ADORAÇÃO | A Vida De Relacionamento Com O EternoExemplo

AS FESTAS SÃO SANTAS CONVOCAÇÕES
As festas bíblicas revelam um caminho de intimidade com o Senhor!

Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas. Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do Senhor em todas as vossas moradas (Levítico 23.1-3).

O povo de Israel cultuava ao Senhor trazendo ofertas que eram entregues ao sacerdote na tenda. A Bíblia mostra que, ao saírem do Egito, eles receberam muitos presentes: objetos de prata, ouro, tecidos e abundância de tudo que solicitavam aos egípcios. Levaram para o deserto animais, mantimentos, bens que seriam pedidos pelo Senhor como oferenda no altar. Carregavam aquilo que seria utilizado para a construção do tabernáculo e para os sacrifícios.

Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas. E o Senhor fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios (Êxodo 12.35,36).

Com base nas instruções divinas, pela liderança de Moisés, os sacerdotes estabelecidos, os levitas e todos os demais hebreus seguiram em obediência, cultivando os ritos de rendição, sacrifícios, ofertas, músicas, louvor e adoração. As instruções do Senhor a Israel, que por quatrocentos anos viveu na escravidão do Egito, eram detalhadas e foram fielmente seguidas.

Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo (Êxodo 12.14).

Três vezes no ano me celebrareis festa. Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim. Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho. Três vezes no ano, todo homem aparecerá diante do Senhor Deus (Êxodo 23.14-17).

Falo detalhadamente sobre as festas bíblicas no meu livro As Festas do Senhor.[1] As principais — Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos — vêm acompanhadas de outras quatro celebrações significativas: Pães ázimos, ou asmos, Primícias, Trombetas e Expiação.

Disse o Senhora Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas (Levítico 23.1,2, grifo nosso).

Nesse texto acima lemos a palavra “festa” (Strong h4150, מועד môʿed), que significa lugar determinado, tempo determinado, reunião, período sagrado, festa estabelecida, tenda do encontro. O Senhor mesmo declara que as festas são santas convocações, expressão que aparece no hebraico original como 'Mikra'ei Kodesh' מקראי קודש, significando convocação, assembleia, leitura, chamado para reunião. Na raiz de “convocações” está a palavra hebraica qara’, que significa “invocar”. Os estudiosos também usam essa palavra quara´ para as expressões “ler, chamar, proclamar”. Quando celebramos as festas bíblicas, atendemos às santas convocações, proclamamos, invocamos, chamamos pelo Eterno! Isso é culto.

Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes (Jeremias 33.3).

Chamar pelas festas e ter a impactante presença de Deus é fluxo de vida que a Palavra nos garante em uma instância de adoração.

Ler em voz alta, como peço para meus leitores fazerem cada vez que aparece um texto bíblico, é uma ação divina de uso da voz com o conteúdo do Reino. É o mesmo que fazer uma oração. Invocar, suplicar.

[...] Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tiago 5.16).

As festas do Senhor têm valor doutrinário explícito. Grande parte dos versículos do Evangelho de João está diretamente relacionada a elas. Algumas pessoas confundem essas festas com as tradições judaicas, ou com o que pensam ser mandamentos vencidos do Antigo Testamento. No entanto, elas são convocações permanentes que apontam para a beleza, a glória e a santidade de Deus, bem como para seu projeto de atrair o homem de volta à sua presença em intimidade. Todos esses rituais são sombras, elementos físicos e temporários, mas também indicadores de realidades celestiais eternas.

É até comum nos prepararmos para os modernos eventos eclesiásticos, religiosos ou sociais, tradicionais ou inusitados, com elevadas expectativas, mas o Senhor nos chama para o culto, a santa convocação, o relacionamento com ele, de acordo com sua cultura, seus princípios revelados na Palavra!

Vejamos novamente estas passagens:

Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas (Levítico 23.1,2).

Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo (Êxodo 12.14).

O local dessas celebrações sempre foi o tabernáculo, que representa Cristo em sua pessoa, ofício e frutos. A partir de Jesus e do derramar do Espírito Santo, nós somos essa morada; somos aqueles que trazem elementos alinhados com a cultura do Reino, em exaltação a Deus e adoração ao Eterno. Essas proclamações sobrenaturais agora estão em nós, se manifestam na vida e no exemplo de cada genuíno discípulo de Jesus, e não mais no deserto ou em símbolos e ritos.