Resiliência em tempos difíceisExemplo

Alegria nas fraquezas

Fraqueza. O dicionário afirma que ela é a qualidade do fraco. Mas quem gosta de ser fraco? Todos apontados como exemplos a serem seguidos são pessoas fortes, não fracas. Sendo assim, quem apreciaria listar “fraqueza” entre suas qualidades? Porém, Jesus mostrou um padrão diferente. Em Filipenses 2.5-8, Paulo explica:

“Seja o modo de pensar de vocês o mesmo de Cristo Jesus, que, apesar de ser Deus, não considerou que a sua igualdade com Deus era algo que deveria ser usado como vantagem; antes, esvaziou a si mesmo, assumindo a forma de servo, tornando‑se semelhante aos homens. Sendo encontrado em figura humana, humilhou‑se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”.

Jesus estava no céu desfrutando de toda sua glória e poder. Porém, não se apegou a isso e, por amor, decidiu enfraquecer. Ele se esvaziou, assumiu forma de servo e acabou morto em uma cruz. Nós temos um Deus que não apenas se enfraqueceu, mas expôs sua fraqueza a fim de cumprir o propósito do pai.

Paulo também compreendeu que, apesar de sua fraqueza, a graça de Deus é poderosa o suficiente para realizar seus propósitos. Sem dúvida, isso lhe garantiu força e coragem ao enfrentar sofrimentos e se tornou um motivo de alegria, pois sabia que o poder de Cristo estava agindo por meio dele.

Aceitar nossas fraquezas nos faz compreender que não conseguimos fazer nada por conta própria. Precisamos depender de Deus, pois é isso que nos transforma. Por isso, devemos aprender com Paulo e outros cristãos que ainda hoje enfrentam perseguição, porque viveram isso na prática. Um cristão egípcio compartilha: “A dor o força a lidar com o ponto mais fraco de sua personalidade. Você desiste e desanima, mas, em algum momento, a situação torna-se maravilhosa porque você descobre que Cristo o ama apesar da sua fraqueza”.

É quando reconhecemos nossa fraqueza e a entregamos a Cristo que entendemos de maneira prática que, quando somos fracos, na realidade somos fortes. Isso só acontece ao percebermos que não é possível viver com base em nossa própria força. Mas, ao reconhecermos nossa fraqueza, permitimos o poder de Deus agindo em nós. Que nossa oração seja como a de Lady Julian de Norwich: “Fere-me, Senhor, porque é somente por meio dos meus ferimentos que posso receber a cura do seu amor”.