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O FRUTO DO ESPÍRITOExemplo

O FRUTO DO ESPÍRITO

DIA 6 DE 10

O FRUTO DA BENIGNIDADE

“Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele”. Lucas 10.33

O termo grego para benigno, segundo Champlin, significa gentileza, bondade e expressa uma grandeza de caráter de alguém que é excelente naquilo que faz. A história do Bom Samaritano define de forma simples e objetiva o que significa ser benigno, pois ele foi benigno com aquele que estava morrendo à beira do caminho.

A benignidade está diretamente associada à misericórdia, visto que ela se expressa na demonstração de bondade para com alguém que está sofrendo. Ser benigno é ver o outro com os olhos da alma, é enxergar pessoas com o filtro do amor, é olhar para o outro com a lente da graça.

Segundo Keller a benignidade age motivada pela sinceridade e é alicerçada num profundo respeito pelo outro, visto que não o vê como um infeliz e nem o trata com preconceito, mas, antes, respeitando os seus múltiplos valores, estende-lhe a mão para ajudá-lo, mesmo que esse seja o seu próprio inimigo, pois Jesus foi muito claro e enfático em afirmar que, amar apenas aqueles que nos amam é algo ordinário e muito fácil, pois até os mais perversos são capazes desse ato de bondade. Assim, Jesus nos conclama a amar os próprios inimigos e aqueles que nos perseguem, pois isso seria algo extraordinário.

Keller afirma que: “A verdadeira benignidade vai muito além do fingimento, dos suspiros simulados e das lágrimas de crocodilo. Implica em nos envolvermos profundamente com o sofrimento e dificuldade de outrem, a ponto de seu problema fazer-nos sofrer, profundamente, e causar-nos inconvenientes”. Por tudo isso a benignidade precisa ser sincera.

A benignidade é um dos atributos de Deus, que é, mais do que qualquer ser humano, inteiramente benigno em seu ser, e que mostrou interesse pela nossa dor, não em palavras, mas em doação sacrificial de si mesmo.

Esse foi o grande diferencial apresentado pelo “Bom Samaritano”, pois ele olhou o seu próximo com olhos de compaixão. Aquele que estava caído à beira do caminho era alguém totalmente desconhecido para ele, mas mesmo assim ele parou, desceu do seu animal, cuidou daquele homem ferido, carregou-o e o levou até um lugar para que ele pudesse ser cuidado. Fez mais, pagou as despesas e disse que qualquer acréscimo poderia ser colocado em sua conta, que ele pagaria na viagem de volta.

O mais interessante é que, talvez, o beneficiado jamais ficou sabendo quem foi aquele que o ajudou, pois o verdadeiro amor, que inspira a benignidade, age assim mesmo; ele faz o bem sem esperar nada em troca, nem um agradecimento.

Matthew Henry afirma que benignidade implica em: “Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa”.

Essa faceta do Fruto do Espírito revela um caráter amável, sereno e meigo, mesmo diante das mais cruéis dificuldades.

Carlos Henrique

Dia 5Dia 7

Sobre este Plano

O FRUTO DO ESPÍRITO

Série de estudos bíblicos escritos pelo Rev. Carlos Alberto Henrique, Capelão Institucional da Universidade Mackenzie, campus Higienópolis, em São Paulo.

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