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Reflexões cristãs sobre o sofrimento, por Susannah SpurgeonSample

Reflexões cristãs sobre o sofrimento, por Susannah Spurgeon

DAY 4 OF 7

O consolador dos que choram

Venham, todas as almas aflitas e em pranto, e vejam que maravilhosa pérola de promessa o seu Deus trouxe à luz para vocês, extraída das profundezas de seu mar de aflição. Aqui está uma evidência tão indizivelmente terna, um fato tão abençoado e jubiloso que vocês mal podem lamentar o pranto que busca tal compaixão e consolação divinas.

Venham, e juntas — porque eu também choro — vamos examinar minuciosamente essa preciosa Palavra de nosso Deus. Vamos nos ater a esse amor inefável, vamos pensar em sua meiga compaixão até que nossas lágrimas captem seu suave resplendor e brilhem com a beleza do “arco-íris ao redor do trono”.

Pergunto-me, às vezes, se esse arco glorioso em torno do próprio trono de Deus poderia ser uma peculiaridade da transformação das angústias da Terra em alegrias Celestiais, um símbolo carinhoso do brilho do amor perdoador de Deus sobre a chuva de lágrimas dos olhos dos mortais pelo pecado, sofrimento e morte. Não pode haver arco-íris sem chuva, e certamente não pode haver pranto no Céu; portanto, pode até ser que o Senhor tenha colocado esse arco-íris em Seu alto e santo lugar como um símbolo para nós, de que todas as lágrimas que derramamos neste mundo sejam refletidas no Céu e ali brilhem com cores esplêndidas, da mesma forma que a luz de Seu amor por nós em Cristo Jesus incide meigamente sobre elas.

“Vi as tuas lágrimas”, Ele diz, “e um dia todas serão enxugadas”. Com que frequência somos compelidas a lamentar: “Meus olhos estão cheios de lágrimas” por causa do pecado que ainda se levanta contra nós com força terrível em nosso coração, e com que frequência temos de chorar sobre o mal que está presente conosco! Tais lágrimas são mudas, contudo, são também testemunhas eloquentes de nosso arrependimento perante Deus, e da fé no Senhor Jesus Cristo. Nenhuma jóia é tão encantadora e preciosa aos olhos do Senhor como as lágrimas derramadas por um pecador por seu pecado. No entanto, todas essas lágrimas serão enxugadas um dia!

As gotas salgadas que escorrem furtivamente por nosso rosto em razão do sofrimento físico — e em desespero vertidas de nossos olhos pelo sofrimento e fraqueza mortais — são todas vistas por nosso Deus de amor. São guardadas em Seu odre, e o propósito dele é que serão manifestas quando sua missão for cumprida e, então, a fonte de onde elas brotam se secará para sempre. “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima!”.

E, com essa inacreditável ternura, as lágrimas amargas derramadas pela aflição serão enxugadas quando chegarmos ao lar celestial! Aqui, as águas profundas de nossa tristeza parecem abrandar-se por pouco tempo, mas irromperão de novo, e com poder maior, para nos inundar o coração com a lembrança da angústia passada. Mas, lá, todos os traços de dor desaparecerão completamente! Quando virmos, com os próprios olhos, a glória daquela terra para onde nossos amados atravessaram antes de nós, nossa ponderação será de que não precisaríamos, de fato, ter lamentado que não fossem poupados dos infortúnios da vida para entrar na “plenitude de alegria” à mão direita de Deus.

“Enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos!”. Não há sombra de dúvida a respeito disso, pobre alma em pranto. Seu Pai não apenas inspirou o profeta Isaías a falar de modo tão seguro, mas também repetiu duas vezes a mesma doce mensagem ao apóstolo João em Patmos: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima!”. Assim como uma mãe afetuosa acalma o filho, ou como um marido carinhoso consola a esposa — assim, você que chora, receberá a consolação de Deus quando Ele a levar para o lar celestial, e essa consolação será tão completa que você “não mais se lembrará de sua dor”.

Sim, o mundo está repleto de pranto; até Paulo falou de “servir ao Senhor com lágrimas”. Cada coração conhece a própria amargura, e todo coração tem uma amargura a conhecer. O pecado precisa trazer tristeza — as lágrimas são a herança dos filhos da Terra. Mas, na pátria da qual somos cidadãs, “Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”.

Bendito seja o Teu precioso nome, ó Senhor, por esse “forte alento” — essa “boa esperança pela graça”. Lágrimas poderão vir e virão; mas, se elas se acumularem nos olhos que estão

constantemente olhando para ti e para o Céu, brilharão com o resplendor da glória que virá!

Scripture

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Reflexões cristãs sobre o sofrimento, por Susannah Spurgeon

É possível viver sob intensa provação e ainda se alegrar em Deus? É possível sobreviver à crítica acirrada, e infundada, e ainda manter um coração perdoador? Como aceitar as próprias limitações sem se render a elas e desenvolver uma jornada de boa influência? Inicie o plano de leitura.

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