Os prazeres de DeusExemplo

O prazer de Deus em seu Filho

É impossível exagerar a grandeza da afeição paternal que Deus tem por seu único Filho. Observamos essa afeição ilimitada por trás da lógica de Romanos 8.32: “Aquele que não poupou o próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele, livremente, todas as coisas?”.

A ideia desse versículo inacreditavelmente precioso é que, se Deus estava disposto a fazer a coisa mais difícil por nós — entregar seu Filho querido ao sofrimento e à morte — então, aquilo que certamente parece difícil — dar aos cristãos todas as bênçãos contidas no céu — não será difícil demais para ele.

O que faz com que esse versículo funcione é a imensidão da afeição do Pai pelo Filho. Para Paulo, não poupar “o próprio Filho” foi a coisa mais difícil que se podia imaginar que Deus fizesse. Jesus é, como Paulo diz em termos simples em Colossenses 1.13, “o Filho do seu amor”.

Se houve um dia um amor de paixão no coração de Deus, esse amor é a paixão de Deus por seu Filho. A. W. Tozer disse certa vez: “Deus nunca muda de humor, esfria em suas afeições ou perde seu entusiasmo”. Se há em Deus um entusiasmo que seja prova disso é seu entusiasmo pelo Filho. Nunca mudará; jamais esfriará. Ele arde com fervor e zelo inimagináveis. Portanto, faço coro a Jonathan Edwards: “A alegria infinita do Pai consiste no prazer que tem em seu Filho”.

Por isso, quando dizemos que Deus ama seu Filho, não estamos falando de um amor de renúncia, sacrificial ou misericordioso. Estamos falando de um amor de regozijo e de prazer. O amor de Deus por seu Filho não é do tipo que o leva a se inclinar em sinal de misericórdia pelos que não a merecem. Esse é o modo como Deus nos ama. Não é o modo como ele ama seu Filho. Ele se compraz em seu Filho. Sua alma se deleita no Filho! Quando olha para o seu Filho, ele se deleita e se alegra com o que vê, e o admira, aprecia e valoriza. O primeiro grande prazer de Deus é seu prazer no Filho.