MENINO ou MENINA? Identidade nos dias atuaisExemplo

9Identidade física: o corpo é templo

Uma das questões que tem levado muitas crianças e jovens aos conflitos de identidade é a não aceitação do seu corpo físico natural, com a expressão de gênero biológico. Os discursos e as narrativas atuais defendem um conceito de que a identidade é o conteúdo subjetivo, marcado pelas vivências pessoais e, portanto, homem e mulher foram conceitos construídos historicamente. Esses discursos afirmam que isso não pode ser assim e que cada pessoa pode ser o que quiser, como quiser e quando quiser.

Para alcançar esse objetivo, pensadores da pós-modernidade escreveram sobre a revolução sexual, ou seja, o corpo não pode ter limites e ele é só uma matéria que pode ser moldada como a pessoa bem desejar. Assim, os adeptos dessa visão buscam a desconstrução do corpo físico a fim de fazer essa revolução. O pensamento racionalista, humanista sem Deus defende: “Meu corpo, minhas regras”.

Porém, nós cristãos temos uma percepção bem diferente: primeiro, fomos planejados, ou seja, o nosso corpo foi criado, formado pelo próprio Deus; segundo, acreditamos que fomos feitos segundo à imagem e semelhança de Cristo; por fim, entendemos que o nosso corpo é o TEMPLO do Espírito Santo. Somos habitação e morada d’Ele e, portanto, a nossa imagem e os nossos comportamentos devem refletir a Cristo. Não precisamos de uma revolução no corpo para nos sentirmos plenos, satisfeitos e felizes. Não precisamos mutilar, destruir a nossa estrutura física para encontrar a nossa subjetividade. O nosso corpo, alma e espírito se integram e se complementam e quanto mais nos relacionamos com Deus, mais plenos nos sentimos e mais o nosso corpo é usado para manifestação da Glória de d’Ele. Assim, como foi com Jesus, Ele veio ao mundo, “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14). Jesus veio em corpo e revelou a Deus por meio do que fez, de como se comportou, como falou, como viveu. Graças ao sacrifício do corpo de Cristo podemos fazer do nosso corpo o templo, a morada do Espírito Santo.

Nesse sentido, se compreendermos que o nosso corpo é o templo, a morada do Espírito Santo, a nossa maturidade espiritual deve nos levar a proteger e cuidar do corpo, e não a destruí-lo. Você já parou para pensar que a destruição do corpo é o objetivo do inimigo?

É claro, que todos nós temos algo aqui ou acolá de que não gostamos, como um incômodo com o nariz, com a orelha, ou com o cabelo. Todos nós podemos ter alguma queixa e isso é normal. Já um descontentamento profundo que leva a cindir o corpo, a alma e o espírito, uma cisão que gere a necessidade de uma desconstrução, mutilação, que nos afaste da nossa imagem e semelhança de Deus, não provem d’Ele. É só com Cristo que podemos superar questões de descontentamentos e pecados. É por meio de um profundo relacionamento com Deus e conhecimento de sua Palavra que transcendemos o corpo e o colocamos em equilíbrio com o espírito no qual anda em unidade com o Espírito Santo para trazer plenitude e aceitação.

Pense sobre isso, ore a respeito, se aproprie da Palavra para si e para ensinar seus filhos, sobrinhos, crianças e adolescentes que convivem com você. Não precisamos de uma revolução no corpo, pois o nosso corpo é templo e isso é um princípio cristão que devemos compreender. Em Cristo nos sentimos completos, perfeitos, felizes, bonitos e aceitos.