Sermão Do MonteSample
Jesus continua sendo extremamente prático no Seu sermão, e agora ensina-nos algo maravilhoso: como orar. É claro que isso não significa que todas as nossas orações devem ser apenas uma repetição do “Pai nosso”, mas Jesus ensinou-nos os princípios de uma relação com Deus através da oração.
Ele começa pela afirmação extremamente importante de que Deus é o nosso Pai. Como diz Tim Keller, relacionamo-nos com alguém a partir do tipo de proximidade que temos com essa pessoa. Enquanto um relacionamento de negócios é baseado naquilo que podemos dar - na performance; o relacionamento familiar é baseado naquilo que somos para a outra pessoa - num compromisso. Portanto, entender que nos aproximamos de Deus dentro de um relacionamento de paternidade, deve mudar a forma como nos apresentamos diante d'Ele. Podemos descansar no Seu amor incondicional; não há necessidade de impressioná-Lo.
A partir dessa compreensão, Jesus instrui-nos a começarmos as nossas orações com a glória de Deus. Como explica John Stott, “estamos constantemente sob pressão para nos conformamos ao egocentrismo da cultura secular. Quando isso acontece, ficamos preocupados com o nosso pequeno nome, com o nosso pequeno império e com a nossa pequena e tola vontade. Mas, na contracultura cristã, a nossa principal preocupação não é com o nosso nome, reino e vontade, mas com os de Deus.”. Antes de qualquer lamento ou pedido, devemos voltar o nosso coração à majestade do nosso Pai. Ele é um Rei poderoso, Santo e infinitamente glorioso. Isso deve corrigir a nossa perspetiva e as nossas prioridades. Devemos clamar para que a vontade d'Ele seja feita nas nossas vidas, para que vivamos de forma a honrar o Seu nome.
Depois, na segunda metade da oração, o pronome principal deixa de ser “teu/tua” e passa a ser “nosso(s)/nossa(s)”. Passamos das coisas que dizem respeito a Deus para as nossas próprias necessidades. Tendo expressado o nosso interesse para a Sua glória, agora expressamos a nossa humilde dependência da Sua graça, tanto em necessidades do corpo (o pão), quanto da alma (o perdão). E, no que diz respeito ao perdão, como explica John Stott, “Jesus não quer dizer que o facto de perdoarmos os outros, nos dá o direito de sermos perdoados. A expressão indica que uma das evidências de sermos perdoados por Deus é a nossa disposição de perdoar aqueles que pecam contra nós.”
Por fim, Jesus ensina-nos a clamar pela força de Deus para combater e resistir às tentações. Precisamos de entender que somos muito fracas para resistirmos sozinhas e que há um Deus que luta connosco. Podemos pedir pela Sua ajuda.
Para refletir e praticar:
- O que chama a atenção no ensino da oração do Pai nosso?
- Qual é a sua principal dificuldade com a oração?
- O que pode ajudar a evitar fazer orações apenas como uma tarefa religiosa?
- Como pode organizar o seu dia e semana para dedicar um período de oração? Pense em algo mensurável, prático, por ex: orar por 10 minutos pela manhã.
Desafio:
Pare por um instante e faça a oração que Jesus lhe ensinou, consciente do que cada palavra significa
Scripture
About this Plan
Que tal estudarmos juntas o Sermão do monte? Nele, temos o próprio Deus encarnado a chamar aqueles que O querem seguir a se sentarem aos Seus pés e aprenderem o que significa, de maneira prática, ser um cidadão do Reino de Deus. Este é um estudo do Des-Abafa, ministério de mulheres da Igreja Red.
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