Histórias na Igreja - 02Exemplo

TEMOS FÉ NOS ADOLESCENTES

“Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” I Pedro 5.5

Este 'estudinho' foi feito na primeira vez que a nossa UPA acampou no SPS - Seminário Presbiteriano Sul, em Campinas, durante o Carnaval. Estávamos trabalhando com vocês na época, eu, a mamãe, a Idelma e o Felício e fizemos este estudinho com base em um artigo que li na revista 'Palavra da Vida'. Vejam lá se vocês se lembram...

“Nós temos trabalhado com os adolescentes da nossa querida igreja por três anos e sempre fizemos isso com grande alegria; não porque gostemos de probleminhas, panelinhas, paixões juvenis, crises de identidade, atividades sociais que varam a noite e outras coisinhas próprias dos "teenagers". Temos grande alegria neste trabalho porque "temos fé nos adolescentes".

E querem saber por quê? Porque os adolescentes:

“Têm potencial”: são uma mina de recursos ainda não explorados; são diamantes brutos escondidos atrás de cravos, espinhas e jeito desengonçado, e cabe à nós, seus amigos mais velhos, ajudar a lapidá-los. Os adolescentes têm que tomar muitas decisões e o rumo de suas vidas depende totalmente destas decisões. Afinal todos os adolescentes têm o resto da vida para investir em Cristo.

“São maleáveis”: os adultos acham que já sabem tudo de tudo, porém os adolescentes são cientes de sua necessidade de conhecimento, de sua ignorância em certos assuntos. Adultos normalmente conservam-se no seu caminho, sem desviar-se dele. Adolescentes vibram com inovações e criatividade. Os adolescentes são pequenas árvores esperando alguém para direcioná-las.

“São vivos”: têm uma vitalidade insuperável, pois têm corpo de adulto e energia de criança. Os adolescentes são cheios de recursos, têm tempo e estão sempre dispostos a tentar. Com a integração e a força dos adolescentes a igreja nunca será a mesma.

“Precisam de ajuda”: finalmente nós, seus amigos mais velhos, pomos fé nos adolescentes porque estes sabem que precisam de ajuda e aceitam-na com alegria. Precisam da orientação de adultos envolvidos e comprometidos com eles, mas com Deus primeiramente. Precisam de ajuda para encarar a fase tempestuosa de ajustes; a transformação criança/adulto, dependente/independente, ser/não ser; precisam de ajuda para suportar a pressão enorme dos grupos, a pressão dos pais e a pressão psicológica própria. E no meio de tudo isso, decisões!

Onde poderíamos estar nesses momentos? Junto com vocês, afinal nós somos a Igreja; nós e vocês. Uma igreja "louca pelos adolescentes".

Shirley e Ney

Americana, 15 de Fevereiro de 1992