A OraçãoExemplo

A oração de Ana

Neste texto, vislumbramos um notável exemplo de perseverante oração a Deus. Estamos nos referindo a Ana. Ela, mesmo diante de terríveis e contínuos sofrimentos, sobretudo dentro de sua casa, jamais se acomodou. Permaneceu fiel, buscando intensamente a vontade de Deus em oração. Durante muitos anos, teve uma vida cheia de grandes tristezas, e a maior causa era que não podia gerar filhos. Esse fato, para uma mulher daquela época, consistia em algo imensamente humilhante, pois as mulheres que não geravam filhos eram vistas e sentenciadas como alguém sem a bênção do Senhor.

À semelhança de Ana, quem nunca passou por humilhações que pareciam não ter fim? Quem nunca sofreu sem nada ter feito para isso? Creio que todos nós. Em tais situações, onde buscamos forças para vencer esses sofrimentos e angústias? Arrisco-me a dizer que, em tese, como seres humanos e pecadores, muitas vezes buscamos fora do Senhor. Parece-nos que os recursos do “mundo” oferecem soluções mais rápidas. Com essa incredulidade, não damos a devida glória a Deus em nosso viver. Meditando no texto acima, cremos que seremos despertados para uma vida fiel e temente. Ana, em sua angústia, não ficou desesperada, mas firmou-se em oração e depositou suas lágrimas e dores profundas diante da presença de Deus continuamente.

Glorificou ao Senhor com suas orações, e isso podemos observar em três atitudes que muito precisamos praticar:

1. A Razão da Oração - O texto revela o grande sofrimento de uma vida fiel a Deus. Seu nome é Ana e de seu marido Elcana. Este tinha outra mulher que se chamava Penina. Subia ele com sua família de ano em ano, para adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos em Siló (1Sm 1.3). A cada ano, levava as duas esposas e os filhos também para adorar. Porém, Ana não podia ter filhos. Por esse motivo, a outra esposa de Elcana a provocava excessivamente para irritá-la. Isso acontecia todas as vezes que Ana subia à Casa do Senhor, o que a deixava triste (vv. 6-7), pois, queria ser mãe, um sonho da maioria das mulheres cristãs. Esse era o motivo da sua oração. O que fazia ela? Recorria ao Senhor, por meio da sua fé silenciosa, mas convicta de ser, por Deus, atendida.

2. A Recompensa da Oração - A oração de Ana é um encorajamento vigoroso para os verdadeiros filhos de Deus. Ensina-nos que, mesmo angustiados, podemos orar com fé e convicção em nossos corações. Essa confiança de Ana não era porque seria atendida, mas porque Ana sabia que Deus a ouviria quanto ao seu motivo. Ana pediu ao Senhor a bênção de ser mãe. Ser pai ou mãe é um grande privilégio recebido da parte de Deus, e também uma grande responsabilidade. O pedido de Ana em oração foi, em certo sentido, um ato de sacrifício espiritual nada fácil. Ela fez um voto ao Senhor Deus, que entregaria seu amado filhinho para o Templo, mesmo em tenra idade. Essa oração mostra como ela entregava todos os planos e desejos sob a vontade de Deus, para a Glória de Deus. Será que nós oramos como Ana? Ou quando oramos pensamos em nossa “glória” vazia e egoísta?

3. A Gratidão da Oração - Sem nenhuma dúvida, é um altíssimo motivo de gratidão o privilégio consciente de orar a Deus, falar com Ele a cada dia ou momento. Oração na vida de Ana não era um peso entediante, sem direção e objetivo. Junto ao prazer de falar com Deus, queria ela ser mãe de um menino e que ele cedo servisse no tabernáculo de Deus (v. 11). Como podemos entender este voto de Ana? Será que foi precipitado? Não. Foi de alguém que amava a Deus. Antes de Samuel nascer, ela o consagrou e deu seu filho para Deus. Somos agradecidos pelo grande presente de ter comunhão com Deus por meio da oração, independentemente de pedidos respondidos ou não? Temos cumprindo os votos feitos em oração? Nossas vidas são consagradas a Jesus e conduzidas pelo Espírito Santo, inteiramente? Meus irmãos e irmãs, precisamos viver a fé como Ana, uma filha mansa e humilde, a qual dava a Deus toda a Glória, em seu viver.

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Questões para edificação:

1. Diante de qualquer sofrimento, o que devemos aprender com Ana (vv. 10 e 15)?

2. Como o Senhor responde a um coração triste, mas em oração (vv. 19-20)?

3. Diante do que ouvimos e compartilhamos, qual a urgente decisão que necessitamos tomar?

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Pr. José Nery Teixeira, pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Manaus.