Jesus Nos Ensina a OrarExemplo

- “OS CRISTÃOS TÊM DE SER DIFERENTES, TANTO DOS FARISEUS COMO DOS PAGÃOS, DOS RELIGIOSOS E DOS IRRELIGIOSOS. NOSSAS BOAS OBRAS TÊM QUE SER PÚBLICAS PARA QUE NOSSA LUZ BRILHE E NOSSA DEVOÇÃO RELIGIOSA DEVE SER SECRETA PARA NÃO NOS VANGLORIARMOS DELA”.

JOHN STOTT

O FARISEU E O PUBLICANO

Ao ensinar como se deve orar, Jesus dá um exemplo ao descrever dois homens orando, um publicano e um fariseu (leia esse texto em Lucas 18.10-14). Ele apresenta, então, a diferença entre a hipocrisia e a realidade sincera, aborda a motivação das duas orações, e também as suas recompensas.

Na leitura de Mateus 6.5, o que Jesus fala sobre os hipócritas parece ser bom à primeira vista: ‘Eles gostam de orar’, mas, infelizmente, não é da oração que gostam, nem mesmo de Deus, a quem eles estão supostamente orando. Esses fariseus gostam de si mesmos e da oportunidade de se exibirem através da oração pública.

Nada há de errado em ficar em pé no templo para orar ou fazê-lo em voz alta em praças públicas; é preciso, no entanto, que intenção correta seja louvar a Deus onde quer que estejamos. Jesus desmascara as verdadeiras motivações destes homens religiosos. Eles queriam ser vistos pelos outros e, seguramente, já tinham recebido a sua recompensa.

Jesus orienta que se deve orar em segredo e buscar ao Pai de forma individual e íntima, buscando a sensibilidade de sentir a presença do Espírito do Senhor.

Sabemos que Deus não nos vê pela nossa aparência, como os homens o fazem; Ele conhece o profundo de nossa alma e nos sonda, sabendo o que vai em nossas entranhas. Por isso, precisamos buscar a Deus na sua essência: Deus, o Criador, o Senhor, o Juiz, o Pai Nosso, o Salvador…

A motivação por uma oração assim não é ser visto pelos homens, mas ser visto e ouvido por Deus, nosso Aba Pai, como dizem os judeus; a recompensa é que Ele nos ouve e nos vê (Mateus 6.4).

A orientação para a oração em segredo não deve ser interpretada com rigor literal; caso contrário, teríamos que deixar de orar na igreja ou em famílias. Nestes exemplos, a ênfase está na purificação das nossas motivações e na busca da genuína comunicação com o Espírito Santo de Deus.