Vem Pra Vida: uma Série de Devocionais sobre Saúde Mental e FéExemplo

“Equilíbrio”

Autora: Rebeca Noberto — Integrante da Coordenadoria de Comunicação da JBB

Quem nunca passou por sofrimento e provação? Em algum momento da vida, mais cedo ou mais tarde, somos atingidos por diversas dificuldades, em maior ou menor grau. A palavra de Deus nos revela que vivemos em um mundo caído e nos prepara para encarar uma vida que pode ser dura. No entanto, vivemos em uma cultura que nos incentiva a fugir da dor. Fingir, esconder, manipular e tantos outros caminhos são preferíveis a admitir a profundidade do sofrimento que por vezes nos atinge. Se não for para viver uma vida feliz, muitas vezes é preferível não viver.

Em contrapartida, pode se tornar habitual termos um olhar descontente sobre a vida, sobre os processos, momentos, experiências. E não é algo difícil de se entender porque, de fato, algumas estações da experiência humana são profundamente tristes, dolorosas e, claro, lançar um olhar diferente disso é algo difícil. Mas Cristo nos chama a viver em equilíbrio: não termos por objetivo uma felicidade que nunca será totalmente vivida aqui, nem vivermos em amargura, sufocados por nossos próprios sentimentos. Somos, sim, atingidos ao sofrer, mas entendemos que devemos glorificar ao nosso Deus mesmo em meio ao sofrimento. Entender que passamos por um momento de dificuldade e acolher nossas próprias angústias não nos impedem de trilhar o caminho com fé e graça.

Caminhar com fé e graça não significa ignorar as aflições, angústias, perdas e circunstâncias de dor. Jamais! É, no entanto, entender a tristeza como parte da jornada. É escolher olhar para a vida com mais carinho, reconhecendo que no deserto até mesmo nossas lutas e fracassos nos ensinam a verdade do Evangelho. É ter certeza do cuidado do nosso Pai. É confiar nas Suas promessas e na Sua Palavra.

Passaremos por dias em que o nosso coração estará calmo e tranquilo. Também enfrentaremos dias de desconforto e sofrimento. Mas, com o mundo atrás de nós e a cruz à nossa frente, vamos aprender a confiar no Pai e a nos alegrar Nele. Um passo vacilante de cada vez.