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Orar exige coragem

A oração é fundamental dentro da rotina daqueles que se propõem a construir uma relação de amizade mais fortificada e íntima com Deus. Colher os bons frutos de uma amizade implica estar pronto a conviver com as dificuldades quando necessário.

Não basta orar apenas de forma automática. A oração exige sinceridade e coragem. É isso o que aprendemos com algumas orações feitas por Jesus. A primeira é a do Pai Nosso, um modelo que ele nos deixou, para orientar as nossas conversas com Deus.

Uma das coisas mais fortes nesta oração é o pedido de Cristo: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12 / NVI).

Será que nós teríamos tamanha coragem de vincular o nosso pedido a Deus por perdão à nossa capacidade de perdoar os outros? Jesus teve.

O segundo exemplo está na oração feita por Jesus em frente ao sepulcro de Lázaro. “Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que me enviaste” (João 11.41-42 NVI). A confiança plena de Cristo em Deus não deixa nenhuma dúvida de que o Pai está sempre pronto a escutá-lo e a agir a partir dele. O que nos impede de viver isso? Talvez a nossa dúvida ou a nossa pequena fé.

Outra oração impactante feita por Cristo foi no Getsêmani. “Pai, se queres, afasta de mim este cálice, contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22.42). No auge da sua angústia, Jesus faz uma profunda e sincera oração. O importante é que seja feita e prevaleça a vontade do Pai porque ela é soberana e sábia.

Nas três passagens e ao longo dos registros dos evangelhos, a gente percebe que Jesus nunca foi abandonado por Deus. Nem mesmo na cruz, como alguns podem pensar. Jesus sabia do seu papel no plano da redenção, que possibilitaria uma nova criação. Somos novas criaturas graças ao sacrifício de Cristo e acolhidos por Deus pelos méritos do Filho.