O Evangelho segundo Marcos: Estudo bíblico em vídeo, com Francis ChanSample

O Reino de Deus: Jesus veio para anunciá-lo, fundá-lo e, como Filho de Deus, governá-lo. Marcos compôs seu relato do Evangelho para destacar Jesus como Rei. Durante seus três anos de ministério, a maioria das pessoas não compreendeu esse fato. Os discípulos, mesmo tendo acesso direto ao mestre, não compreenderam plenamente que o reino de Jesus não derrubaria o governo de Roma. Assim, quando Ele foi crucificado, eles fugiram – com medo, confusos, sofrendo com a perda, imaginando o que estaria por vir.

A cena na passagem hoje mostra também um personagem fora do comum: um centurião romano. Um soldado desse nível comandava cem homens e detinha uma responsabilidade importante em sua área de serviço. Um de seus deveres incluía supervisionar execuções por delitos graves, e é por isso que esse centurião esteve presente durante a crucificação de Jesus.

Imagine a cena: Esse oficial romano testemunhou os soldados zombando de Jesus. Ele viu a placa na cruz de Jesus com a acusação contra Ele: “O rei dos judeus” (15:26). Ele ouviu todas as últimas palavras de Jesus. Viu a mãe de Jesus se aproximar, com João e das outras mulheres que permaneceram por perto, a interação entre Jesus e os dois criminosos que foram crucificados ao lado d’Ele e a maneira intencional em que Jesus deu seu último suspiro. Durante as últimas três horas, o céu estava excepcionalmente escuro. Quando Jesus bradou e cessou de respirar, várias coisas aconteceram ao mesmo tempo: a terra estremeceu, o véu do santuário que ocultava o Santo dos Santos rasgou-se de alto a baixo, centenas de sepulcros se abriram e os mortos ressuscitaram.

O centurião “viu tudo isso” e exclamou: “Realmente este homem era o Filho de Deus!” (15:39). Ele podia não saber da importância plena de suas palavras. Talvez estivesse aturdido com tudo o que estava acontecendo e simplesmente afirmou que Jesus era um homem piedoso, “um filho de Deus”. Ou, talvez, ele tenha percebido como os acontecimentos sobrenaturais ocorridos nessa crucificação apontaram para a verdade da afirmação de que Jesus é o Filho de Deus. (A passagem permite qualquer uma dessas interpretações.)

Mesmo os mestres judeus, treinados para conhecer as Escrituras, realmente não “entenderam” – você se lembra dos escribas que viram Jesus curar o paralítico? Marcos incluiu a exclamação do centurião em seu livro para validar a identidade de Jesus. Por meio deste soldado romano, temos a certeza de que mesmo os gentios (os que não eram judeus) podem aceitar Jesus como o Filho de Deus, que as Boas-Novas são para todos.

Ao concluirmos essa breve síntese do Evangelho de Marcos, concentramos nossa atenção na identidade de Jesus como o Filho de Deus. Deus se fez homem e veio para governar seu povo, mas não da maneira que eles esperavam. Ele veio para cumprir a Lei, mas seus caminhos eram difíceis de aceitar. No final, Ele se sacrificou para redimir todos aqueles – não apenas os judeus, mas todos – que acreditaram n’Ele e o seguiram.

Você “entendeu”? Você já aceitou Jesus como Rei? Ele tem a sua fidelidade e lealdade? Como a sua fé em Jesus mudou a sua vida? Como isso afeta você no seu dia a dia? Quem, em sua vida, precisa ouvir da sua própria boca a respeito de Jesus?

Como Francis enfatizou no vídeo de abertura, precisamos resistir à tentação de considerar a Encarnação como algo comum, corriqueiro. O modo pelo qual o próprio Deus condescendeu em se tornar homem a fim de trazer sua oferta de amor e reconciliação diretamente para nós – isso é uma notícia maravilhosa e Ele merece toda a nossa adoração e lealdade.

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