O FRUTO DO ESPÍRITOExemplo

O FRUTO DA FIDELIDADE

“Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” - Gênesis 22.12.

Abraão ficou conhecido como o “pai da fé” por causa da sua maneira fiel de proceder diante de Deus. Ele teve apenas um filho, fruto do seu casamento com Sara. Este era o filho da promessa, àquele que seria o pai de muitas nações, entretanto, inesperadamente, Deus pede que Abraão lhe ofereça em sacrifício o seu único filho. Abraão simplesmente obedece, demonstrando toda a sua fidelidade a Deus como resultado da sua fé, pois como nos ensina o escritor aos Hebreus, ele fez isso “Porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos”. Abraão foi fiel porque tinha fé em Deus e sabia que este era capaz de devolver seu filho, mesmo depois de morto.

A expressão fidelidade vem do termo grego "pistis’, que pode significar confiança, fidelidade ou, literalmente, fé. Aqui ela pode ser traduzida como fidelidade, visto se tratar de uma lista de virtudes éticas e não de virtudes teológicas.

Esse fruto do Espírito representa que a pessoa que o tem é digna de confiança, é honesta, íntegra e verdadeira; alguém a quem podemos confiar nossos segredos mais íntimos. A pessoa que tem fidelidade é dotada de uma só palavra, ela é capaz de conjugar, sem nenhuma nódoa, a máxima do ‘sim, sim; não, não’.

A fidelidade deve nortear nossas atitudes, desde as menores decisões às mais intrincadas e difíceis. Ela precisa reger nossos relacionamentos familiar, profissional e espiritual. Sem fidelidade a família se desmorona, as empresas vão a falência e o relacionamento com o divino fica fadado ao fracasso.

É a ausência de fidelidade com os votos que fazemos, compromissos que assumimos, sonhos, valores e princípios que regem a nossa vida, que tem produzido uma sociedade onde impera a violência, a miséria, a má distribuição de bens com a pobreza de muitos e o acúmulo de riquezas de alguns.

Onde falta a fidelidade resta a insegurança, o medo, o engano e a traição; isso tudo produz, a hostilidade, a violência, o ódio, a mentira e tantas outras atitudes miseráveis, visto que a ausência de fidelidade é em suma ausência de amor.

Phillip Keller entende que a fidelidade está no ato de crer no outro a ponto de se investir o máximo nele: “Essa atividade, de minha parte, significa que estou plenamente disposto a investir algo de mim mesmo em outra pessoa, e que estou pronto a empenhar minha vida em todos os seus aspectos como, tempo, energia, atenção, talentos, meios, força, afeição e aceitação, em outra pessoa. Significa que darei o melhor de mim em favor de outra pessoa, ativa e dinamicamente”.

Por isso é imperativo que desenvolvamos essa faceta do fruto do Espírito, para que o nosso caráter seja moldado pela fidelidade, pois assim estaremos nos devotando a esse estilo de vida ímpar e singular.

Carlos Henrique