Vem Pra Vida: uma Série de Devocionais sobre Saúde Mental e FéExemplo
A festa, a floresta.
Autor: Geandre Melo Moret — Integrante da Coordenadoria 29+ da JBB
“O que eu tenho feito é dar, dar, dar, e não tenho parado para me retirar e meditar como eu deveria – para retornar. Se a situação não mudar, eu vou virar uma tragédia física e psicológica. Preciso reorganizar minha personalidade e reorientar a minha vida. Eu tenho estado tempo demais na multidão, tempo demais na floresta”, Martin Luther King Jr.
Como a maioria dos seres humanos que enfrenta desafios em sua saúde mental, King às vezes amanhecia sem forças para se levantar. E talvez os músculos emocionais de King fossem tão hábeis em aguentar incansáveis rounds contra racistas precisamente por terem sido silenciosamente enrijecidos por anos de combates com o próprio esgotamento.
Por um lado, é inspirador. King tinha um sonho, mesmo em meio a pesadelos febris. Seu pesadelo era dele, seu sonho era o do próximo.
King Jr. percorreu sofrimentos emocionais e psicológicos. Relatos pouco conhecidos, dado o estigma que era, há 60 anos, a maior figura evangélica do planeta lutando por sua saúde mental. O que se sabe é que, em outubro de 1964, Coretta, sua esposa, ligou para lhe dar a notícia de que ele vencera o Prêmio Nobel da Paz, e King atendeu em um quarto de hospital, sozinho, sob o efeito de remédios. Sofria, mais uma vez, de um baque depressivo.
Viktor Frankl, confinado em um campo de concentração nazista, tentou entender o que fazia algumas pessoas não desistirem de tudo. Via de regra, os esperançosos eram os feridos que ajudavam outros feridos. Um dos resumos de sua obra “Em busca de sentido” ecoa a vida e a luta de King Jr. “Encontrei o sentido da minha vida ajudando os outros a encontrarem o sentido das suas vidas.”
Costumo lembrar de Frankl e King ao aconselhar gente em dias cinzentos. Tenho sugerido a amigos que questionam a relevância da própria vida a se permitirem experiências de serviço ao próximo, seja em hospitais, orfanatos ou asilos. Terminar um dia sentindo que foi útil a alguém costuma trazer significado à própria vida para além da fragilidade íntima.
Mas ajudar o outro não é o único conselho que costumo dar a gente querida em dias de vulnerabilidade.
Gosto de pensar no Jesus do vinho do fim da festa. Lembro a verdade óbvia de que, durante aquela recepção festiva, gente ferida estava espalhada pelas casas e calçadas ao redor de Jesus. Mas ele tirava um tempo para comer, beber e sorrir sem culpa. Sem pecado.
No Getsêmani, ele confessou aos amigos uma tristeza capaz de lhe matar. Mas, diferente de um Luther King "workaholic" (alguém viciado em trabalho), Jesus não passava tempo demais na multidão. Jesus sabia equilibrar multidão e festa.
Que, em Cristo, nossa mente e coração encontrem o equilíbrio delicado do amor próprio e amor ao próximo. Descanso e serviço. Humildade e utilidade. Serenidade e relevância.
As Escrituras
Sobre este Plano
Nestes tempos de inúmeros desafios, a Juventude Batista Brasileira (JBB) se dedica a entregar um guia precioso para o público jovem: a série de devocionais "Vem Pra Vida". Especialmente moldada para refletir a realidade pulsante e dinâmica do jovem cristão batista brasileiro, esta série aborda temáticas cruciais e atuais sobre saúde mental. Vem com a gente, vem pra vida!
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Gostaríamos de agradecer ao Juventude Batista Brasileira por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.instagram.com/somosjbb/