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O FRUTO DO ESPÍRITOExemplo

O FRUTO DO ESPÍRITO

DIA 3 DE 10

O FRUTO DA ALEGRIA

“O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”. 1 Coríntios 13.6

A Palavra de Deus nos ensina que a alegria do Senhor é a nossa força, logo, alegria é muito mais do que um estado de felicidade ou um momento de prazer. Ela é, antes de qualquer coisa, o poder de Deus que se manifesta em nossa vida em forma de fruto. Segundo W. Phillip Keller a alegria “é uma qualidade de caráter, muito peculiar, que às vezes é confundida com felicidade”. Para ele a felicidade procede do mundo, é contingência daquilo que nos acontece e depende das circunstâncias que nos cercam, logo, é circunstancial, enquanto a alegria é obra da graça de Deus.

A alegria vem do alto, brota dentro da alma e é um resultado da presença graciosa de Deus. Para Keller “a alegria é uma dimensão da vida, divina e que nunca é abalada pelas circunstâncias”. Ele afirma de forma mais clara: “A alegria não depende absolutamente das pessoas que nos cercam, nem do curso dos acontecimentos de nossa vida, nem das circunstâncias em que nos encontramos, quer sejam felizes ou calamitosas”.

A alegria é tão somente a satisfação concreta e perene causado pela presença inaudita de Deus na alma do crente. Não importam os problemas, adversidades, angústias e derrotas, pois ela não se fundamenta em coisas ou acontecimentos externos e nem se deixa esmorecer por causa deles. Ela está tão somente alicerçada e sustentada pela presença de Deus.

O salmista já tinha essa consciência e deixou isso bem claro quando escreveu sobre o homem que teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos, afirmando que ele “Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no Senhor” (Salmo 112.7). A alegria do salmista estava fundamenta em Deus e não nas circunstâncias; por isso, mesmo que coisas más viessem, ele não as temia e continuava com a mesma alegria em seu ser interior.

Isso não significa negar a existência do mal, muito menos sofrer da ‘síndrome da avestruz’, que enterra a sua cabeça na areia quando o perigo se aproxima. Ter alegria é estar consciente de que o mal existe, que ele está ao nosso derredor, que as circunstâncias adversas podem surgir a qualquer momento, contudo, isso não é motivo para o temor.

O ser humano alegre implica em enfrentar a tirania da morte, o prejuízo das perdas, o amargor das derrotas, a dor latente causada por cruel tragédia, sem que isso implique em revolta contra Deus; a alegria implica acima de tudo, na consciência de que Deus é soberano e rege poderosamente toda a história. Keller afirma: “Se Cristo estiver no controle de minha carreira, meus negócios, meus passatempos, meu lar, minhas amizades, meu serviço cristão e meus interesses, sejam quais forem eles, em todas essas coisas eu terei alegria”.

Quando vivemos regidos por esse princípio, viver se transforma num grande prazer e a alegria do Senhor se torna cada vez mais real em tudo o que somos e fazemos, pois como bem enfatizou Keller: “No instante em que me coloco de acordo com seus desejos para mim, meu ser é sinalizado pela sua alegria. No momento em que estou em conflito com seus desejos, a alegria se desvanece e a fé vacila”. Logo ser alegre é, acima de tudo, viver de acordo com a vontade de Deus.

Carlos Henrique

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Sobre este Plano

O FRUTO DO ESPÍRITO

Série de estudos bíblicos escritos pelo Rev. Carlos Alberto Henrique, Capelão Institucional da Universidade Mackenzie, campus Higienópolis, em São Paulo.

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