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Casamento a Três — As Quatro Fases do CasamentoMuestra

Casamento a Três — As Quatro Fases do Casamento

DÍA 2 DE 7

1- Expectativa

“O que posso esperar obter com o casamento? Qual é o benefício? Minhas esperanças são grandes e meus sonhos brilhantes. Mas será que se realizarão?” Vamos olhar para algumas das expectativas mais comuns que as pessoas têm hoje em relação ao casamento. Depois vamos nos voltar para a Bíblia, a fim de vermos o que Deus propões para este relacionamento.

Nossas expectativas. Nossa sociedade, religiosa ou secular, estabeleceu expectativas para o relacionamento conjugal.

O casamento suprirá minhas necessidades de:

  • Afeição e intimidade sexual,
  • Companheirismo,
  • Ter uma família,
  • Conversar,
  • Segurança financeira,
  • Aceitação social,
  • Deixar a casa dos pais.

Muitas dessas expectativas refletem desejos razoáveis, até despertados por Deus. Mas o problema vem quando buscamos estes desejos com estratégias e motivos imediatistas. Muitos entram no casamento esperando que ele resolva os seus problemas. Uma filha que já não tolera mais a ira e a frieza de seu pai, ou a crítica de sua madrasta, pode casar-se simplesmente para sair de casa. Um filho que sente que não é respeitado pelos seus pais pode vê-lo como uma maneira de encontrar a afirmação pessoal que tanto anseia. No entanto, na maioria das vezes, os que se casam para resolver os seus problemas acabam numa humilhante corte judicial de divórcio dizendo: “Ela (ou ele) simplesmente não está satisfazendo minhas necessidades, Vossa Excelência.”

Por que os casais não preveem que isto vai acontecer? Parte da resposta é que muitos deles presumem que…

O casamento irá transformá-lo(a).Muitas pessoas se casam tendo uma ideia pré-determinada do que querem que seu parceiro seja. Podem revelá-lo um pouco antes de concretizar a união, mas muito cedo torna-se demasiado óbvio. João, um estudante de seminário, estava buscando um conceito de como deveria ser a esposa ideal para um pastor. Queria uma mulher que fosse bastante hospitaleira, que o promovesse de todas as formas que soubesse falar para grupos de mulheres, que ficasse contente em morar na casa pastoral — ao lado da igreja — que soubesse viver de forma econômica com um orçamento apertado, que lhe desse dois filhos no tempo desejado (de preferência um menino e uma menina), e que sempre fosse otimista e alegre.

Não muito depois de seu casamento começaram os problemas. Bete às vezes estava mal-humorada e triste. Ela queria um pouco de dinheiro para gastar, sem ter que prestar contas de todo centavo para seu marido. Detestava falar em público. O primeiro bebê não veio no tempo desejado, e a sua saúde era frágil. Quanto mais João a forçava para que suprisse suas expectativas, mais ela retrocedia.

Simplesmente não conseguia se encaixar no ideal dele, mesmo com toda a pressão que ele fazia. Para evitar tais erros, algumas pessoas tentam uma abordagem diferente.

O relacionamento pode ser tão livre quanto quisermos.Alguns se casam com outra expectativa, mais sutil. São generosos em oferecer ao seu cônjuge grande liberdade —mais do que é conveniente para a outra parte — mas a um custo muito alto. Querem cada vez mais liberdade para si mesmos. Em troca, esperam que lhes sejam feitas poucas exigências. É a abordagem “viva e deixe-me viver”: “Eu não lhe farei nenhuma pergunta e espero que você também não me questione sobre nada.”

2 - As expectativas de Deus

A Bíblia mostra que as expectativas de Deus para o casamento são diferentes das nossas. Quando o Senhor disse: “Não é bom que o homem esteja só”, e quando criou Eva como resposta para a solidão de Adão, Ele fez mais do que dar apenas uma provisão para as necessidades do homem. O restante da Bíblia mostra que Deus tem as seguintes expectativas com relação à união matrimonial:

O casamento nos capacitará a suprir as necessidades da outra pessoa.Ao escrever sua carta aos coríntios no Novo Testamento, o apóstolo Paulo deixou claro que aqueles que estão casados podem esperar não apenas a alegria de um relacionamento, mas também as responsabilidades que o acompanham (1 CORÍNTIOS 7:28-35).

Paulo deu a entender que ao se comprometerem um com o outro, os maridos e as esposas na verdade devem trabalhar arduamente para se agradarem mutuamente (vv.33,34).

De certo modo, o apóstolo disse que o casamento, embora não esteja errado (v.28), na verdade limita a proporção de tempo que uma pessoa pode investir num serviço para o Senhor. Paulo devia estar muito consciente de que o muito que conseguiu realizar como um embaixador viajante para Cristo, não poderia ter sido feito se tivesse as responsabilidades e cuidados por uma esposa, lar e família. Apesar de todas as alegrias, o casamento tem responsabilidades que limitam nossa liberdade de servir a Deus, de forma totalmente livre. Nosso Senhor sabe que quando casamos, estamos escolhendo servi-lo, atendendo às necessidades de nosso parceiro. Com o tempo, temos que aprender como manter o compromisso conjugal sem que este venha a competir com o compromisso e dependência que temos com o Senhor.

Isso nos traz a uma segunda expectativa. Embora talvez nos casemos esperando mudar nosso parceiro, a expectativa de Deus é de que …

O casamento nos mudará para melhor.As Escrituras não falam de nos assegurarmos de que nosso parceiro vai nos amar, respeitar e nos dar a satisfação afetiva, financeira e física que tanto desejamos. A Bíblia não promete que Deus vai transformar nosso cônjuge no tipo de pessoa pela qual estamos orando. O que ela revela, no entanto, é o tipo de coração que Deus pode desenvolver em nós, se fizermos a nossa parte em trazer à luz o que há de melhor no nosso companheiro.

O casamento, pela sua própria natureza, exige crescimento espiritual de nós mesmos. Para vivermos e amarmos alguém “na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença” requer-se que aprendamos a colocar os interesses dele ou dela em primeiro lugar. Mais do que qualquer outro relacionamento, o casamento exporá nosso coração e exigirá nossa maturidade.

Tal amor é um princípio bíblico geral (FILIPENSES 2:14), mas a intimidade e as responsabilidades do casamento nos dão um cenário ideal para nos ajudar a aprender o verdadeiro significado do amor.

Por sua própria essência, o casamento exige compromisso, risco e investimento desinteressado. Deus espera que um casal alcance a unidade, o amor, a lealdade e bênçãos. Para isso devem dar grandes passos quanto a um crescimento pessoal. Precisam aprender como e quando abandonar seus direitos pessoais, a fim de que possam experimentar a riqueza que vem quando as verdadeiras necessidades do outro (não as exigências egoístas) são colocadas antes de nosso próprio desejo.

À medida que o marido e a esposa aprendem a amar dessa maneira, tornam-se uma janela através da qual os outros podem ver o reino de Deus em ação. Ao se renderem ao Espírito Santo e ao governo de Deus, tornam-se uma demonstração do tipo de espiritualidade que o Senhor planejou para o matrimônio. Amigos, filhos e outros membros da família têm a chance de ver o amor fiel, a honestidade, a coragem moral, a verdadeira humildade, a paciência incrível e a compreensão terna que Deus pode trazer com o casamento. As pessoas não vão ver uma submissão manipulada ou temerosa que tantas vezes caracteriza o relacionamento conjugal. Verão o afeto honesto e a amizade.

Esse tipo de amor requer que não nos concentremos primeiramente nas falhas do nosso cônjuge, mas em nossos próprios motivos e ações. Entretanto, tal amor não nos dá a permissão de presumir: “Se eu não exigir nada de você, então você também não vai exigir nada de mim.” A expectativa de Deus é que, da forma mais íntima e interdependente possível…

O casamento nos colocará sob o espírito do amor mútuo.A Bíblia deixa claro que quando um homem e uma mulher se unem pelos laços do matrimônio, tornam-se um só. E o fator controlador de sua unidade é seu compromisso mútuo de cuidar do bem-estar do outro, enquanto ambos viverem.

Esse compromisso de amar significa que sempre devemos procurar formas positivas de trazer à luz o melhor do nosso cônjuge. Também significa que depois de lidar com nossas próprias falhas e pecados (MATEUS 7:1-5), vamos encontrar maneiras oportunas e sensíveis de prevenir falhas significativas um no outro. Provérbios 27:6 lembra-nos de que para sermos fiéis, algumas vezes um amigo precisa dizer coisas que podem ser dolorosas de se ouvir.

A Bíblia não deixa margem para queixas constantes ou críticas cruéis um ao outro. O texto de Provérbios diz que é melhor viver “no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa” (21:9). Mas com o amor vem a responsabilidade de fazer todo o possível para trazer à luz o melhor no nosso cônjuge, e não o pior. O amor não vai ter prazer na imoralidade ou em apoiar os vícios destrutivos do nosso parceiro. Assim como Deus nos mostra pelo Seu próprio exemplo, o amor é firme e resistente quando as circunstâncias o exigem.

No entanto, a expectativa mais significativa que o Senhor tem para o casamento parece se refletir na sua intenção de que …

O casamento será uma representação do relacionamento de Cristo com a Sua Igreja.A expectativa de Deus é de que maridos e esposas desenvolvam um amor duradouro, mantendo seus olhos nas “bodas” de Cristo e Sua igreja (2 CORÍNTIOS 11:2; EFÉSIOS 5:22-33). Depois de admoestar a maridos e esposas a verem suas diferentes e específicas funções no relacionamento entre Cristo e a Igreja, o apóstolo Paulo escreveu:

Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido(EFÉSIOS 5:30-32).

Estas expectativas de Deus são uma grande promessa para um casamento que esteja começando ou aquele que esteja sendo restaurado. São expectativas que nos elevam acima de nós mesmos, e pedem de nós o tipo de amor que tem sua fonte em Deus.

Estas expectativas formam uma base para a aliança que está no centro do casamento.

Día 1Día 3

Acerca de este Plan

Casamento a Três — As Quatro Fases do Casamento

Deus tem um plano maravilhoso para seu casamento! No entanto, este relacionamento é o que mais demandas apresenta, dentre todos os demais. Dúvidas, medos, traumas passados e a dificuldade na comunicação são problemas que podem levar um relacionamento inicialmente apaixonado à monotonia ou, pior ainda, à dissolução.

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