Advento: de Onde Brota a EsperançaExemplo

Esperança no Agora

Em Isaías 11, nos é contada a história de um ramo que surgiria do tronco de Jessé, e que de suas raízes brotaria um renovo. O Espírito do Senhor repousaria sobre ele. Um espírito que dá sabedoria e entendimento. O espírito que não julga pela aparência e nem com base no que ouviu. Mas, sim, com justiça e equidade. A história desse ramo é uma história de esperança atemporal.

O renovo, Jesus, gerado por esse ramo não é uma promessa exclusiva do céu. Alguns tendem, inclusive, a desejar o céu como escape dos problemas terrenos, pois creem que só no céu poderão sentir tal renovo.

A promessa sobre o ramo da linhagem de Jessé não é apenas uma maneira de Deus nos livrar deste mundo caído, levando-nos para um paraíso superior. O convite é para uma jornada de restauração deste mundo decadente, corrompido pelo pecado. Assim, podemos desfrutar, mesmo que não plenamente, dessa renovação da criação que é a finalidade última de Deus.

Na história de Lia, em Gênesis, vemos o quanto ela era gravemente rejeitada, convivendo com desprezo e alienação em relação a seu pai, Labão, e seu marido, Jacó. Lia sobrevivia a tais condições e persistia em oração. Enquanto isso, o Senhor agia para libertá-la da prisão que acorrentava sua identidade. Plantava no coração daquela mulher boas-novas de liberdade.

Embora vista como alguém sem valor pelos olhos de sua época, Deus, o Justo Juiz, a enxergou com dignidade e amor, de tal forma que, ao salvá-la, permitiu que ela fizesse parte da linhagem de Jessé, da qual brotou a esperança do povo de Deus: Jesus. Ela passou a carregar o sinal de uma antecipação do que Deus almeja fazer por toda a terra, desde o passado, o hoje e até a eternidade.

O nosso sofrimento não passa despercebido hoje, assim como a dor de Lia não passou à sua época! Lia foi escolhida para ser matriarca da geração que conceberia a nossa esperança de restauração para céus e terra. Que alegria saber que podemos orar, “assim na terra como no céu” e experimentar o renovo do Senhor derramado sobre nossa vida no presente. Não precisamos esperar por um céu abstrato para desfrutar do renovo revelado em Cristo.

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Texto: Flora Ngunga

Arte: Lucas Pegoraro

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