A Arte Da Guerra Espiritual: Parte 2Exemplo

ARMADILHAS DO INIMIGO

(1) TENTAÇÃO: 2 Reis 9:30-33

A tentação é uma técnica de encantamento, que cega nosso entendimento e nos distrai da verdade. Desde o Éden, Satanás destila suaves palavras de sedução, para nos influenciar a perseguir nossos próprios desejos, ao invés de aguardar pela provisão do Senhor.

Jezabel era mestre nessa tática de batalha. Ela conseguiu fazer do rei Acabe sua vítima, prometendo dar-lhe o que ele queria, até levá-lo à morte. Tempos depois, ela usou da mesma armadilha com o rei Jeú, na tentativa de restaurar sua posição de poder sobre Israel. Ela pintou os olhos, enfeitou a cabeça e ficou esperando por ele na janela. Jeú nem se dignou a responder seus flertes. Ele se dirigiu aos empregados do palácio e disse: “Lançai-a daí abaixo”.

Não fomos chamados a lutar contra a tentação porque, se chegarmos perto demais, acabaremos envolvidos com ela. Jesus nos ensinou a orar antes de sermos tentados (Lucas 22:40). Conforme vigiamos e oramos, Deus revela as motivações de nosso coração e lança fora toda ambição que abre as portas para a tentação. A sedução não é vencida por nossa força de vontade. Derrotamos a tentação ao fortalecer o poder do livramento do Senhor em nossa vida.

(2) REJEIÇÃO: Neemias 4:1-6

O inimigo usa a armadilha da rejeição para nos convencer de que somos indignos de participar da peleja e, desse modo, ele consegue assumir o controle da batalha. A rejeição ataca a própria identidade do soldado, para desencorajá-lo de lutar. Por meio da ofensa e do escárnio, o diabo aponta nossas vulnerabilidades e fraquezas, tentando nos fazer acreditar que ele é forte demais para que possamos resisti-lo.

Foi assim que Sambalá e Tobias tentaram paralisar a construção do muro de Jerusalém. Eles debocharam de Neemias, humilharam o povo e desdenharam da obra que estava sendo feita. Como Neemias reagiu? Ele entregou o desprezo dos inimigos nas mãos de Deus e continuou a trabalhar em sua cobertura espiritual! Ele sabia que, se permitisse distrair-se da batalha, ficaria exposto aos ataques de seus adversários.

Erguer muros de defesa é uma estratégia de batalha. Conhecer nossa identidade em Cristo preserva nossa vida das investidas do inimigo, da mesma maneira que os muros protegiam a cidade de Jerusalém. Só depois de edificarmos nosso relacionamento com o Senhor estaremos seguros em nossa posição espiritual para preservar as bênçãos que Ele fizer chegar em nossas mãos.