40 Dias Com TiagoExemplo
Você acha que é errado um cristão ser rico?
Não é a primeira vez que os ricos dão trabalho para Tiago. Ele faz contrastes
constantes entre cristãos pobres e ímpios ricos, sempre favorecendo os pobres e
repreendendo os ricos, em contextos que indicam que os pobres estavam sendo
oprimidos pelos ricos. Assim, se o crente pobre deve se gloriar em sua dignidade, o
rico, por sua vez, deveria se gloriar no fato de suas riquezas serem passageiras e
murcharem como a flor do campo (Tiago 1.9-11).
Os pobres foram escolhidos para ser ricos na fé, ao passo que os ricos estavam
arrastando aos tribunais alguns irmãos pobres e blasfemando o nome de Jesus
(Tiago 2.1-7). Tudo indica que Tiago sempre fala desses ricos como ímpios e não
irmãos em Cristo, quando os denuncia como opressores dos pobres. Ser rico é um
ídolo da nossa geração. Não há, necessariamente, nenhum mal em ser rico. O maior
problema é fazer da riqueza um ídolo. Sabe qual é a consequência pratica dessa
transformação? Começamos a acumular.
NÃO VIVA PARA ACUMULAR
No versículo 1, Tiago adverte àqueles ricos, afirmando que deveriam estar chorando
diante do juízo que lhes esperava e não só curtindo suas vidas. Já não os chamando
ao arrependimento, mas deixando claro que a desgraça lhes sobreviria.
O vocabulário usado no original é o mesmo utilizado pelos profetas do antigo
testamento, no contexto do dia do juízo, quando o Senhor faria sua prestação de
contas com seu povo e o mundo (Isaías 13.6, Amós 8.3). Para Tiago, estava claro
que os ricos deveriam dar um carinho muito especial para aquilo que ele estava
dizendo, pois o juízo do Senhor viria sobre eles.
Tiago lista os absurdos cometidos, além de especificar dois tipos de riqueza comuns
em seu tempo (Versículo 2).
1. As roupas, como sinal de status: O rico entrava na igreja com anéis de ouro e
roupas caras (Tiago 2.2), mas que, do ponto de vista de Deus, já estavam corroídas
pela traça; 2. A prata e o ouro: metais que estarão em processo de ferrugem,
servindo de acusação contra os ricos no dia do juízo final (Versículo 3). “Ela
testemunhará contra vocês”. São tantos recursos que eles apodreceram e as
traças corroeram. Jesus já havia avisado a respeito deste acontecimento em Mateus
6.19-21: "19 Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. 20 Mas acumulem
para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde
os ladrões não arrombam nem furtam. 21 Pois onde estiver o seu tesouro, aí
também estará o seu coração”.
Quantos de nós vivemos como aqueles ricos, pensando somente no aqui e no
agora, nos esquecendo de que um dia passaremos pelo juízo final e que esta vida
vai terminar?
Pergunta para reflexão:
Será, então, que é um pecado pouparmos dinheiro?
A Bíblia nos orienta a poupar, não há nada de errado nisso. “Na casa do sábio há
comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode”. (Provérbios
21:20). O grande problema é quando vivemos para acumular e não para abençoar a
quem precisa: é o amor ao dinheiro (é tudo meu).
Esquecemos de 1 Timóteo 6.7: “pois nada trouxemos para este mundo e dele
nada podemos levar;”.
O acúmulo será uma testemunha de acusação contra nós. Você já parou para
pensar quanta gente poderia ter sido abençoada com aquele dinheiro que se perdeu
nas mãos daqueles ricos? Possivelmente, tudo que foi guardado, se perdeu anos
depois, quando Roma começou a perseguir os judeus (64 d.C e 70 d.C).
Conclusão:
Será que temos acumulado por acumular e não temos socorrido aos necessitados à
nossa volta? Quem faz isso não tem amor a Deus. Veja o que João nos ensinou:
“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não
se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?”. 1 João
3:17.
Decida:
Ser sensível e aberto às necessidades dos que estão à sua volta.
Sobre este Plano
Este devocional desafia os cristãos a irem além da superficialidade em seu relacionamento com Deus, buscando uma conexão mais profunda por meio da Bíblia. Juntos, estudaremos o livro de Tiago, conhecido como o “Provérbios do Novo Testamento”. Ele nos orienta sobre como aplicar o evangelho no cotidiano, com ênfase em ações que refletem a fé. Ao longo dessa jornada, seremos encorajados a fortalecer nossa espiritualidade e a viver de forma coerente com os princípios cristãos.
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Gostaríamos de agradecer ao Ismael Aredes por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://www.batistapalmeiras.com.br