No Princípio: Um Estudo em Gênesis 15-26Exemplo

Por Que as Famílias Precisam de Homens na Liderança?

Gênesis 26:1-6 mostra o Senhor aparecendo e falando com Isaque, assim como havia feito com Abraão. De igual modo, Deus prometeu ser com Isaque, abençoá-lo e dar-lhe descendentes e terras pelas promessas da aliança. Deus diz que abençoa Isaque porque seu pai, Abraão, “obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.” Mesmo antes do nascimento de Moisés e da entrega da lei, ele obedeceu pela fé, como alguém que tinha as leis de Deus escritas em seu coração pelo Espírito Santo. Essa é a mesma linguagem usada em Deuteronômio 11:1 para descrever as pessoas que amavam a Deus e demonstravam em forma de obediência à lei. Lei que havia sido entregue a Moisés no Sinai.

O resto do capítulo mostra várias similaridades entre Abraão e seu filho Isaque, entre elas:

•ambos receberam um chamado e uma promessa de Deus;

•ambos viveram um período de fome;

•ambos habitaram em Gerar;

•ambos tinham esposas amadas;

•ambos foram covardes diante de um perigo iminente;

•ambos mentiram e disseram que suas esposas eram suas irmãs;

•ambos foram poupados das consequências de seus pecados pela misericórdia de Deus;

•ambos foram repreendidos por suas mentiras por gentios mais religiosos;

•ambos foram procurados por Abimeleque para uma aliança (no caso de Isaque, pode ter sido o filho ou neto que carregava o mesmo nome);

•ambos foram uma bênção para seus vizinhos;

•ambos confiaram em Deus e viveram em paz com seus vizinhos.

Apesar de Isaque não acreditar que Deus protegeria sua família, Deus o abençoou e o fez prosperar. Mesmo que tentem destruir as bênçãos financeiras de Deus, Ele supera tudo e prova que, mesmo que a bênção demore, jamais será impedida. Isso deve nos encorajar profundamente. Pela história, fica claro que Isaque só era abençoado por causa da graça de Deus para com ele, pois ele era falho e indigno. Assim como seu pai, Isaque estava longe de ser perfeito, mas Deus se mantém fiel às promessas de Sua aliança independentemente disso. O tema da salvação somente pela graça é evidente nesse capítulo, pois o crente age de forma imoral enquanto o ímpio age moralmente.

Em Gênesis 26:25, vemos Isaque construir um altar e adorar o Senhor, como seu pai havia feito. Isso mostra que ele compartilha da mesma fé de seu pai. Essa é a primeira demonstração externa de que ele era, de fato, temente a Deus. Essa cena termina mostrando como o ímpio Abimeleque reconhece que Deus estava com Isaque. Deus, posteriormente, prova isso com a provisão de um poço, que seria essencial para a sobrevivência da família. Já que Isaque havia aceitado a terra sem saber do poço, ele pode ter agido como seu pai fez com Ló em Gênesis 13, confiando que Deus lhe daria a terra certa e até mesmo proveria um poço. E Deus fez.

O capítulo termina com uma breve nota sobre Esaú, filho de Isaque. Assim como seu pai, ele se casou aos 40 anos. Mas, diferente de Isaque, ele se casou com duas mulheres ímpias, ao invés de uma temente a Deus. Esaú continuou tomando decisões de maneira impulsiva e tola, como havia feito com seu direito de primogenitura. Isso, aparentemente, se tornou “amargura de espírito para Isaque e Rebeca.” O texto nos deixa imaginando por que Isaque não planejou encontrar uma esposa para seu filho, assim como Abraão havia feito para ele.

Reflexões:

1. O que aprendemos sobre a importância do nosso cônjuge nesse capítulo de Gênesis? De que maneira o livro de Gênesis nos mostra que as duas decisões mais importantes que tomamos são 1) quem será nosso Deus e 2) quem será nosso cônjuge?
2. O que o texto de Gênesis 26:14-15 revela sobre a inveja que algumas pessoas sentem quando Deus abençoa alguém?

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