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A Oração

DIA 4 DE 5

A oração de Jesus

O período da “oração de Jesus no Getsêmani” deve ter sido um dos mais difíceis de Sua vida, pois o extremo sofrimento causado pelo nosso pecado foi a Sua separação do Pai Eterno. Esse imenso sofrimento nos ensina que esta vida é permeada por altos e baixos. Momentos assim podem nos esclarecer sobre a maneira como enxergamos e compreendemos a fé, além de como vivemos o amor de Deus a cada dia. Neste texto, temos preciosas lições. A terrível agonia no Getsêmani pode nos responder às seguintes perguntas: O que Jesus fez? Como Ele agiu? Por que a tristeza (depressão) não O venceu? Observemos no texto em meditação três atitudes de Jesus, que são valiosíssimas para nossa jornada de fé:

I. A oração na comunhão dos irmãos (vv 36-38). Ele está prestes a enfrentar o pior momento de Sua vida, e a Sua primeira atitude é sair para orar (Mt 26.36). Hoje não é diferente, pois o mundo é agitado e a depressão assola as vidas. A tecnologia e o dinheiro não resolvem as complexidades da alma que sofre. A oração, sim, pode trazer a cura definitiva e gratuita.

Lição: não obstante o que esteja acontecendo, primeiro ore. Martinho Lutero disse: “Eu tenho tanto a fazer hoje, que acho que vou passar as primeiras três horas em oração”. Também disse: “A oração é o suor da alma”. Jesus, no Getsêmani, em angústia, procura a companhia das pessoas que Ele ama (Mt 26.37-38), Pedro, Tiago e João, Seus discípulos e amigos. Inúmeras pessoas lidam com suas crises, mesmo as mais difíceis, sozinhas. Não pedem ajuda. Essa não foi a intenção do Filho de Deus. Ao contrário, Ele se lança aos pés de Seu Pai, em busca de força para a razão de Sua vida nesta terra. Ele não gostaria de passar por isso e pede para não beber o cálice do sofrimento (Mt 26.39b), e então pede: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!”. O cálice de veneno era um dos meios de execução de criminosos. A atitude de Jesus no Getsêmani nos ensina a sermos transparentes com Deus.

II. A oração para a Glória de Deus em nosso socorro (vv 39-41). Esta deve ser uma providência no momento de oração: sempre conhecer a vontade de Deus e decidir vivê-la (Mt 26.39). É comum perguntar a Deus o porquê. Qual a razão para tanto sofrimento? Por que exatamente comigo, que amo a Deus? Por que Deus permite que tantos cristãos sejam perseguidos e mortos pelas mãos de radicais? A resposta pode não ser agradável, mas é bíblica: Deus faz tudo com um propósito (Pv 16.4). Não devemos tomar a forma de pensar do mundo (Rm 12.2), somente Deus conhece todos os critérios. Deus faz tudo com um propósito. Ele julga corretamente. A Sua vontade é sempre a melhor, por mais difícil que seja no momento. Do início ao final, tudo está certo (Rm 8.28). No Getsêmani, Jesus tinha inúmeros motivos para desistir, mas não o fez. Em seu relacionamento com Deus, Jesus aprendeu a confiar, mesmo nas situações extremamente adversas. Jesus vivia em Deus, e somente isto nos dá a clareza nas decisões, sem sucumbir aos assombros da vida. Seus amigos dormem, quando deveriam orar também, mas Jesus não desiste. Ele é resoluto e os estimula à oração e, mais do que isso, a vigiar, pois a carne é fraca, mas a oração é poder.

III. A oração a Deus, que é Pai, mesmo no Getsêmani. A firmeza da filiação entre Jesus e o Pai não foi abalada pela grande provação. Ele ora outra vez e declara: “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.” (Mt 26.42). Muitos de nós se deixam levar pela situação e aceitam sentimentos de revolta com relação a Deus. Não foi o caso de Jesus no Getsêmani. A oração está trazendo tranquilidade, resposta e confiança para Sua alma. Nem mesmo a distração dos discípulos o abateu. Nesta segunda oração, Jesus abala o império das trevas e começa a delinear um futuro glorioso para a humanidade: “Se este cálice não puder ser tirado de mim, então cumpra-se a Sua vontade”. Jesus chama Deus de Pai e não perde isso de vista. Jesus conhecia a bondade de Seu Pai. Estava acostumado com ela (Mt 6.11). Ele nutria a segurança de que o Pai tinha reservado algo muito grandioso para Ele (Mc 14.36). Por isso, não desanime; se você cultiva uma relação de Pai e filho com Deus, algo muito bom está reservado para você também. Procure-O em oração, continuamente.

Após o término do segundo período de oração de Jesus no Getsêmani, Lucas diz que um anjo apareceu e passou a consolar o Senhor Jesus, porque tamanha era Sua agonia que Seu suor havia se tornado sangue (Lc 22:43-44). Deus enviou um anjo para fazer o que os discípulos não fizeram: consolá-lo. Nesse ponto, a pressão psicológica era tão grande que um raro fenômeno aconteceu: Jesus suou sangue. É provável que uma transpiração intensa de dor, o suor, tenha sido acompanhado de sangue, e então um anjo veio para confortá-lo e conversar com Ele. Possivelmente, ali, Jesus pode falar e receber força para continuar Sua jornada. Tenha certeza de que não faltará consolo de Deus no momento de aflição, se você buscar a face d'Ele (2 Co 1.3-7). Há consolo e força da parte de Deus para mim e para você!

Ao voltar para os discípulos, os achou novamente dormindo, mas não os acordou. Já havia recebido consolo celestial (Mt 26.43). Assimilou tudo que precisava ser e estava pronto para viver a vontade de Deus (Mt 26.44). A perseverança de Jesus no Getsêmani é algo que devemos ter de maneira bem clara na nossa mente e prática. Foram três grandes e profundos períodos de oração. Jesus não estava “brincando de orar”, estava orando mesmo. A perseverança na oração é a porta da vitória (Lc 18.1-6). Ele vivia o que ensinava. Logo, precisamos levar isso a sério, pois a hora das aflições sempre surge inesperadamente.

Chegou a hora, e Jesus estava decidido (Mt 26.45-46). Assim como Deus ordenou a Moisés, o Filho de Deus se levanta do clamor e marcha em direção ao “mar” intransponível. Precisamos saber passar por todas as situações da vida, quer sejam boas ou más. Em tese, sabemos ser gratos a Deus quando tudo vai bem, e incrédulos e carnais quando não vai. Jó percebeu isso em sua mulher (Jó 2.9-10), lamentavelmente.

O que aprendemos com Jesus no Getsêmani é realmente profundo e importante. Creio firmemente que, se o colocarmos em prática, venceremos também como Ele venceu, seja o que for. Agora é conosco. Uma decisão precisa ser tomada, ou então nada ocorrerá. Avante, meus irmãos e irmãs em Cristo Jesus!

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Questões para edificação:

  1. Por que Jesus convidou três discípulos para oração no Getsêmani? (vv 37 e 38)
  2. Explique a razão dos discípulos dormirem, em vez de orar como Jesus pediu? (vv 40, 43 e 45)
  3. O que Jesus nos ensina ao ter orado três vezes naquele momento? (vv 39, 42 e 44)

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Pr. José Nery Teixeira, pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Manaus.

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Sobre este Plano

A Oração

Oração é essencial para fortalecer nosso relacionamento com Deus. Neste Plano de Leitura, convidamos você a refletir sobre como esse diálogo íntimo com o Senhor fortalece a sua fé, molda seu caráter e direciona sua vida. Por meio de exemplos bíblicos, veremos como a oração nos aproxima mais de Deus, transformando nossa caminhada e alinhando-nos ao Seu propósito.

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