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Reflexões cristãs sobre o sofrimento, por Susannah SpurgeonSample

Reflexões cristãs sobre o sofrimento, por Susannah Spurgeon

DAY 6 OF 7

O coração conturbado

Dos lábios de quem saem estas ternas palavras: “como chuva que desce sobre a campina ceifada”? Do coração de quem parte tal conhecimento tão íntimo de minha necessidade e tal compaixão profunda por minha fraqueza, a ponto de ser capaz de suprir ambas com a graça de Seu amor extremo?

Não poderia ser outro a não ser o “próprio Jesus Cristo”, meu misericordioso Senhor e Mestre, que fala dessa maneira, e farei bem em meditar em cada frase de grande poder ao ouvir Sua voz amorosa.

“Não se turbe o vosso coração.” Amado Senhor, essas palavras Tuas, apesar de tão meigas, são uma ordem. São um mandamento e devem ser imediatamente obedecidas. Talvez eu jamais as tenha considerado assim, nunca tenha percebido que, ao carregar comigo um espírito conturbado, estou agindo em desobediência direta a Teu comando!

“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.” Diz-me estas palavras mais uma vez, amado Senhor! Fala “como quem tem autoridade” e, com Teu misericordioso mandamento, lança também o grande poder que me capacitará a cumpri-lo. Com que frequência eu tenho te entristecido com minha falta de confiança em Teu terno amor e cuidado! Com que frequência te espantaste com minha insensatez, querendo carregar os fardos que poderiam ter sido lançados a Teus pés!

“Não se turbe o vosso coração.” Verdadeiramente, ouço um grave tom de repreensão e desapontamento misturado com a música dessas doces palavras vindas dos lábios de meu Senhor. Sim, é verdade, amado Mestre, porque, depois de tudo o que tens feito e dito, meu coração jamais deveria se inquietar. Não devo “permitir” que ele tenha medo. E, no entanto, com que frequência o medo sobrepuja os passos da jubilosa certeza! Com que frequência eu saio da luz de Tua presença e entro na sombra profunda lançada pela montanha de meu pecado!

Senhor, ajuda-me a raciocinar a respeito disso por alguns momentos ou, então, dizer para mim mesma: “Vinde, pois, e arrazoemos”, porque então saberei que Teu infinito amor silenciará meus medos e acalmará a inquietude de minha alma para sempre.

Por que meu coração deveria ficar conturbado? Seria por causa da sensação opressiva do pecado e do demérito que às vezes ameaça esmagar toda a energia espiritual de minha vida? Então, eu só posso voltar-me de novo à “fonte da salvação” e lá ver todas as minhas iniquidades perdoadas, porque foram colocadas sobre Aquele que levou todos os pecados; todas as minhas culpas foram perdoadas, porque Ele sofreu em meu lugar. Posso ter um coração conturbado se Ele morreu para que eu pudesse ter paz por meio da fé? Posso eu confiar que tenho nele a salvação de minha alma e, mesmo assim, permitir-me duvidar que Ele realmente me salvou?

Por que meu coração deveria ficar conturbado? Seria por causa das coisas que vemos e são temporais, coisas que me angustiam? Dos cuidados desta vida, talvez da luta pelo pão diário ou, então, dos milhares de tormentos e decepções que são o quinhão de nossa pobre humanidade?

Volte para o seu amado Senhor, minha alma, e leve aos Seus pés tudo aquilo que a perturba e a angústia. Certamente você o ouvirá dizer: “Não se turbe o seu coração, nem se atemorize; eu conheço todas as suas tristezas e estou guiando e dirigindo tudo o que lhe diz respeito. É mais difícil confiar em meu amor durante as adversidades terrenas do que nas alegrias eternas?”.

Por que meu coração deveria ficar conturbado e atemorizado? Não há nada na Terra ou no inferno que possa causar dano à alma que crê em Jesus. Todo medo é posto em fuga por Seu perfeito amor. Até o medo da morte — uma escravidão tão grande em algumas vidas — é levado embora quando “Deus nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Bendito Senhor, ajuda-me a ser obediente ao Teu mandamento e a receber humildemente Tua repreensão bem merecida, glorificando-te doravante em minha vida diária com a fé tranquila, de que nada poderá perturbar ou atemorizar! A alma que confia em Jesus para repousar não deve jamais conhecer a perturbação ou o medo.

Scripture

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Reflexões cristãs sobre o sofrimento, por Susannah Spurgeon

É possível viver sob intensa provação e ainda se alegrar em Deus? É possível sobreviver à crítica acirrada, e infundada, e ainda manter um coração perdoador? Como aceitar as próprias limitações sem se render a elas e desenvolver uma jornada de boa influência? Inicie o plano de leitura.

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