O Fascinante Amor de DeusExemplo

DEUS, O PRIMEIRO ARTISTA

Deus, como um artista inspirado, pintava sua obra-prima. Cada coisa criada, cada cor escolhida, cada detalhe do funcionamento. Ele desenhou os diferentes tipos de relevo, pensou no clima, separou as estações. Assobiou melodias para criar os diferentes cantos dos pássaros e, com muito carinho, escolheu as cores vibrantes e formatos apetitosos dos frutos, para que fossem atrativos e prazerosos para suas criaturas.

Como todo artista, Deus colocou algo de si em sua obra. As pinceladas do artista estão impressas em seu trabalho. A criação revela sua glória, sua bondade, sua graça. O sol continua se levantando todas as manhãs, a chuva continua caindo, o solo continua oferecendo seus frutos, Deus está aqui! Sua criação revela seus gostos, seus desejos, reflete seus sonhos. Por isso, ele se apegou ao que fez, amou sua obra, ela é uma expressão do seu ser. Ao final de cada dia, durante a criação, ele sentava, contemplava o que fez e dizia: “ficou bom”.

Deus criou todas as coisas pela sua palavra, mas no sexto dia, decidiu fazer algo totalmente diferente: escolheu “sujar as mãos” no pó da terra. A partir do barro, com os próprios dedos, moldou o homem. Pensou, desenhou, esculpiu não apenas um boneco de barro, mas um corpo que um dia ele mesmo vestiria. Aquilo que era apenas uma escultura tornou-se humano, quando Deus colocou algo de si: sua própria vida soprada nas narinas esculpidas que sustenta a humanidade de geração em geração até os dias de hoje.

Este é o ponto alto da criação: Deus fez o homem e dele cria a mulher. Uma criatura feita de um modo diferente, especial, que carregava algo maior do que o restante do universo. Ao final daquele dia, Deus não disse apenas “ficou bom”, como nos outros dias, mas sim uma sonora expressão de seu mais profundo contentamento: “ficou muito bom”. Sobre aquela criatura, que não tinha valor em si mesma, Deus resolveu derramar seu amor.

Enquanto agachava-se e sujava as mãos no pó da terra, pensava sobre o que deveria fazer: sabia que teria de descer a este mundo, viver entre os “sujos” e pecadores, experimentar a rejeição e chegar a morrer para oferecer salvação. Mas seu amor era maior que o sofrimento. Ele sabia o bem que faria, conhecia o tamanho do amor a ser compartilhado, então pensou: “vale a pena”.

Que Deus é esse? Que decisão é essa? Ele não é como outros deuses egoístas, caprichosos e vaidosos. Tendo tudo, esvaziou-se a si mesmo. Completo na eternidade, escolheu se doar. Sabendo que sofreria, não hesitou em amar. Não buscava algo para si, somente desejava compartilhar o que tinha.

“Quem são os simples mortais, para que penses neles? Quem são os seres humanos, para que com eles te importes? E, no entanto, os fizeste apenas um pouco menores que Deus e os coroaste de glória e honra” (Salmos 8:4-5 NVT). Quem somos nós para merecermos esse amor? Não tínhamos nada valoroso para oferecer em troca, mas ele pediu a única coisa que era realmente nossa: nossos pecados. Ele então pensou, redigiu e propôs um acordo totalmente inconcebível para qualquer mente humana: “entregue seus pecados, darei perdão. Entregue sua morte, compartilharei minha vida”. Que fascinante! Que inexplicável! Que amor é esse?