Cânticos de Louvor - 01Sample

PAI, VENHO TE DIZER...

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade... - Efésios 1.3-5

O erro de concordância gramatical saltou-me aos olhos; o para choque daquele caminhão trazia a seguinte frase: “Se tu és filho de Deus, eu sou seu irmão!” Independente do erro de português, misturando “tu com seu”, a ideia transmitida na frase poderia escandalizar muita gente! Digo isso porque o autor da frase estava deixando uma dúvida no ar, ou seja, “Existem pessoas que são filhos de Deus e outras que não o são!” Essa ideia fica explícita quando ele escreve condicionalmente “- Se tu és filho de Deus ...”.

Na verdade existem alguns ditados populares que, embora não reflitam uma verdade imutável, tornam-se “como verdade”, pelos costumes e pela sua repetição. Vamos nos lembrar de alguns destes ditos: “A voz do povo é a voz de Deus”, “O homem é produto do meio” e ainda “Todos são filhos de Deus”. Este último pensamento, muito difundido e repetido, é aceito por quase todas as pessoas, principalmente por quem não conhece a Bíblia. Percebe-se que pessoas humildes e iletradas defendem essa ideia com unhas e dentes, mas também que os “entendidos” como um diretor de empresa que conheço, homem muito culto em várias áreas do conhecimento humano, defende-a da mesma forma e com o mesmo empenho.

O homem, criado por Deus conforme Sua imagem e semelhança, perfeito na sua criação, permaneceu assim até que o pecado fez morada em seu coração. A partir daí o homem desviou-se da vontade do Criador e resolveu ser tal como o Pai, “conhecedor do bem e do mal” (Gênesis 3.1-7). Neste exato momento a relação de filiação para com Deus, que existia, deixou de existir. E isso se deu unicamente por uma decisão unilateral do primeiro casal (Gênesis 3.8-19). Certamente Deus ficou triste e por isso mesmo o ser humano, assim como a própria terra foram punidos. Deus permite que o homem se afaste dele e viva suas próprias decisões! Neste instante Deus perde seu filho perfeito, enquanto o homem morre espiritualmente ao afastar-se do Pai, pois como está escrito: O salário do pecado é a morte! (Romanos 6.23).

Mas o próprio Criador providencia um plano para resgatar o homem da peia do pecado, plano este colocado em prática com a encarnação do próprio Deus: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. E o Verbo Divino, Jesus Cristo, se faz presente no nosso meio, vindo para os que eram seus; mas infelizmente, parte do povo de Israel não o recebeu como o próprio Deus (João 1.6-10).

Jesus Cristo, a luz que alumia o mundo, não clareou as trevas que se manifestavam no meio de seu próprio povo. Mas a Palavra de Deus nos garante que o plano da salvação continua... E sabem como? Deus adota como filhos queridos aqueles que passam a crer em Jesus, seu filho verdadeiro (João 1.11-14). Nós outros somos adotados; glórias a Deus por isso! Um novo Israel de Deus se forma, um novo povo se levanta: a Igreja, corpo de Cristo, formada por aqueles cidadãos do Reino que creem no nome do Filho! E o homem adotado, passa a ter o status de filho de Deus, sendo coerdeiro das promessas em Cristo Jesus, o unigênito Filho de Deus (Gálatas 4.3-7). Plano perfeito! Boas novas de salvação para todos os que creem! E muita gente não conhece esse plano poderoso e ainda pensa: - Somos todos filhos de Deus! Não é isso que o Pai nos garante, visto que nem todos creem.

Crês isso (João 11.25-26)? Afinal nós gostamos tanto de um cântico chamado 'Aba Pai', que pode ser traduzido por Papaizinho, uma forma íntima e carinhosa que Jesus Cristo usou e nos ensinou a usar para com o Criador: “Pai, venho te dizer que Tu és o meu lugar seguro! / O motivo da minha canção! / E com meu coração, quero te adorar, / Exaltar seu Santo nome! / Pai, te louvo! / As palavras não podem dizer, / O quanto eu te amo, / E como eu preciso de ti, / Só me resta dizer: Abba Pai!”

Americana, 06 de Agosto de 2002