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Jesus e as MultidõesExemplo

Jesus e as Multidões

DIA 1 DE 5

Jesus e as multidões - uma mulher rejeitada

O capítulo 8 do Evangelho de João descortina todas as fragilidades humanas. É um texto que gera um impacto em alguém que sofre com as consequências do pecado, com as dores da rejeição dos homens, as incertezas da vida e as limitações humanas. O versículo 7 deste texto ecoa de forma contundente em nossos corações, pois fala sobre uma multidão que estava com pedras nas mãos para apedrejar uma mulher surpreendida em adultério. No entanto, o confronto de Jesus com os religiosos de plantão gera uma tremenda oposição aos pensamentos daqueles que, com suas retinas ofuscadas pelo legalismo religioso, perderam a capacidade de ver a graça do perdão.

Sendo assim, a título de introdução, podemos aprender, a partir do versículo 3, três comportamentos que essa multidão teve diante do pecado de adultério daquela mulher:

Uma face do sectarismo religioso (v. 3): para os escribas e fariseus, aquela mulher não tinha conserto. Era como se apenas eles tivessem pedigree espiritual e o poder sobre a vida e a morte. Somente eles possuíam uma alta casta espiritual para decidir quem é santo e quem é pecador.

Uma face da exposição ao constrangimento (v. 3): eles certamente a levaram para o meio do povo e a jogaram numa vala para apedrejamento, como era o costume. Ela não estava sendo exposta para correção ou restauração, mas sim para a morte.

Uma face do legalismo religioso (vv. 4-5): a mulher pecou, e a Lei de Moisés dizia que ela tinha que morrer. Se Jesus discordasse, estaria indo contra a lei. Se quisesse apedrejá-la, seria subversivo à lei romana, pois só os romanos tinham o poder de decretar a morte de alguém. O problema do legalismo religioso é que ele cega nossa capacidade de olhar sob a perspectiva da graça divina. Conseguimos ver o pecado do outro, mas não o nosso próprio pecado. Assim, projetamos nas pessoas uma pseudo-santidade, exigindo delas uma vida irrepreensível, enquanto o nosso próprio telhado é de vidro (vv. 8-9), sem perceber que nossa própria natureza é corrupta e pecaminosa. É heresia e hipocrisia quem diz que nunca pecou. Nascemos em pecado e carecemos da graça de Deus (Rm 3.23-24). Por isso, louvado seja Deus, pois fomos redimidos e salvos pela graça de Cristo (Ef 2.8-9). Sim, precisamos lutar contra o pecado, mas não devemos viver uma vida pecaminosa, na prática do pecado. Pois, em Cristo, com Cristo e sob a sua graça, podemos vencê-lo dia após dia.

Isto posto, como Jesus trata o caso da mulher adúltera, desta mulher rejeitada? Quais lições podemos tirar desta surpreendente história de graça e perdão?

Em primeiro lugar, vemos a graça de Jesus ao identificar o pecador (v. 10). Todos saíram e ficou apenas a mulher. Jesus olha para ela e faz uma radiografia de sua alma: vê as suas dificuldades, suas fragilidades, suas lutas. Essa era uma das capacidades de Jesus: enxergar o que as pessoas não viam. Jesus olhou com graça e misericórdia para a mulher. É a graça do perdão (Mt 12.15-21). Não precisamos chegar a tanto quanto essa mulher, porém, às vezes, nos sentimos como o pior de todos os seres humanos, lixo e escória do mundo. Deus, porém, olha e vê o que ninguém vê: o nosso coração. Lembre-se de que, apesar do pecado que tenazmente nos assedia, apesar de sermos acusados pelo inferno por nossos atos pecaminosos e atitudes condenáveis, a graça de Deus é suficiente para nos redimir e nos transformar em novas criaturas (2Co 5.17). Isso nos faz reconciliados em Cristo, tornando-nos verdadeiramente, à luz da Sua Palavra, a “menina dos olhos do Senhor” (Sl 17.8). Fomos salvos e libertos, e ninguém mais pode nos arrebatar da Sua mão (Jo 10.28).

Em segundo lugar, vemos a graça de Jesus ao alcançar o pecador (v. 11). O pecado daquela mulher era muito grave, mas Jesus vai além disso, com duas expressões encontradas no versículo 11, as quais são incisivas em revelar o alcance da misericórdia e o impacto da salvação na vida de um pecador. Jesus disse: "Eu não te condeno", e "Vai e não peques mais". Somente o Filho de Deus, o próprio Deus encarnado, tem o poder, através do seu amor incondicional, de nos redimir com seu sangue da condenação eterna. Não há mais acusação contra os eleitos de Deus (Rm 8.33-39). A morte eterna sucumbiu diante do sangue do Cordeiro, foi tragada pela vitória de Cristo na cruz. Aleluia! Finalmente, Jesus diz à mulher: "Você reconheceu e confessou o seu pecado, então deixe esse fardo na Cruz de Cristo", pois “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas os que as confessam e deixam, alcançarão misericórdia” (Pv 28.13). Meu amado, deixe o fardo do pecado e siga a sua peregrinação olhando para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus (Hb 12.1-3).

É isso o que acontece quando, em meio a uma multidão de acusadores, que desejam nos lançar na vala da condenação eterna, somos verdadeiramente surpreendidos e redimidos pela graça do perdão revelado na cruz de Cristo. Este ato redentor de Jesus nos dá a segurança da vida eterna. Um novo recomeço em nossa jornada nesta terra rumo à eternidade.

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Questões para edificação:

1.Por que a multidão não apedrejou a mulher adúltera?

2.Qual a intenção dos religiosos ao levar a mulher diante de Jesus?

3.Em algum momento, você já foi como a multidão? Rápido em julgar? Reflita.

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Pr. Francisco Chaves dos Santos, pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de Manaus

As Escrituras

Dia 2

Sobre este Plano

Jesus e as Multidões

Este é o Plano de Leitura “Jesus e as Multidões”. Por onde Cristo passava, multidões se aglomeravam. Afinal, as ações do Mestre atraíam pessoas e continuam até os dias de hoje. A IPMANAUS destaca aqui como o Senhor foi capaz de enxergar, em meio à multidão, pessoas anônimas que viviam à margem da sociedade e como Sua graça e amor transformaram essas vidas.

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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Presbiteriana de Manaus - IPMANAUS por fornecer este plano. Para mais informações, visite: instagram.com/ipmanaus