O silêncio de DeusExemplo

Quero lembrar o que me traz esperança

Quanto a mim, confio na tua graça; que o meu coração se alegre na tua salvação. Cantarei ao Senhor, porque ele me tem feito muito bem. (vv. 5s)

A proposta do Evangelho é simples e acessível! Infelizmente, diversas vezes o verdadeiro e puro Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo acaba sendo contaminado. É quando a mensagem se transforma em produto a ser consumido.

Nesse falso evangelho, Deus se torna um serviçal a prestar favores e obediência aos seus senhores, que determinam e exigem resultados imediatos e respostas concretas para suas orações. Seus porta-vozes prometem inúmeras possibilidades de sucesso, seduzindo a muitos com promessas, campanhas e demonstrações grotescas de milagres.

Esse tipo de evangelho capenga e mutilado não subsiste ao sofrimento. Esse tipo de fé naufraga ao menor sinal de dificuldade. Assim como o foi com Pedro, quando ao caminhar sobre as águas olhou para as ondas, em vez de continuar com os olhos fixos em Jesus (Mt 14.30). A figura de um deus quebra-galhos não serve mais quando não atende minhas expectativas ou quando o sofrimento nos atinge.

O profeta Jeremias (Lm 3) lembra-se da dor, do sofrimento e da amargura pela qual passou. Ficou tão abatido e desanimado a ponto de perder a esperança na vida. No entanto, toma uma decisão: Quero trazer à memória o que pode me dar esperança (v. 21). O amor de Deus, sua misericórdia, fidelidade e bondade nunca terminam, pelo contrário, se renovam a cada manhã (vv. 22s).

Nossa salvação não está vinculada e não depende da nossa performance de fé. Está alicerçada no que Cristo fez na cruz do Calvário. Nisso nos agarramos! Por isso, e somente por isso, podemos louvar, cantar, agradecer e bendizer, pois se dependesse de nós mesmos não conseguiríamos.

Cante um hino de louvor a Deus neste momento!

Devocional disponível no Orando em Família, Editora Esperança.
Escrito por Leandro D. e Karin M. Ristow.