Sem máscaras!Exemplo

MÁSCARAS E FANTASIAS

Mais do que simples adornos, fantasias são símbolos de criatividade e liberdade. Por meio delas identidades são transformadas, permitindo que quem as usa assuma papéis não exercidos na vida real. Ao ocultar suas identidades usuais, as pessoas se sentem mais livres para agir de maneira impulsiva ou irreverente, sem o peso das normas e da moralidade social. Isso pode proporcionar alívio temporário para tensões acumuladas, permitindo um tipo de expressão emocional que, no cotidiano, poderia ser reprimida.

As máscaras, de forma semelhante, também são um meio de dissolução de barreiras entre o real e o imaginário, criando universos em que as fronteiras entre ficção e realidade se tornam maleáveis.

Nas folias, máscaras e fantasias são usadas em nome da liberdade, ausências de julgamentos, libertação de inibições, mas no entendimento bíblico, são apenas velhos disfarces para as conhecidas impurezas, que não devem ser imitadas, como ensina o apóstolo Paulo:

“Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança sem seu modo de pensar, a fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.” (Romanos 12.2 NVT)

Este texto da carta aos Romanos é de extrema importância para os cristãos porque expressa um compromisso voluntário assumido por eles para com Deus – de não andar em impureza.

A Bíblia chama de imundície todo tipo de comportamento impuro e consequentemente fora da vontade de Deus (inclusive raiva e ira). Mas, geralmente, a pureza é subestimada até mesmo por quem deseja ser fiel à Palavra. Prova disso, na opinião de um teólogo, é que é comum as pessoas orarem por segurança e não por pureza porque não entendem a impureza como perigosa.

A busca de uma liberdade autônoma – com sua alienação, frustração e senso de aprisionamento na própria existência – é vazia. Cristo teve que morrer para nos fazer livres. Fora dele, o amor e a liberdade da humanidade comum estão perdidos. (Rookmaaker)

Em contraste com um viver impuro, Tiago sugere que recebamos com humildade a palavra implantada, o que significa ter um coração ensinável. Não somos salvos trabalhando, mas recebendo; não pelo que damos a Deus, mas pelo que Deus nos dá e nós recebemos dele (Spurgeon).

A liberdade em Cristo não precisa de máscaras ou fantasias, a alienação é desnecessária porque cristãos não precisam fugir da realidade, eles mergulham nela em nível profundo, é parte da vida cristã.

Para refletir: Tenho dificuldade para lidar com os desafios da realidade? Me sinto mais livre fugindo disso? Consigo discernir quando essa fuga me leva à impureza? Tenho consciência para o arrependimento quando isso acontece?

Uma oração: Senhor, peço tua ajuda para compreender o preço da minha liberdade em Cristo, que máscaras e fantasias não podem pagar. Ajuda-me a viver sem imitar os costumes deste mundo, no entendimento de que a salvação me foi dada pela graça. Em nome de Jesus, amém!