Jesus e as MultidõesExemplo

Jesus e as multidões - a dor de uma viúva
Ao meditarmos em Lucas, capítulo 7, é perceptível que o assunto central é a compaixão de Jesus. Isso ocorre quando Ele se depara com o sofrimento de um servo à beira da morte (vv. 1-10), quando encontra uma viúva em estado de desespero (vv. 11-17), quando se depara com um profeta em estado de perplexidade (vv. 18-35) e, finalmente, com uma mulher que se arrepende de seus pecados (vv. 36-50). Ou seja, os 50 versículos de Lucas 7 estão relacionados ao compadecimento de Jesus pelas pessoas.
Como diz o pensador cristão Bernard de Clairvaux: "A justiça busca apenas os méritos da questão, enquanto a compaixão considera apenas a necessidade." Após uma breve introdução, iremos delimitar nossa reflexão à narrativa de Jesus ao encontrar uma viúva aflita e em desespero, à porta de uma vila chamada Naim, que ficava a cerca de 40 km de Cafarnaum. Como é dito nos versículos 11 e 12, foi num entrar e sair, foi no cruzar de duas multidões — à semelhança do que acontece entre nós todos os dias — que o poder da vida se confronta com o exalar de desespero e morte.
Uma multidão acompanhava uma viúva que estava saindo da cidade de Naim. Era uma multidão tremendamente infeliz e desesperançada, pois contemplava um defunto e tinha como ponto de referência a morte. Caminhavam por uma estrada que terminava em um túmulo, indo em direção ao cemitério. O jovem, filho da viúva, representava para ela toda a esperança de subsistência. Quantas pessoas não caminham no meio da multidão, sem perspectivas, sem projetos, sem esperança? Estão contemplando a morte de seu casamento, a falência de seus negócios, a perda de um filho para as drogas e falsas amizades. Outra multidão, com Jesus, estava chegando à cidade de Naim. Era uma multidão que olhava para um referencial vivo, para o referencial da ressurreição, uma multidão que estava fixando os olhos no Senhor da vida, no autor da vida, Jesus Cristo. Diante desse paradoxo, o que fez Jesus quando olhou para a viúva e para a multidão desesperançada?
Em primeiro lugar, Jesus olhou com compaixão (v. 13). O texto diz que o Senhor Jesus se "compadeceu dela". Tanto no hebraico quanto no grego, a palavra "compaixão" indica uma forte emoção. É "sofrer a dor do outro". Neste caso, Jesus sofreu a dor da tragédia da viúva de Naim. Ele se importou com o drama daquela mulher, pois sabia que o jovem era o seu único suporte de subsistência.
Em segundo lugar, Jesus agiu como consolador (v. 13). Ele disse à mulher: "Não chores!". O que Ele está dizendo é que ainda não é o fim. Ainda não acabou. Eu ainda não entrei em cena. Ainda há esperança. Ainda pode haver consolo.
Em terceiro lugar, Jesus interveio sobre a morte (v. 14). Jesus "tocou o esquife e, parando os que o conduziam, e disse: Jovem, eu te mando: Levanta-te". Mesmo "se contaminando", Ele parou o caixão, parou o enterro, parou a morte. Ele interferiu na trajetória de tristeza e morte daquela multidão. Sua intervenção levantou o jovem e o fez viver novamente.
Em quarto lugar, Jesus restituiu a esperança (v. 15). "Jesus o restituiu à sua mãe". Essa palavra "restituição" só é plenamente verdadeira quando aplicada em Cristo e por meio de Cristo Jesus. Ele restituiu o jovem à sua mãe, aquela que chorava desesperançada. Ele pegou o objeto da sua desesperança e disse: "Ei-lo aqui, vivo, ressuscitado para ti". Portanto, podemos concluir que a compaixão de Jesus transformou as duas multidões, juntas, sob o mesmo sol, na mesma estrada, em uma multidão cheia de temor e júbilo (vv. 16-17). “Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o Seu povo. Esta notícia a respeito d'Ele se divulgou por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança."
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Questões para edificação:
1.Qual foi a atitude de Cristo ao se deparar com aquele cenário de morte?
2.Quando Cristo ressuscitou o filho da viúva, qual foi o impacto daquele milagre?
3.O que muda na vida de uma pessoa após ter um encontro genuíno com Cristo?
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Pr. Francisco Chaves dos Santos, pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de Manaus
As Escrituras
Sobre este Plano

Este é o Plano de Leitura “Jesus e as Multidões”. Por onde Cristo passava, multidões se aglomeravam. Afinal, as ações do Mestre atraíam pessoas e continuam até os dias de hoje. A IPMANAUS destaca aqui como o Senhor foi capaz de enxergar, em meio à multidão, pessoas anônimas que viviam à margem da sociedade e como Sua graça e amor transformaram essas vidas.
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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Presbiteriana de Manaus - IPMANAUS por fornecer este plano. Para mais informações, visite: instagram.com/ipmanaus