Pai NossoExemplo

Introdução:

Bem-vindos ao nosso décimo segundo e último dia de estudo sobre o Pai Nosso! Hoje, nos concentramos na doxologia final desta oração: "Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" Esta conclusão poderosa nos lembra da soberania absoluta de Deus e nos convida a uma atitude de adoração e confiança.

Neste encontro, exploraremos três aspectos fundamentais desta declaração: o reconhecimento de que todas as coisas pertencem a Deus, a importância de levarmos tudo em oração, e o significado profundo de descansar no "Amém" de Deus. Veremos como esta conclusão do Pai Nosso não é apenas um encerramento formal, mas uma afirmação de fé que molda nossa perspectiva sobre a vida e a oração.

Que esta reflexão final nos inspire a viver com uma consciência mais profunda da grandeza de Deus e de nossa dependência contínua dEle.

1. Todas as coisas pertencem a Deus

Quando concluímos o Pai Nosso com "Porque Teu é o reino, e o poder, e a glória", estamos reconhecendo a soberania absoluta de Deus sobre todas as coisas. Esta declaração nos lembra que tudo o que existe pertence a Deus e está sob Seu controle.

O reino de Deus não é apenas um conceito espiritual, mas uma realidade que abrange toda a criação. Como Paulo declara em Colossenses 1:16-17 (ARC): "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele."

Reconhecer que todas as coisas pertencem a Deus nos liberta da ilusão de controle e nos leva a uma confiança mais profunda nEle. Jesus ilustrou isso na parábola dos talentos (Mateus 25:14-30 ARC), onde os servos eram mordomos dos bens do mestre. Da mesma forma, tudo o que temos e somos pertence a Deus, e somos chamados a ser mordomos fiéis.

O poder de Deus é ilimitado e incomparável. Nada está fora de Seu alcance ou controle. Como Jeremias proclamou: "Ah, Senhor JEOVÁ! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma" (Jeremias 32:17 ARC).

A glória de Deus é o reflexo de Sua perfeição e excelência. Tudo o que Deus faz é para Sua glória. Como Paulo escreveu: "Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!" (Romanos 11:36 ARC).

Reconhecer que todas as coisas pertencem a Deus nos leva a uma atitude de humildade e gratidão. Não podemos nos orgulhar de nossas realizações ou posses, pois tudo vem de Deus e pertence a Ele.

2. Devemos levar tudo em oração

A declaração final do Pai Nosso nos lembra que devemos levar todas as nossas preocupações, necessidades e desejos a Deus em oração. Nada é insignificante demais para trazer diante dEle.

Jesus nos ensinou a orar por coisas aparentemente mundanas, como o "pão nosso de cada dia". Isso nos mostra que Deus se importa com todos os aspectos de nossas vidas, dos grandes aos pequenos.

A oração não é apenas para pedir coisas, mas para alinhar nossa vontade com a de Deus. Como Jesus orou no Getsêmani: "Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lucas 22:42 ARC). Ao orarmos, reconhecemos a soberania de Deus e nos submetemos à Sua vontade.

Levar tudo em oração significa confiar em Deus em todas as circunstâncias. Paulo nos exorta: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças" (Filipenses 4:6 ARC).

A oração é um ato de dependência de Deus. Reconhecemos que não podemos fazer nada por nós mesmos, mas dependemos totalmente de Sua graça e poder. Como Jesus disse: "Sem mim nada podeis fazer" (João 15:5 ARC).

Orar continuamente nos mantém em comunhão constante com Deus. Paulo nos instrui a "orar sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17 ARC), o que significa manter uma atitude de oração em todos os momentos.

3. Descansar no amém de Deus

O "Amém" final do Pai Nosso é mais do que uma conclusão formal. É uma declaração de fé e confiança na fidelidade de Deus para responder nossas orações.

"Amém" significa "assim seja" ou "verdadeiramente". Quando dizemos "Amém", estamos expressando nossa confiança de que Deus ouviu nossa oração e agirá de acordo com Sua vontade perfeita.

Jesus é chamado de "o Amém" em Apocalipse 3:14 (ARC): "Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus". Isso nos lembra que todas as promessas de Deus encontram seu "sim" e "amém" em Cristo (2 Coríntios 1:20 ARC). Todas as coisas têm em Jesus o Amém, o que significa que Ele é a garantia e o cumprimento de tudo o que Deus prometeu.

Descansar no "Amém" de Deus significa confiar que Ele responderá nossas orações da melhor maneira possível, mesmo que não seja da maneira que esperamos. Como Isaías declarou: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR" (Isaías 55:8 ARC).

O "Amém" nos lembra que a oração não termina quando paramos de falar, mas continua na expectativa confiante da resposta de Deus. Como Jesus ensinou na parábola do juiz injusto (Lucas 18:1-8 ARC), devemos orar com perseverança e fé, sabendo que todas as nossas orações encontram sua resposta final em Cristo.

Terminar nossa oração com "Amém" é um ato de rendição e confiança. Entregamos nossas petições a Deus, confiando que Ele fará o que é melhor. Como o salmista declarou: "Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará" (Salmo 37:5 ARC). Em Cristo, temos a certeza de que todas as nossas orações são ouvidas e respondidas, pois Ele é o "Amém" de Deus para todas as coisas.

Conclusão:

Ao concluirmos nosso estudo sobre o Pai Nosso, somos lembrados da majestade e fidelidade do Deus a quem oramos. A doxologia final, "Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!", não é apenas um encerramento, mas uma declaração que resume toda a essência desta oração.

Que possamos sair deste encontro com uma compreensão renovada da soberania de Deus sobre todas as coisas. Que sejamos inspirados a levar cada aspecto de nossas vidas a Ele em oração, reconhecendo nossa total dependência de Sua graça e poder.

Lembremo-nos sempre do significado profundo do "Amém" em nossas orações. Não é uma simples palavra de conclusão, mas uma afirmação de nossa confiança na fidelidade de Deus para responder de acordo com Sua perfeita vontade.

Que cada um de nós possa viver diariamente na realidade desta doxologia, reconhecendo o Reino, o poder e a glória de Deus em todas as coisas. Que nossas vidas sejam um "Amém" contínuo, uma resposta de fé e obediência ao Deus que nos ama e nos chama para participar de Seus propósitos eternos.

Ao encerrarmos este estudo, que o Pai Nosso não seja apenas uma oração que recitamos, mas um modelo que transforma nossa vida de oração e nossa caminhada diária com Deus.