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Biblioteca de Spurgeon - oraçãoExemplo

Biblioteca de Spurgeon - oração

DIA 3 DE 5

Está entre vós alguém perplexo?

2. Está entre vós alguém perplexo? “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg 1:5). Há uma história grega instrutiva que conta sobre um jovem nobre que tinha um guia sobre-humano. O príncipe era franco, viril e dócil, mas, por causa de sua inexperiência, encontrou-se em dificuldades muitas vezes, e nelas sua própria sagacidade não poderia guiá-lo. Em tais ocasiões, quando em perigo de cair em mãos astutas, ou entregando-se a conselhos desastrosos, ou quando realmente envolvido em angústias das quais ele não poderia se livrar, esse amigo fiel certamente se apressaria para resgatá-lo. Fosse qual fosse a cena da ansiedade e do medo, ele só tinha que refletir sobre seu conselheiro gentil e sagaz, e naquele momento o mentor estaria ao seu lado. O que Homero sonhou o evangelho prova. Ele diz que há um Amigo sempre presente, encoberto de nossa vista apenas pela cortina dessa substância, porém mais perto de nós do que aquela carne e sangue que nos esconde de nós mesmos, que só precisa ser lembrado para provar uma ajuda presente. Ele nos diz que, em meio a todos os nossos constrangimentos e tristezas, a dor nunca está tão perto quanto o livramento. E nos diz que a confusão e o erro, as barganhas tolas e os processos entusiasmados que muitas vezes nos deixam tão afrontados ou indignados conosco mesmos poderiam ter sido todos evitados se tivéssemos oportunamente recorrido àquele Maravilhoso Conselheiro que abarca todos os nossos caminhos. Em outras palavras, a Bíblia nos assegura de que, por mais que possamos sofrer com a deficiência de nossos talentos e a obscuridade de nossos entendimentos, sofremos ainda mais por não aproveitarmos essa sabedoria do alto que pode iluminar nossa escuridão e elevar todas as nossas forças. Nenhum homem, por meio do pensamento, pode adicionar uma capacidade à sua mente mais do que ele pode adicionar uma característica ao seu semblante ou um centímetro à sua estatura. Mas o homem que aprendeu a orar pode, diante do trono da graça, obter o que realmente é o aprimoramento de seu intelecto e o aumento de suas capacidades — essa sabedoria divina que suplantará ou complementará a sua própria.

Deve ser um chamado muito fácil para quem nunca sentiu necessidade de mais habilidade e prudência — mais sabedoria do que é natural para ele. Tome os exemplos mais comuns. Você é pai ou mãe — talvez um pai viúvo ou uma mãe viúva e tem seus filhos ao seu redor. Ao permitir que a mente deles seja sempre tão suscetível e maleável, quão importantes são todos os seus movimentos e comportamento em sua influência sobre eles! Com certeza, quão influente para o mal é uma única inconsistência, a mais trivial inadvertência, vinda com toda a sanção do exemplo de um pai! Como é possível para um pai, por mera falta de consideração, perpetuar suas próprias piores características nas muitas pessoas que sobreviverão a ele! E, apenas porque eles o amavam tanto e o copiaram tão de perto, como é possível transmitir no caráter de seus filhos a semelhança do pior que há nele — a imagem de sua frivolidade, ou rabugice, ou indolência! Não, como é possível converter uma criança no monumento perene de algumas loucuras ocasionais, para prolongar, em seu caráter habitual, os dizeres e ações de alguns momentos de descuido! Então, novamente, pode haver entre essas crianças problemas mais intrigantes, algumas crianças que não são nem afetuosas nem dóceis, que não são propensas, por mera absorção moral, a reter as boas influências com as quais estão cercadas. São problemas cuja gestão exige mais do que paciência e ternura — são refratárias, egoístas ou de natureza peculiar, sobre as quais nada além das medidas decisivas de uma profunda sagacidade, nem golpes ousados de uma natureza forte podem causar qualquer impressão permanente. Quem quer que seja que ocupe uma posição de influência moral, uma posição onde sua labuta esteja entre os materiais mais perigosos com os quais o homem possa se envolver, as afeições e disposições, os desejos dos outros, deve ter uma autoconfiança incrível, ou uma insensatez deplorável, se não for frequentemente abatido pela solenidade de sua posição. Uma oração mais atenciosa e magnânima foi feita por alguém em tal posição, uma oração cujo espírito todos os pais, professores e pastores devem imitar. Uma resposta semelhante é o que todos os pais, professores e pastores que a fazem são encorajados a esperar: “Em Gibeão, apareceu o Senhor a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres que eu te dê. Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em fidelidade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; mantiveste-lhe esta grande benevolência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como hoje se vê. Agora, pois, ó Senhor, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me. Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode contar. Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo? Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa. Disse-lhe Deus: Já que pediste esta coisa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo; eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá. Também até o que me não pediste eu te dou, tanto riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias” (1Re 5:5-13).

As Escrituras

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Sobre este Plano

Biblioteca de Spurgeon - oração

Fruto de uma pesquisa em mais de 6.000 volumes encontrados na biblioteca pessoal de Spurgeon. Tem por objetivo colocar em suas mãos uma coleção desses artigos e sermões sobre a oração, uma disciplina cristã muitas vezes menosprezada e incompreendida. Seus autores são grandes homens de Deus do passado. Eles abordam temáticas como o privilégio de orar, como imitarmos Cristo em oração e nosso dever de orar sem cessar.

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Gostaríamos de agradecer ao Ministérios Pão Diário por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://paodiario.org.br/publicacoes/biblioteca-de-spurgeon/?utm_source=youversion&utm_campaign=youversion