O silêncio de DeusExemplo

Como dói!

Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia? (v. 2 — NVI)

No dia 10 de setembro de 2019 nós tivemos que nos despedir de nosso filho caçula, Davi, de 11 anos. Enquanto andava com sua bicicleta, foi atropelado e esmagado por um caminhão carregado de terra. Ao chegar no hospital ele já estava sem vida!

Sentimos o ferrão da morte apunhalar em cheio o nosso coração. Perdemos o chão! Durante dias e semanas, acometidos por um sentimento de entorpecimento, chorávamos sob terrível dor e saudade e pelo vazio que ficou!

Em meio ao sofrimento e à dor, contudo, fomos sustentados pela certeza de que não era para ser assim e de que a história ainda não terminou. Nem a nossa história, nem a história do nosso filho que partiu!

Enquanto insistimos em apenas contemplar a dor e a tristeza, fazemos perguntas: “Até quando...?”, “Por quê?”, “Onde estava Deus que permitiu isso acontecer?”, entre outras. Aliás, algumas dessas perguntas doem mais do que a própria ausência de um filho, pois elas jamais terão respostas nesta vida. Por isso, cuidado! Quando você enxerga apenas a sua dor, facilmente perde Deus de vista!

A gente não supera nem se acostuma. A gente se adapta. Até o encontro na eternidade, vamos ficar com esta marca que vai contra a própria natureza: pais que precisam enterrar seus próprios filhos! Mas nós cremos que não podemos cair mais fundo do que nas mãos de Deus! Assim, por causa de sua fé, mesmo que singela e infantil, cremos que o Davi agora dorme nos braços de Deus. E, como canta Asaph Borba, “não há lugar melhor, com tamanha paz. Paz igual eu nunca encontrei, jamais. É o lugar do meu prazer, onde todo medo se vai. É o lugar do meu descanso: Os braços do meu Pai”.*

*Música de Asaph Borba, “Nos braços do meu Pai”.

Não nos perca de vista... Senhor!