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Conflitos da VidaExemplo

Conflitos da Vida

DIA 2 DE 7

De onde vêm os conflitos?


Dois navios colidiram no Mar Negro em 1986, lançando centenas de passageiros nas águas geladas, provocando mortes. As notícias do desastre tornaram-se mais terríveis quando uma investigação revelou que o acidente foi causado por teimosia humana. Cada capitão estava ciente da presença do outro navio e ambos poderiam ter optado por uma ação preventiva para evitar a colisão. Mas nenhum deles quis ceder ao outro. Quando viram o erro que cometeram, era tarde demais (Pão Diário 4).


Fica clara a existência de um conflito de atitudes dos dois capitães. Assim também há conflitos em nossa vida. Na busca do motivo desses acontecimentos, devemos voltar ao começo da história da humanidade, especialmente Gênesis 3. Podemos dividir a história humana em antes e depois do evento ali relatado.





I. Quem somos agora?


A entrada do pecado no mundo estragou a “festa da vida”. O Éden era um lugar aprazível, jardim de delícias, um paraíso mesmo. A prova disso se resume num só fato: lá não havia pecado. Mas, a partir da queda, o ser humano adquiriu uma outra natureza: a de pecador.


Herdamos do primeiro casal o gene do paraíso perdido. É o sentimento ou a sensação de que tínhamos algo e perdemos, de que não somos exatamente o que fomos criados para ser. Marcos Inhauser, em seu livro Opção pela Vida (Campinas: United Press), fez um interessante esboço sobre esse tema. O esboço a seguir é Dele, mas os comentários são do autor da lição, salvo quando houver citação.


1. Somos seres expulsos do paraíso


“E o Senhor Deus ordenou ao homem: De toda árvore do jardim você pode comer livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal você não deve comer; porque, no dia em que dela comer, você certamente morrerá” (Gn 2.16-17). A liberdade está declarada nesta palavra “livremente”. O homem não precisava consultar o Criador, pois Ele já havia dado a ordem para desfrutar de “toda árvore”. Contudo, não contente com tamanha bênção, o primeiro casal quis ir além do que Deus estabeleceu. Resultado: foram expulsos do jardim(Gn 3.23).


“A vida humana se inicia no paraíso e se desenvolve no desejo e luta de retornar ao paraíso perdido” (Inhauser, p.20). E sem essa compreensão não conseguiremos entender o ser humano. Quando Jesus usou a palavra “perdição” (Mt 7.13), estava dizendo que as pessoas estão “perdendo algo”, no caso, a vida. 




2. Somos seres insatisfeitos com os paraísos que temos


A insatisfação é gerada pelo senso da perda. Nada satisfaz, nada preenche o coração que não está no lugar originalmente planejado por Deus. Isso explica o comportamento da humanidade que busca, freneticamente, satisfazer-se em tantas coisas e em tantos lugares. Mas a sede só aumenta. “Nenhum momento de nossa vida será tão pleno que não haverá nenhum reparo a ser feito” (Inhauser, p.20). 


3.  Somos seres de paraíso em paraíso


Uma pessoa fora do seu ambiente natural se comporta como um peregrino, tentando encontrar seu lugar. Sempre achamos que a próxima circunstância, pessoa, emprego, cidade ou país nos trará a felicidade tão sonhada! Grande engano, nenhum “paraíso” suprirá o que foi perdido.


4.  Somos seres impedidos de voltar ao paraíso perdido


Ninguém jamais voltou ao paraíso perdido. Deus colocou anjos especialmente designados, portando cada qual uma espada de fogo que dava voltas em todas as direções, para que o primeiro casal não retornasse ao paraíso e tivesse acesso ao caminho da árvore da vida (Gn 3.24).


5. Somos seres que decidem


O Senhor Deus perguntou a Adão: “Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu da árvore da qual ordenei que não comesse?” (Gn 3.11). O primeiro homem decidiu errado, e as consequências dessa decisão passaram a todos os homens (Rm 5.19). Escolhemos todos os dias e em todos os momentos. Ninguém vive sem tomar decisões. No mundo pós-queda, temos que decidir. Mas, pela graça de Deus, através de Jesus Cristo, retornaremos ao paraíso eterno, poderemos comer da árvore da vida e de lá jamais seremos expulsos (Ap 2.7; 22.2-4). A Deus seja a glória para sempre!





II. Por que sofremos?


“O que descobri é tão somente isto: que Deus fez o ser humano reto, mas ele se meteu em muitos problemas.” (Eclesiastes 7.29)


Esse versículo de Eclesiastes nos ensina que os muitos problemas e sofrimentos são nossa culpa, e não nosso destino. Sabemos que muitos sofrem por causa de outros (as vítimas da guerra, por exemplo). Em sua condição original, Deus fez o homem reto, mas ele se corrompeu, perdendo seu estado de inocência e santidade. A expressão “muitos problemas” é o mesmo que muitas complicações, muitas invenções.


As consequências dessa queda são conhecidas. Entretanto precisamos destacar alguns tópicos, porque estes se interligam com os conflitos da vida.


1.  A terra amaldiçoada (Gn 3.17)


Pisamos num chão amaldiçoado. “maldita é a terra por sua causa”. Não há como escapar dessa triste realidade. Mas não pense que seja uma maldição semelhante à de um feiticeiro pagão, que esteja interessado somente na desgraça do outro. O sentido é que a terra vai sofrer as consequências da desobediência contra o Deus santo. Ainda que você possa contemplar lugares paradisíacos na terra, eles estão guardados para serem consumidos pelo fogo e pelo juízo de Deus, conforme diz-nos o apóstolo Pedro (2Pe 3.7).




2. A humanidade decadente (2Tm 3.1-5)


Temos uma profecia acerca dos “últimos dias”, que começaram quando Jesus nasceu e terminarão na segunda vinda.


A moralidade em baixa – “pois os homens serão” – O apóstolo imediatamente prossegue dizendo-nos a razão da dificuldade dos últimos dias. É importante compreender que os homens são os responsáveis pelos tempos difíceis ou duros de suportar. Por isso, nesse texto encontramos 18 adjetivos negativos que explicam a razão das dificuldades entre as pessoas. 


Ao analisar cada palavra, descobrimos que todo esse comportamento errado é a inevitável consequência de amar mais a si mesmo e aos prazeres do que a Deus. Dos 18 termos, quatro estão relacionados ao amor e à amizade, sugerindo que, fundamentalmente, o erro da humanidade é que o seu amor está mal direcionado. Em vez de serem “amigos de Deus” são “amigos de si mesmos” (egoístas), “amigos do dinheiro” (avarentos) e “amigos dos prazeres” (hedonistas) (2Tm 3.2-4).


Certo teólogo compara o homem egoísta ao ouriço (mamífero insetívoro que tem o corpo coberto de espinhos), o qual, tornando-se uma bola, mostra somente espinhos aguçados aos que o veem, ao mesmo tempo em que guarda para si mesmo, interiormente, todo o pelo macio e quente (Trench).


A religiosidade aparente – (2Tm 3.5). É talvez surpreendente, e porque não dizer quase inacreditável, que pessoas como essas que acabamos de ler possam também ser religiosas! Mas é verdade. Alguém já disse que é justamente atrás das fachadas da religiosidade que as pessoas mais se escondem (leia Isaías 1.10-17). Aos escribas e fariseus hipócritas, o Senhor Jesus Cristo disse: 


“Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de roubo e de glutonaria!” (Mt 23.25). Significa que eram meticulosos em proteger a pureza cerimonial, mas por dentro não havia a pureza moral.


2 Timóteo 3.5 afirma: “tendo forma de piedade mas, negando o poder dela”. Era forma sem poder, aparência externa sem realidade interna, religião sem moral, fé sem obras. Como escreveu A.W. Tozer: “Todas as nossas palavras são do poder, mas todos os nossos atos são da fraqueza.” A verdadeira religião combina forma e poder.





3. O campo de batalha (Ef 6.10-12)


Toda pessoa que já experimentou o novo nascimento sabe que “a nossa luta não é contra o sangue e a carne mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais” (v.12). Podemos destacar três características, neste versículo, sobre o inimigo que enfrentamos. 


Poderoso – São “forças” e não fraquezas do mal. Vale lembrar que o diabo pôde oferecer a Jesus “todos os reinos do mundo” (Mt 4.8-9), e o Senhor Jesus o chamou de “príncipe deste mundo”(Jo 12.31; 16.11). Um príncipe é alguém que tem um principado nas mãos. 


Maligno – “Se esperamos vencê-lo, temos que ter em mente que ele não possui qualquer princípio moral, nem código de honra, nem sentimentos mais nobres” (Stott). É totalmente inescrupuloso, sem qualquer pudor ou vergonha. Só maldade, maldade e maldade. “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir” (Jo 10.10).


Astuto – Paulo escreve sobre as “ciladas do diabo” (Ef 6.11); em 2 Coríntios 11.14 afirma que “o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz”, e em 2 Coríntios 2.11 declara: “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos as intenções dele”, outra versão diz, “conhecemos bem os planos dele” (NTLH). As ciladas do diabo têm muitas formas, mas o seu maior êxito em astúcia é quando consegue persuadir as pessoas de que ele não existe. “Negar a sua existência é expor-nos ainda mais às suas sutilezas”, escreveu Martyn Lloyd-Jones. 


A Bíblia diz que o espírito do príncipe da potestade do ar atua agora nos filhos da desobediência (Ef 2.2). O verbo “atuar” (energeo) vem da palavra “energia” e indica uma atuação eficaz e muito operante. 


Para que tenhamos vitória e até mesmo paz em meio a uma luta sem tréguas contra o mal, é necessário que nos revistamos de toda a armadura de Deus (Ef 6.13-18).





Conclusão


Embora essas realidades expliquem a origem e a permanência dos conflitos da vida, a proposta bíblica não é para que tenhamos uma atitude conformista e nem derrotista. O apóstolo Paulo afirmou: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo” (2Co 2.14).


Nosso convite é para que você encare os conflitos apresentados nas lições a seguir como alguém que deposita sua esperança em Cristo Jesus. Porque Nele “somos mais que vencedores” (Rm 8.37).





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Sobre este Plano

Conflitos da Vida

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Gostaríamos de agradecer à Editora Cristã Evangélica por fornecer este plano. Para mais informações, acesse: https://editoracristaevangelica.com.br/

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