Pai NossoExemplo

Se alguém insiste em sua própria bondade e despreza os outros... que ele olhe para si mesmo quando esta petição o confrontar. Ele descobrirá que não é melhor que os outros e que na presença de Deus todos devem baixar a cabeça e entrar na alegria do perdão apenas através da porta baixa da humildade.
Martinho Lutero
Introdução:
Bem-vindos ao nosso nono dia de estudo sobre o Pai Nosso! Hoje, nos aprofundaremos na segunda parte da petição sobre o perdão: "assim como nós perdoamos aos nossos devedores". Esta frase desafiadora nos convida a refletir sobre a conexão profunda entre o perdão que recebemos de Deus e o perdão que somos chamados a oferecer aos outros.
Nesta lição, exploraremos a importância de receber genuinamente o perdão de Deus, o perigo da hipocrisia em nossas atitudes de perdão, e como podemos praticar o perdão de maneira centrada no evangelho em nossas vidas diárias. Veremos que perdoar não é apenas uma opção, mas uma parte essencial de nossa identidade como seguidores de Cristo.
Que esta reflexão nos desafie a examinar nossas próprias atitudes em relação ao perdão e nos inspire a viver como pessoas verdadeiramente perdoadas e perdoadoras, refletindo o caráter de Cristo em um mundo que desesperadamente precisa de graça e reconciliação.
1. Receber o Perdão de Deus
Receber e desfrutar o perdão de Deus é fundamental para nossa vida espiritual. Jesus ilustrou isso na parábola do servo perdoado (Mateus 18:23-35 ARC), onde o rei perdoa uma dívida enorme ao servo. Este perdão generoso deve nos levar a uma profunda gratidão e alegria.
Quando realmente entendemos o quanto fomos perdoados, isso transforma nossa atitude em relação aos outros. Como Jesus disse: "Aquele a quem muito se perdoa, muito ama" (Lucas 7:47 ARC). O perdão que recebemos de Deus deve nos encher de amor pelos outros.
Desfrutar do perdão de Deus significa viver na liberdade que Ele nos dá. Paulo escreveu: "Justificados, pois, pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1 ARC). Esta paz nos liberta da culpa e da condenação.
Receber o perdão de Deus não é algo que fazemos uma vez, mas uma experiência contínua. João nos lembra: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9 ARC).
O perdão de Deus nos dá uma nova identidade. Não somos mais definidos por nossos erros, mas por quem somos em Cristo. Paulo diz: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5:17 ARC).
Viver no perdão de Deus nos capacita a perdoar os outros. Não perdoamos por nossa própria força, mas pelo poder do Espírito Santo que vive em nós.
2. Fuja da Hipocrisia
Quando oramos "perdoa-nos... assim como nós perdoamos", estamos estabelecendo uma correlação direta entre o perdão de Deus e o nosso perdão aos outros. Jesus enfatizou isso dizendo: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6:14-15 ARC).
Não perdoar os outros enquanto pedimos perdão a Deus é hipocrisia. É como pedir a Deus para fazer algo que nos recusamos a fazer pelos outros. Jesus ilustrou isso na parábola do servo impiedoso (Mateus 18:23-35 ARC), onde o servo perdoado se recusa a perdoar uma dívida muito menor.
Amar a Deus e amar ao próximo são inseparáveis. João escreveu: "Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" (1 João 4:20 ARC).
A hipocrisia no perdão prejudica nossa relação com Deus e com os outros. Ela cria uma barreira em nosso crescimento espiritual e nos impede de experimentar plenamente o amor e a graça de Deus.
Fugir da hipocrisia significa ser honesto sobre nossas próprias falhas e necessidade de perdão. Quando reconhecemos o quanto precisamos do perdão de Deus, ficamos mais propensos a estender esse perdão aos outros.
Perdoar não significa que o que a pessoa fez está certo, mas que escolhemos liberar a pessoa e a nós mesmos do peso do ressentimento. É um ato de obediência a Deus e um reflexo do Seu caráter em nossas vidas.
3. Como Perdoar na Prática: Um Guia Centrado no Evangelho
- Reconheça a profundidade do perdão de Deus:
Comece refletindo sobre o perdão que você recebeu em Cristo. A Bíblia nos diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16 ARC). Este amor sacrificial de Deus é a base do nosso perdão. Medite na cruz, onde Jesus pagou o preço pelos nossos pecados. Quanto mais entendemos a grandeza do perdão que recebemos, mais somos capacitados a estender esse perdão aos outros.
- Decida perdoar como um ato de obediência e gratidão:
O perdão não é primariamente um sentimento, mas uma decisão baseada na nossa identidade em Cristo. Paulo nos lembra: "Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo" (Efésios 4:32 ARC). Decidir perdoar é uma resposta ao amor de Deus, não uma tentativa de ganhar Seu favor. É um ato de obediência que flui da gratidão pelo que Cristo fez por nós.
- Entregue a justiça a Deus:
Perdoar não significa negar que um mal foi feito ou que a justiça não importa. Pelo contrário, significa confiar que Deus é o juiz justo. Como Paulo escreveu: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor" (Romanos 12:19 ARC). Entregar a justiça a Deus nos liberta do peso de tentar acertar as contas por conta própria.
- Busque a transformação pelo Espírito Santo:
Perdoar, especialmente em situações difíceis, não é algo que podemos fazer por nossa própria força. Precisamos da obra transformadora do Espírito Santo em nossas vidas. Paulo nos lembra: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento" (Romanos 12:2 ARC). Peça a Deus para mudar seu coração e dar-lhe a capacidade de ver a pessoa que o feriu através dos olhos de Cristo.
- Pratique o amor ativo:
Jesus nos chama não apenas a perdoar, mas a amar ativamente nossos inimigos. Ele disse: "Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" (Mateus 5:44 ARC). Este amor ativo não depende dos sentimentos da outra pessoa ou de sua resposta. É um reflexo do amor incondicional de Deus por nós, demonstrado quando "Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8 ARC).
Lembre-se, o perdão é um processo que pode levar tempo. Não é sobre esquecer ou negar a dor, mas sobre escolher liberar o outro e a si mesmo do ciclo de ressentimento. À medida que praticamos o perdão, refletimos o caráter de Cristo e experimentamos a liberdade que Ele nos oferece. Como Jesus prometeu: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" (João 8:36 ARC).
Conclusão:
Ao concluirmos este estudo sobre "assim como nós perdoamos aos nossos devedores", somos lembrados do desafio profundo que esta parte da oração do Pai Nosso representa em nossas vidas. O perdão que oferecemos aos outros não é opcional, mas uma expressão vital de nossa compreensão e aceitação do perdão que recebemos de Deus.
Que possamos sair deste estudo com uma nova apreciação da graça que nos foi concedida e um compromisso renovado de estender essa mesma graça aos outros. Lembremo-nos sempre que o perdão não é um sentimento, mas uma decisão - uma escolha de liberar os outros e a nós mesmos do peso do ressentimento e da amargura.
Que cada um de nós possa abraçar o desafio de perdoar como fomos perdoados, reconhecendo que este é um processo contínuo que requer a ajuda do Espírito Santo. Que possamos buscar ativamente maneiras de demonstrar amor, mesmo àqueles que nos feriram, refletindo assim o amor incondicional que Deus demonstrou por nós em Cristo.
Ao praticarmos o perdão, que experimentemos a liberdade e a alegria que vêm de viver em harmonia com a vontade de Deus. Que nossas vidas se tornem um testemunho poderoso da graça transformadora de Deus, trazendo cura e reconciliação aos nossos relacionamentos e comunidades.
As Escrituras
Sobre este Plano

Nosso objetivo é que todos na AD Belém Pinda, do mais novo ao mais velho, participem deste movimento de oração. Convidamos você a se juntar a nós nesta aventura de oração. Que 2025 seja um ano de avivamento na nossa vida de oração, de aproximação com Deus e de mudanças em nossas famílias e em nossa cidade. Vamos aprender juntos a "orar sem cessar" e a sentir a presença de Jesus todos os sete dias da semana, 24 horas por dia em nossas vidas.
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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém em Pindamonhangaba por fornecer este plano. Para mais informações, visite: www.adbelempinda.org.br