CONFISSÃO

Em 1 João 1:8-9, encontramos uma verdade fundamental para a saúde espiritual e relacional:

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”

A confissão não é apenas um ato litúrgico ou uma prática isolada, é a postura de um coração humilde que reconhece sua falibilidade diante de Deus e do próximo. No matrimônio, essa disposição se torna um dos pilares para um relacionamento saudável e duradouro. Não é um sinal de fraqueza, mas de força; não é motivo de vergonha, mas de honra. A confissão sincera abre as portas para a restauração e o crescimento mútuo.

O apóstolo Paulo, em Efésios 4:25, exorta:

“Portanto, cada um de vós fale a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”.

No casamento, essa verdade implica em confessar não apenas as faltas óbvias, mas também as nuances de nosso egoísmo e orgulho que ferem nosso cônjuge e enfraquecem os laços matrimoniais.

A disposição para reconhecer os erros e confessá-los ao cônjuge é o início de um processo de transformação e alinhamento com os princípios bíblicos que regem a vida conjugal. A confissão é acompanhada pela justiça divina que nos purifica, não somente no sentido forense, mas também na prática diária do relacionamento.

Jacó, ao lutar com Deus, não apenas confessou sua natureza, mas também foi transformado (Gênesis 32:27-28). Da mesma forma, ao confessarmos, não buscamos apenas o alívio da culpa, mas a transformação do caráter. A verdadeira confissão é uma via de duas mãos: é reconhecer e abandonar (Provérbios 28:13).

Portanto, o ato de confessar, no casamento, não é um ritual vazio, mas um convite à mudança genuína, um compromisso de caminhar em novidade de vida, sob a graça que nos foi outorgada em Cristo. Quando confessamos, não apenas limpamos o passado, mas pavimentamos o caminho para um futuro construído sobre a rocha sólida da honestidade, do perdão e da graça redentora.

Que não sejamos apenas confessantes, mas sejamos transformados pela graça que nos é dada liberalmente.