A Esperança Do NatalExemplo

O Primogênito de Deus

O evangelho segundo Lucas, capítulo 2, versos 21 a 24, narra a circuncisão e a apresentação de Jesus. A circuncisão era o símbolo da aliança entre Deus e seu povo. Foi estabelecida com Abraão, quando Deus prometeu que faria dele o pai de numerosas nações. Todo menino de sua descendência, ao completar oito dias de vida, devia ser circuncidado.

De Abraão nasceu Isaque e de Isaque nasceu Jacó. Jacó teve doze filhos, que migraram para o Egito. Quatrocentos anos mais tarde, seus descendentes estavam debaixo da escravidão imposta por Faraó, quando Deus lhes enviou um libertador: Moisés.

O povo egípcio foi castigado com dez pragas, sendo a última delas a morte dos primogênitos. Porém, pela graça de Deus os israelitas foram poupados. Assim foi instituída a primeira Páscoa: cada família devia sacrificar um cordeiro sem defeito e marcar com sangue as portas de suas casas. Quando o Senhor passasse por elas, veria o sinal e teria misericórdia dos filhos de Israel.

Por isso, a Lei ordenava que o primeiro filho fosse consagrado a Deus. Os primogênitos representavam suas famílias. Nós somos pecadores e merecemos a morte por causa de nossos pecados, mas Deus permitia que as famílias resgatassem seus filhos, sacrificando um cordeiro. Ou se a família fosse pobre, como era o caso de Maria e José, sacrificavam duas rolinhas ou dois pombinhos.

Naquele dia, Jesus foi poupado, como foram todos os filhos dos israelitas. Porém, mais tarde, Deus não poupou o seu Primogênito. Jesus, o cordeiro sem defeito, foi sacrificado em uma cruz. Não por seu próprio pecado, pois ele jamais pecou. Nem somente pelos pecados de sua família, mas por toda a humanidade. O Natal nos lembra de que somos aceitos como filhos e herdamos a vida eterna, pois recebemos em nós a marca do sangue de Cristo, o primogênito de Deus.