A Soma De Todos Os MedosExemplo
Os ‘atrasos’ de Deus
A gente passa por situações tão difíceis que, para falar a verdade, parece que Deus não entende de urgências. Elas fazem o coração doer com um sentimento de que tudo está perdido.
Isso aconteceu com alguém muito importante que procurou Jesus para que sua filha fosse curada. Imagino a impaciência desse ‘figurão’, chamado Jairo, com a aparente falta de pressa do Mestre em socorrer a menina. Para atrasar o que já estava devagar, Jesus se detém com uma mulher humilde que lhe tocara as vestes, dando a ela uma atenção incompatível com a pressa que esperavam dele.
É comum dizer que o relógio de Deus não atrasa, mas isso fala muito mais da gente do que dele. A ditadura do ‘tempo medido’ é incompatível com a cultura da época de Jesus, que tinha uma compreensão mais conjuntural e psicológica das situações. Ainda assim, era difícil compreender a divindade de Cristo, quanto ao poder além do mundo dos vivos e das distâncias geográficas.
Quanto menor a visão dessa divindade maiores se tornam os medos. A gente cria uma hierarquia do impossível, classificando em níveis diferentes as dificuldades do que é pedido a Deus, para depois descrer com mais intensidade em cada um deles. Nessa classificação, trazer mortos à vida está no topo das ‘missões impossíveis’, em qualquer época. Mas a resposta de Jesus é hoje a mesma que foi dada ao pai aflito: ‘Não tenha medo! Crê somente!’.
Depois de todos os atrasos, humanamente falando, ele finalmente chegou à casa de Jairo, onde havia gente chorando, cantando, tocando flautas, batendo palmas, conforme o costume daquele tempo, para pessoas de alto nível social. Um contraste enorme com a fala otimista de Jesus e por isso ele foi zombado. É evidente que Ele estava demonstrando sua vocação para restaurar a vida, indo além de qualquer limitação humana, inclusive de leis religiosas, que impunham a contaminação a quem tocasse um cadáver. Ou seja, Jesus tem poder e autoridade para restaurar em sentido completo, e faz isso conforme sua soberana vontade em todos os sentidos.
A incredulidade é péssima conselheira, porque leva a pensar que Deus perde o timing de certas situações ou não se interessa pelos que sofrem.
C. S. Lewis, tentando explicar o ceticismo de sua época, escreveu:
“Se Deus fosse bom, Ele desejaria fazer suas criaturas perfeitamente felizes, e se Deus fosse todo-poderoso poderia fazer tudo o que quisesse. Mas as criaturas não são felizes. Portanto, falta a Deus bondade, poder, ou ambas essas coisas.”
Nada falta para Deus! Nem pontualidade, nem despertador. Ele não precisa ser lembrado sobre qualquer sofrimento. Quando tudo parece perdido, sua capacidade para restaurar qualquer situação é transcendente e completa!
Não tenha medo dos ‘atrasos de Deus’!
Wilson Avilla
As Escrituras
Sobre este Plano
Os medos mudam conforme as épocas e contextos. Há hoje mais qualidade de vida, mas há também mais razões para temer. Um ex-combatente da Primeira Guerra afirmou que “coragem é fazer o que você tem medo de fazer. Não pode haver coragem, a menos que você esteja com medo.” Jesus conhece a soma de todos os medos. Há conforto e segurança cada vez que Ele fala “não tenham medo!”.
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Gostaríamos de agradecer ao #V3 Comunidade Cristã por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://prwilsonavilla.blogspot.com/