O peregrino, de John BunyanExemplo
Cristão foi deixado sozinho debatendo-se no Pântano do Desânimo. Embora não conseguisse sair, por causa do fardo em suas costas, continuou lutando para sair pelo lado do lamaçal que ficava mais distante de sua casa e próximo ao portão estreito.
Em seguida, em meu sonho, vi um homem cujo nome era Auxílio que aproximou-se de Cristão e lhe perguntou: “O que você está fazendo aí?”.
CRISTÃO: Senhor, fui orientado a ir por esta estrada por um homem chamado Evangelista, que me mostrou esse caminho para chegar à porta estreita e assim me livrar da ira vindoura. Estava caminhando para esse lugar e caí por aqui.
AUXÍLIO: Mas por que você não olhou os degraus?
CRISTÃO: Senti tanto medo que não prestei atenção e caí. Auxílio então sugeriu: “Pegue a minha mão”. Assim, Cristão agarrou a mão de Auxílio, que o tirou da lama, colocou-o em solo firme e o orientou a seguir seu caminho.
Então, aproximei-me de Auxílio, que havia ajudado Cristão a sair do lamaçal e perguntei: “Senhor, já que esse é o caminho da Cidade da Destruição para a porta estreita, por que não consertaram essa parte do trajeto, ajudando os humildes viajantes a seguir por esta estrada com mais segurança?”.
E Auxílio me explicou: “Este pântano lamacento não pode ser reparado. Nele é onde são armazenadas a escória e a sujeira da convicção de pecado, por isso é chamado de Pântano do Desânimo; pois, quando o pecador se torna ciente de sua condição de perdido, muitos medos, dúvidas e apreensões desencorajadoras surgem em sua alma; e todos esses sentimentos juntos se estabelecem nas profundezas deste lugar. E esta é a razão pelo mau estado deste solo.
“Não é o desejo do Rei que este local permaneça em tal estado. Por mais de mil e seiscentos anos seus trabalhadores, sob a direção dos inspetores de Sua Majestade, têm vindo trabalhar neste pedaço de chão. Sim, e para meu conhecimento”, revelou Auxílio, “pelo menos vinte mil carradas — sim, milhões de saudáveis lições — foram aqui absorvidas. Aqueles que estão bem informados dizem que os melhores materiais têm sido empregados para tornar este solo uma boa terra. Mas ainda assim é o Pântano do Desânimo e continuará sendo, a despeito de tudo o que se possa fazer por ele.
“É verdade que, sob a orientação do Legislador, foram colocadas pedras que facilitam o deslocamento no meio do pântano. Mas existem momentos em que este lugar vomita sua sujeira, e dificilmente estas pedras podem ser vistas; ou se estão visíveis, os homens ficam confusos, passam por cima delas e ficam atolados apesar das pedras estarem lá. Mas, uma vez que eles alcancem o portão, o solo é bom.”
A certa altura, em meu sonho vi que Flexível retornara à sua casa e seus vizinhos vieram visitá-lo; e alguns deles o chamaram de sábio por ter voltado, e outros o chamaram de louco por arriscar-se com Cristão. Outros zombaram dele por sua covardia, dizendo: “Certamente, já que começara a aventura, não deveria ter voltado por causa de algumas dificuldades. Eu não teria feito isso”. Desse modo, Flexível sentou-se retraidamente entre eles. Mas, com o tempo, quando recobrou mais confiança, todos mudaram o tom e começaram a ridicularizar o pobre Cristão pelas costas. E, assim, deixaram Flexível.
A história continua...
As Escrituras
Sobre este Plano
Desde o primeiro ano de sua publicação, em 1678, O Peregrino, obra clássica de John Bunyan, oferece encorajamento àqueles que procuram aperfeiçoar a sua caminhada cristã. Usando de alegorias, o autor descreve sua jornada de fé por meio de Cristão, personagem principal, e dos demais personagens que retratam seus desafios, dificuldades e encorajamento durante sua jornada rumo à Cidade Celestial.
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Gostaríamos de agradecer ao Ministérios Pão Diário por fornecer este plano. Para mais informações, visite: https://paodiario.org.br/publicacoes/o-peregrino/?utm_source=youversion&utm_campaign=youversion