No Princípio: Um Estudo em Gênesis 15-26Exemplo
Como Deus Trabalha Através das Gerações de uma Família?
Em nossos dias de famílias mistas, podemos facilmente esquecer que, no Antigo Testamento, as dinâmicas familiares eram ainda mais complexas. Como se a vida de Abraão não fosse complicada o suficiente por ter filhos com mais de uma mulher, em Gênesis 25, mais uma reviravolta acontece em sua vida.
Estando Sara morta, e Isaque casado com sua amada noiva Rebeca, está tudo pronto para a vida de Abraão chegar ao fim. Antes disso, Abraão surpreendentemente se casa novamente (ou talvez tivesse se casado alguns anos antes) e, aparentemente, sem nenhum milagre, o ancião tem mais seis filhos antes de morrer aos 175 anos. Abraão deixou tudo para seu filho Isaque, e seus filhos Isaque e Ismael o sepultaram na terra que ele havia comprado para o sepultamento de Sara.
Apesar das falhas e erros de Abraão, Deus se prova fiel. Deus havia feito uma série de promessas a Abraão que foram cumpridas antes do fim de sua vida:
•Deus prometeu abençoá-lo (12:2);
•Deus prometeu a Terra Prometida onde ele foi sepultado (12:7) com Sara (23:19);
•Deus prometeu um filho através de Sara (15:4);
•Deus prometeu que Abraão viveria uma boa velhice (15:15);
•Deus prometeu a Abraão que nações viriam dele (17:5, 17:16);
•Deus prometeu a Abraão que reis viriam dele (17:6, 17:16);
•Deus prometeu que as futuras gerações receberiam salvação e fé (17:7).
Depois da morte de Abraão, sua esposa Sara e seu filho Ismael, Moisés segue com a história de Gênesis e foca no nascimento dos filhos de Isaque, Jacó e Esaú. Isaque tinha 40 anos quando se casou com Rebeca e, assim como a mãe de Isaque, ela era incapaz de gerar filhos. Isaque confiou que Deus poderia e daria a Rebeca um filho, assim como o havia dado à sua mãe, que era estéril. É importante mencionar que Isaque se mantém fiel à sua esposa, diferente de seu pai Abraão, então o pecado de adultério não é passado para a próxima geração. Ao invés disso, Isaque orou por 20 anos pela bênção de ter um filho e Deus respondeu à oração, dando ao casal gêmeos quando Isaque tinha 60 anos de idade. Isaque se casou com Rebeca aos 40 anos e, mesmo tendo que esperar 20 anos pelo nascimento do seu filho prometido, ele não cometeu o mesmo erro de seu pai Abraão de tentar resolver as coisas por si só e ter um filho com outra mulher.
Curiosamente, enquanto as outras famílias de Gênesis são bastante grandes, Isaque teve apenas dois filhos. Mas, enquanto os 12 filhos de Ismael, meio-irmão de Isaque, são citados em apenas alguns versículos, os filhos de Isaque, Esaú e Jacó, recebem quase 12 capítulos de atenção em Gênesis (25:19-37:1) porque estão relacionados às promessas da aliança.
O conflito entre os meninos começou no ventre, pois lutavam pela preeminência. Curiosa sobre o que estava acontecendo em seu ventre, Rebeca orou a Deus por entendimento, e Ele lhe disse que os meninos lutariam por toda a vida, pois o mais velho serviria o mais moço e os dois meninos dariam origem a nações inimigas (Esaú se tornou a nação de Edom e Jacó se tornou a nação de Israel). Essa batalha entre a nação de Israel e a nação de Edom continua por todo o Antigo Testamento e resulta em Herodes, rei edomita, tentando matar o novo Rei de Israel, Jesus Cristo.
O primeiro filho a nascer foi Esaú, que significa “peludo”, também chamado de Edom, “vermelho”. Portanto, ele era uma criança ruiva e peluda, talvez como o Elmo da Vila Sésamo. O segundo filho a nascer foi Jacó, que significa “enganador”, pois nasceu segurando o calcanhar de seu irmão. Cresceram os meninos. Esaú era o homem que caçava, comia caça selvagem, e era o preferido de seu pai. Jacó era o garoto da mamãe, que preferia ficar em casa e ser mimado por sua mãe. Esse tipo de favoritismo se tornou um pecado danoso, que Jacó também cometeria anos depois como pai. O alerta contra o favoritismo dos pais entre filhos é um tema recorrente em Gênesis.
Como primogênito, Esaú tinha direito à primogenitura familiar, que lhe dava direito a uma porção dobrada das terras de seu pai e fazia dele o próximo chefe da família quando seu pai morresse. Além disso, dava a ele direito a uma bênção especial de Isaque. Um dia, Esaú chegou em casa com fome e seu irmão, o enganador, fez com que ele trocasse seu direito de primogenitura por uma refeição. Nesse relato, o irmão mais novo superou o mais velho, como havia acontecido anteriormente em Gênesis com Caim e Abel e com Isaque e Ismael. No fundo, o pecado de Esaú foi tratar com indiferença a aliança com Deus e a promessa de que Ele abençoaria as nações através dos descendentes de Abraão, o mais importante deles sendo Jesus Cristo. Esaú simplesmente trocou a aliança que tinha com Deus por uma refeição. Sua atitude também nos lembra que as pessoas, às vezes, abrem mão de tudo por um momento breve de prazer.
Nessa cena, somos lembrados que, uma vez que o pecado entra na história humana, ele é sentido de maneira dolorosa em nossas famílias. A chave é ficar perto do Senhor e viver em obediência à Sua vontade. Isaque fez isso, apesar da morte de seus pais, da maldade de seu irmão, da impossibilidade de gerar filhos de sua esposa e da incredulidade de seu filho. A história humana avança, apesar do pecado humano, para trazer, por meio desta família, Jesus Cristo, o Salvador do mundo.
Reflexão:
- O que podemos aprender a respeito do controle de Deus sobre o ventre? E sobre o tempo de Deus de responder orações?
As Escrituras
Sobre este Plano
Neste plano, você estudará Gênesis de 15 a 26, focando na fidelidade de Deus para com famílias pecadoras que Ele usou para Sua glória. Cada dia inclui um texto e reflexões que servem para aplicar este livro da Bíblia à sua vida. Seja você um curioso sobre a Bíblia, um novo convertido ou um seguidor de Jesus de muito tempo, nós sabemos que Deus falará com você através deste plano.
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Gostaríamos de agradecer ao Mark Driscoll por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.realfaith.com/