Cântico dos cânticosMuestra
A noiva exclama
Não havia um unguento tal como aquele com o qual o sumo sacerdote era ungido: nosso Noivo é tanto um Sacerdote como um Rei. A noiva temerosa não pode se desfazer totalmente de seus receios; mas a falta de paz e o anelo tornam-se insuportáveis, e ela resolve render-se totalmente, e aí poderá segui-lo integralmente. Ela submeterá todo o seu ser a Ele, coração e força, influência e possessões. Nada pode ser tão insuportável quanto a Sua ausência! Se Ele a guiar para outro Moriá, ou até mesmo a um Calvário, ela o seguirá.
Leva-me tu, correremos após ti. (arc)
Mas, ah! O que vem a seguir? Uma maravilhosa e feliz surpresa! Nem Moriá, nem Calvário, ao contrário, um Rei! Quando o coração se submete, então Jesus reina. E quando Jesus reina, há descanso.
E para onde Ele dirige Sua noiva?
O rei me introduziu nas suas recâmaras.
Não primeiramente à sala do banquete — isso acontecerá no devido tempo; mas, primeiro, estar a sós com Ele.
Quão perfeito! Poderíamos ficar satisfeitos em encontrar alguém amado somente em público? Não, nós queremos estar com ele à parte, tê-lo exclusivamente para nós. Assim é com o nosso Mestre: Ele toma Sua noiva — agora totalmente consagrada — à parte, para experimentar e desfrutar as intimidades sagradas de Seu maravilhoso amor. O Noivo da Igreja anela por comunhão com Seu povo mais do que eles anelam por comunhão com Ele, e frequentemente tem de clamar:
Mostra-me o rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu rosto, amável.
Não estamos nós muito mais prontos a buscá-lo em razão de nossas necessidades do que para Sua alegria e prazer? Isso não deveria ser assim. Nós não apreciamos crianças egoístas que pensam apenas no que podem obter de seus pais, e não têm nenhum pensamento quanto a agradá-los ou a servir-lhes. E não estaríamos nós correndo o risco de esquecer que agradar a Deus significa dar a Ele prazer? Alguns de nós olham para trás, no tempo em que as palavras “agradar a Deus” significavam apenas não pecar contra Ele, não ofendê-lo; mas seria o amor dos pais terrenais satisfeito apenas com a simples ausência de desobediência? Ou um noivo se satisfaria se a noiva só o buscasse para suprir as necessidades dela?
Uma palavra sobre a devoção matinal caberia bem aqui. Não há hora mais bem empregada do que a primeira hora do dia dada somente a Jesus. Será que damos suficiente atenção a essa hora? Se possível, ela deveria ser cumprida; nada pode substituí-la. Nós temos que investir tempo para sermos santos! Um outro pensamento: quando trazemos nossas questões a Deus, será que muitas vezes não vamos adiante e fazemos outra petição, ou deixamos a comunhão sem esperar pelas respostas? Será que isso não mostra uma pequena expectativa pelas respostas e pouco desejo por elas? Será que gostaríamos de ser tratados assim? Uma espera silenciosa diante de Deus nos pouparia de muitos erros e muitas dores.
Nós encontramos a noiva fazendo a feliz descoberta de um Rei — seu Rei — e não de uma cruz, como ela esperava; esse é o especial resultado de sua consagração.
Escrituras
Acerca de este Plan
Este plano de leitura foi retirado do livro Cântico dos Cânticos, de Hudson Taylor. O autor foi capacitado a abrir, em linguagem simples, profundas verdades quanto á unção pessoal dos crentes com Deus, que, de maneira simbólica, são o tema de Cântico dos cânticos. E, ao fazê-lo, forneceu uma direção segura para a compreensão daquele que é um dos livros mais mal-entendidos e pouco considerados da Bíblia. Comece agora!
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