Pais e Filhos AdultosExemplo

Saúde emocional

Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angústias (v. 17).

Seja qual for o “rótulo” (depressão, bipolaridade, esquizofrenia, borderline), o sofrimento trazido por essas doenças é real e intenso. Com tratamento podem melhorar, ser superadas, passar por fases ou ser uma batalha de décadas. Estatísticas mostram que a cada 5 pessoas, uma sofre desses quadros. Portanto, se você não convive com alguém assim, é uma exceção.

Quero apresentar-lhe a Bete. Seu filho Lucas, já adulto, foi diagnosticado com bipolaridade. Após muita relutância, ele aceitou iniciar um tratamento. Bete ficou muito aliviada com a melhora. Mais tarde, voltou a piorar, abandonou a faculdade, não conseguia se manter no emprego. Mas o que mais a perturba são as tentativas de suicídio. “Ainda assim”, diz Bete, “nossa história é de esperança”. Tomou algumas medidas que ajudaram muito para que isso fosse assim:

a) “Pedimos a um grupo de amigos da igreja para, continuamente, orarem conosco e ouvirem nossas angústias. Para isso é preciso deixar de lado a vergonha e a culpa. Achávamos que essas doenças são um sinal de fraqueza emocional e espiritual e que cristãos fortes não sofrem com isso. Hoje sabemos que nada pode ser mais errado.

b) Procuramos um grupo de apoio a familiares de borderline (um grupo online).

c) Fizemos da oração de Habacuque 3.17-19 a nossa (trocamos suas lutas pelas nossas): Ainda que Lucas nunca melhore e fique sentado em casa para o resto da vida; ainda que ele ameace cometer suicídio, e até se um dia acontecer o pior; ainda que ele melhore e depois piore novamente; ainda que a nossa vida continue uma “montanha russa”; ainda que outro filho ou netos desenvolvam problemas mentais, AINDA ASSIM, eu me alegrarei no Senhor. Eu exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor é a minha fortaleza, ele fará os meus pés como os da corça. Ele me faz andar nas alturas.