MENINO ou MENINA? Identidade nos dias atuaisExemplo

Identidade Integral: corpo, alma e espírito

A Palavra de Deus nos ensina coisas importantes sobre a nossa identidade como um todo, a começar pelo nosso vínculo com Deus. Não somos seres do acaso, um acidente no mundo natural. Fomos planejados e criados pelo próprio Criador como estudamos no dia anterior.

Agora vamos analisar juntos outra evidência que encontramos na Palavra acerca de quem somos: Deus nos planejou com corpo, alma e espírito. Depois de ler os versículos de hoje, perceba que Ele primeiramente formou o corpo do homem e, em seguida, a Bíblia relata que Deus soprou o fôlego da vida e tornou o homem alma vivente.

Pensar na tridimensionalidade do homem é fundamental para discernimos questões profundas que colocam o pensamento filosófico moderno contrário ao pensamento cristão. Assim, partirmos do ponto que Deus criou o nosso corpo, a nossa alma e o nosso espírito.

Já aprendemos que o nosso corpo foi determinado pelos genes e cromossomos, e tem, portanto, a expressão de nosso gênero marcada desde a concepção. Esse princípio é bíblico e, também, científico. Nossa alma e espírito foram soprados por Deus em nosso corpo tornando-nos viventes, e o nosso espírito veio do próprio Deus.

1 Tessalonicenses 5:23 aborda exatamente essa tridimensionalidade, da importância de nos santificarmos e nos mantermos irrepreensíveis nessas três esferas: o corpo, a alma e o espírito. A nossa alma é o reflexo da nossa personalidade e do nosso caráter, e nessa esfera Deus nos deu o livre arbítrio, ou seja, o que somos dependerá das nossas escolhas e de como armazenamos os sentimentos acerca do que vivemos.

Esse versículo deixa bem claro que Deus se importa com a maneira como nossas experiências vivenciais impactam todas as esferas do nosso ser. Assim, como ocorre em toda criação, nos céus, nos ares, nos mares, na terra, há um equilíbrio e mútua dependência no mundo natural e nós precisamos estar equilibrados nas três esferas.

O pensamento ideológico acerca do gênero desequilibra essas esferas, nega o impacto do corpo na construção da identidade, nega a expressão física das genitálias e hormônios e, ao negar, compreende que o corpo é mero detalhe e, portanto, passível de toda e qualquer transformação imaginada pela mente ou alma de um indivíduo.

A alma ocupa o lugar central nesse pensamento e, quando centrada nesse pensamento filosófico, acaba inclinando-se a satisfazer todas as suas vontades pecaminosas, que podem incluir transformações físicas diversas, invasivas e mutiladoras. O indivíduo pode ser o que quiser, quando quiser e como quiser. Dessa forma, ele rejeita o mundo natural, sua objetividade e ordem e coloca o homem como um ser capaz de dar toda ordem.

Há um princípio inegociável, embora o homem tenha domínio sobre o mundo natural e seja capaz de dar sentido e modificar seu meio como bem entende, há uma ordem nele que não pode ser negada, caso contrário as consequências serão nefastas. Aceitar esse princípio é tranquilo quando falamos sobre o conceito de sustentabilidade no planeta, porque não seria quando o conceito é identidade?

Já no pensamento cristão, a alma não ocupa o lugar central, de primazia na tomada de decisões, pois a Bíblia nos ensina sobre a importância do espírito, do caráter e da saúde integral. Aliás, hoje, até a ciência tem se debruçado sobre o impacto de experiências espirituais na condição humana; por exemplo, a oração em hospitais diante de doentes internados e em UTIs e a correlação positiva entre a oração e menores complicações nesses quadros de internação. Isso tem nos mostrado a importância de compreendermos a nossa identidade como um todo e subjetividade por essa ótica integral, completa e perfeita.

A Bíblia nos chama para essa ótica, essa cosmovisão equilibrada. Ela nos ensina que pela Palavra conseguiremos discernir os pensamentos e intenções do nosso coração. Precisamos conhecê-la para identificarmos quando a alma adoecida deseja impor seus desejos pecaminosos. Além disso, negar a existência e/ou a importância do corpo na composição e formação da identidade é ter uma ótica simplista, limitada, reducionista e negacionista acerca da existência humana.

Esse é um pilar fundamental para compreendermos a identidade e ensinarmos os que estão ao nosso redor, principalmente os nossos filhos. Vamos orar sobre essa questão e pedir que o Senhor nos ensine a viver tendo esse propósito integral e equilibrado em mente para podermos instruir acerca desse princípio tão importante.