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George WhitefieldExemplo

George Whitefield

DIA 1 DE 14

Diversos são os apelos e argumentos que, frequentemente, os homens de mente corrupta apresentam contra obedecer aos justos e santos mandamentos de Deus. Porém, talvez uma das objeções mais comuns que eles fazem seja que os mandamentos do nosso Senhor não são praticáveis, por serem contrários à carne e ao sangue e, consequentemente, Ele é severo, colhendo onde não semeou e ajuntando onde não espalhou (Mateus 25:24). Esses foram os sentimentos do servo mau e negligente mencionado no capítulo 25 do evangelho de Mateus e são, sem dúvida, os mesmos que ocorrem à presente geração perversa e adúltera. Prevendo isso, o Espírito Santo tomou o cuidado de inspirar homens santos do passado a registrar os exemplos de muitos homens e mulheres santos que, mesmo sob a dispensação do Antigo Testamento, foram habilmente capacitados a tomar o jugo de Cristo sobre si e contaram Seu serviço como perfeita liberdade.

A grande lista de santos, confessores e mártires, elencada no capítulo 11 da epístola aos Hebreus, evidencia de maneira abundante a verdade dessa observação. Que grande nuvem de testemunhas nos é ali apresentada, não? Todos são eminentes por sua fé, mas alguns têm maior brilho do que outros. O protomártir Abel aparece em primeiro lugar. A seguir é mencionado Enoque, não apenas por ser o próximo em ordem cronológica, mas também devido à sua grande piedade.

No texto, ele é mencionado de maneira muito extraordinária. Temos aqui um relato curto, porém muito completo e glorioso, tanto do seu comportamento neste mundo quanto da maneira triunfante de sua entrada no além. O primeiro está contido nestas palavras: “Andou Enoque com Deus”; o último, nestas: “e já não era, porque Deus o tomou para si”. Ele não era, isto é, não foi encontrado, não foi tomado da maneira comum, não viu a morte, porque Deus o havia trasladado (Hebreus 11:5).

Não fica muito claro quem era esse Enoque. A mim parece que ele teria sido uma pessoa pública; suponho que, como Noé, um pregador da justiça. E, se podemos acreditar no apóstolo Judas, um pregador flamejante, porque Judas cita uma das profecias de Enoque, na qual ele diz: “Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele”.

Porém, quer fosse uma pessoa pública ou privada, ele recebe um nobre testemunho nos vívidos oráculos. O autor da epístola aos Hebreus diz que, antes de ser trasladado, ele obteve testemunho de “haver agradado a Deus”, e ser trasladado foi uma prova indubitável disso. E eu observaria que houve em Deus uma maravilhosa sabedoria em trasladar Enoque e Elias sob a dispensação do Antigo Testamento, para que depois, quando se afirmasse que o Senhor Jesus foi levado ao Céu, isso não parecesse algo absolutamente inacreditável aos judeus, uma vez que eles mesmos confessaram que dois de seus próprios profetas foram trasladados várias centenas de anos antes.

Porém, não pretendo detê-los mais tempo alongando-me ou fazendo observações acerca do breve, mas abrangente personagem Enoque, pois tenho em vista discorrer, conforme o Senhor me capacitar, acerca de um assunto muito importante, que é. “Andou Enoque com Deus.” Se apenas isso puder ser verdadeiramente dito de você e de mim após a nossa morte, não teremos motivo algum para reclamar que vivemos em vão.

Para tratar do meu tema pretendido, Primeiro, me esforçarei para mostrar o que implicam as palavras andou com Deus. Segundo, prescreverei alguns meios por cuja devida observância às pessoas que creem podem seguir e manter seu andar com Deus. E, em terceiro, apresentarei alguns motivos para nos encorajar, caso nunca tenhamos andado com Deus antes, a andar com Deus agora. Isso tudo será encerrado com uma ou duas palavras de aplicação.

Dia 2

Sobre este Plano

George Whitefield

George Whitefield foi um dos ministros cristãos mais dinâmicos e conhecidos do século 18. Os jornais da época o chamavam de “maravilha da era”. Foi o ministro da igreja Anglicana que, com sua personalidade e habilidade oratória, teve participação fundamental no movimento que ficou conhecido como “O Grande Despertamento”.

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