação do homem é o primeiro texto bíblico que precisamos examinar (Gn. 1.27). Nele está escrito que fomos feitos à imagem de Deus. Se tivéssemos apenas esse texto nas Escrituras, já seria suficiente para não desvalorizar nenhum ser humano.

Estudaremos, a seguir, sobre a autoestima e quanto ela influencia a vida de cada um de nós.


I. O que autoestima não é

Estabeleçamos, primeiramente, o conceito de autoestima. Para melhor compreensão, partiremos do que a autoestima não é:

1. ter excessivo orgulho de ser quem eu sou;

2. valorizar exageradamente minhas qualidades;

3. atentar contra a teologia da autonegação;

4. considerar-me o centro do mundo. 

Essas quatro atitudes, dentre outras, podem ser confundidas com autoestima elevada. Se forem tomadas como verdadeiras, realmente não estão adequadas para a vida do crente.

A autoestima é um sentimento ligado à maneira como me vejo. Para o cristão, a autoestima está baseada no caminho de Deus revelado em Sua palavra. Segundo o Dicionário Houaiss, “autoestima é a qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos”.


Você entende o valor de sua vida em Cristo? Você sabe o seu lugar e importância na implantação do reino de Deus na Terra?


II. O que é autoestima e como lidar com ela

A chave para a autoestima é o equilíbrio. Toda vez que alguém se supervalorizar ou inferiorizar sofrerá consequências indesejáveis na vida.

Saul é um exemplo de desequilíbrio de autoestima. Deus anunciou, através de Samuel, que enviaria um homem para que fosse ungido rei (1Sm. 9.15-20). Saul foi ungido (1Sm. 10), mas durante a cerimônia, quando foram procurar Saul, ele estava escondido no meio da bagagem e não saiu sozinho, mas alguém o tirou de lá. A baixa autoestima pode parecer timidez, mas, na verdade, é incredulidade no que Deus pode fazer. Apesar do fato de, no início, Saul ter se sentido incapaz para tamanho encargo, a história mostra que o poder subiu-lhe à cabeça e seu fim foi triste. A trajetória de Saul mostra uma pessoa desequilibrada emocionalmente, insegura (baixa autoestima), ciumenta e invejosa.

Deus, por meio de Paulo, ensina como devemos pensar a nosso respeito (Rm. 12.3). A palavra moderação, além da ideia de autocontrole, traz também a ideia de equilíbrio, ou seja, capacidade de manter sua identidade no meio das lutas ou das vitórias, sob elogios ou críticas, em vantagem ou desvantagem.

Manter a autoestima equilibrada depende de sempre lembrar destes princípios bíblicos e agir de acordo com eles. Cada um deles combate uma das causas de desequilíbrio da autoestima. Em Romanos 12.3, aprendemos que vencer o orgulho e reconhecer que recebemos talentos de Deus ajuda-nos a equilibrar nossa visão a respeito de quem somos. 


Vejamos mais alguns textos:

1. cuidar do conteúdo com o qual enchemos a mente (Fp. 4.8-9);

2. obedecer à lei resumida por Jesus (Lc. 10.27);

3. reconhecer que toda boa dádiva vem do Senhor e não de nossos esforços isolados (Tg. 1.17);

4. lembrar que todos estamos em processo de crescimento no Senhor e que, para isso, recebemos a capacidade Dele (Fp. 2.13; Tg. 1.5).


Se você pudesse fazer um teste, como acha que estaria sua autoestima? Quais desses princípios bíblicos você tem aplicado em sua vida e em quais precisa de ajuda?


III. Como ajudar outros com a autoestima 

Aquele que for aconselhar uma pessoa com baixa autoestima não pode estar na mesma situação que ela. Sua visão de si mesmo deve estar equilibrada para que possa ajudar a outrem.

Alguns passos concretos são importantes se quisermos ajudar efetivamente.


1. Conceito bíblico 

Apresentar o conceito bíblico de uma boa autoestima.


2. Autoavaliação

Tornar mais prático o processo de pensar moderadamente sobre si. Peça à pessoa que faça uma lista de aspectos que ela considera negativos e positivos em si mesma. Ajude-a a avaliar honestamente o que escreveu.


3. Perdão

Exercitar o perdão e também o sentir-se perdoado. João ensina a respeito dos efeitos da confissão (1Jo. 1.9). Ter paciência, já que os conceitos errados que alguém tem de si mesmo, tanto espirituais quanto emocionais, foram formados ao longo de muito tempo.


4. Mostrar atitudes práticas

Vencer o espírito excessivamente crítico e negativo.

Respeitar, reconhecer e elogiar as pessoas sem se sentir menos ou mais do que elas. Para que trabalhemos bem com uma pessoa, devemos respeitá-la e reconhecer seu valor.

Aplicar os ensinamentos bíblicos em todos os setores da vida.

Cultivar amizades sinceras que possam ajudá-la em seu desenvolvimento. Pessoas que elogiam e criticam amorosamente, quando necessário, ajudarão em seu desenvolvimento pessoal.

Agir como pais, professores e líderes de acordo com a palavra de Deus, sendo companheiros e guias daqueles que lhes foram confiados como discípulos (1Pe. 5.1-3).


Você já foi ajudado por alguém na igreja a respeito da sua autoestima? Você pode listar pelo menos dois amigos que poderiam ajudá-lo nessa questão?


Conclusão

A igreja não tem apenas o papel curativo, mas também preventivo para muitos dos problemas humanos. É importante que no Ministério de Ensino da igreja haja o cuidado de incluir estudos no âmbito dos problemas psicológicos, desde que haja pessoas preparadas para tanto. Caso não haja, convidar irmãos qualificados nessa área ajudará a muitos.

Em nossa vida pessoal, devemos perguntar como nos vemos e o que precisamos adequar à realidade em que vivemos. Além disso, pedir a Deus graça a respeito de nossas atitudes em relação àqueles sobre os quais temos influência na formação de sua autoestima: filhos, netos, sobrinhos, alunos, etc.


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Dia 4Dia 6

Sobre este Plano

Conflitos da Vida

Este devocional trata dos conflitos que mais se manifestam nas pessoas. A seleção foi feita a partir do que encontramos nos melhores livros de aconselhamento, e com estas lições temos três alvos principais. Encontrar respostas para a origem e os conflitos da vida; mostrar que Deus tem respostas ao homem e equipar os cristãos para ajudar outras pessoas.

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Gostaríamos de agradecer à Editora Cristã Evangélica por fornecer este plano. Para mais informações, acesse: https://editoracristaevangelica.com.br/